Capítulo 26 - Dias difíceis

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Povs Sn

Noah: Ótimo, só que o pai está no hospital - meu coração para por um segundo

Sn: Oque? - Acho que não escutei direito

Noah: Isso mesmo, depois que você saiu ele continuou discutindo, só que parece que o estresse causou um ataque cardíaco - sinto minhas pernas ficarem fracas

O Moreno continua como se não tivesse acabado de me dar uma notícia dessas

Noah: Claro que não foi só o estresse, a má alimentação e o fato de que ele não faz uma atividade física deve contar e ... O interrompo

Sn: Foco Noah, como você está tão calmo? - ele nega

Noah: Não estou, mas se todo mundo surtar de uma vez só não vai dar certo - ele tem razão

Sn: Só vamos logo pro hospital, está todo mundo lá né? - ele assente

Josh: Eu levo vocês - o olho pela primeira vez desde que sai do carro de Jp e me arrependo de imediato, meu coração parece se lembrar nesse exato momento de como ele está machucado, e dói, meus olhos se enchem de lágrimas, desvio o olhar- Não posso deixar vocês dirigirem nesse estado - assinto

Noah: Valeu cara, vamos então

Me viro pra Jp que ainda não saiu por completo do carro, apenas uma de suas pernas sustenta seu corpo pra fora

Sn: Você vem? - o olhar dele vai de mim para Josh e depois para mim de novo, e então ele nega

Jp: Acho que já tem muita gente por lá além disso preciso arrumar minhas coisas, te ligo amanhã? - suspiro

Sn: Claro, vou esperar - ele sorri, um sorriso triste

Jp: Vai dar tudo certo - agradeço e sigo os meninos até o carro de Josh

Tão natural quanto tem sido no último ano sigo até a porta da frente do passageiro mas paro assim que minhas mãos tocam a maçaneta do carro

Engulo em seco

Sn: Noah - ele me olha, estava prestes a entrar no carro - Acho melhor você ir na frente, quero deitar um pouco - ele concorda em silêncio

Entro no banco de trás e me deito, fecho os olhos e sinto as lágrimas silenciosas inundarem meu rosto

Nem uma única palavra é dita ao longo do caminho

Só percebo que chegamos quando escuto as portas se abrirem, me sento secando o rosto e só então lembro do que o Noah disse, meu rosto deve está um horror, todo borrado

Me estico do banco de trás até o porta trecos na parte da frente onde costumo deixar uns lenços umedecidos, lá estão eles junto com todas as minhas outras coisas que em breve não estarão mais nesse carro

Suspiro

Passo o lenço por todo meu rosto com auxílio do retrovisor, Noah me apressa do lado de fora

Jogo tudo no lixinho do carro e saio

Noah: Finalmente e muito melhor - o ignoro e seguimos até a recepção

Atendente: Como posso ajudá-los?

Noah: Estamos procurando o paciente Marco Urrea, deu entrada na urgência com sinais de ataque cardíaco - ela assente

Atendente: Só um minuto - ela digita no computador - Ele está no quinto andar, ala de exames - agradecemos e vamos direto pro elevador

E parece que o tempo passa diferente dentro do elevador, é uma tortura silenciosa e constrangedora nesse espaço minúsculo que parece cada vez mais minúsculo

Quando o amor acontece - Vol IOnde histórias criam vida. Descubra agora