the end of the world

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— THEY CALL US WALKING CORPSES

— UNHOLY LIVING DEAD

— HEY! THEY WANNA LOCK US UP! — Jamie levantou a voz, rindo um pouco, e Paul continuou acompanhando — KEEP US IN THIS BRITISH HELL!

— Ok, ok ... — Paul riu, estendendo a mão para o reprodutor de mídia, diminuindo o volume da música — Você precisa colocar as mãos em um musical o mais rápido possível.

— Oh, eu gostaria de fazer isso — Jamie zombou.

— Estou falando sério — disse ele.

— Não, não. Isso não vai acontecer, Paul. O meu "eu" cantando "British Hell" não é o meu "eu" tendo que entregar as falas ao longo de uma música. Eu não saberia fazer isso.

— Você saberia, e sabe disso — assegurou o mais novo. O espaço ficou em silêncio, com "British Hell" chegando ao fim e dando lugar a "You Ex-Lover Is Dead" da banda Stars — Estamos voltando para casa?

— Tenho três filhos para colocar para dormir, então... sim, estamos indo para casa — ela sorriu, fechando os olhos por um segundo, mantendo o foco na música. A mão de Jamie acabou na tela do player e então ela aumentou a música por um momento — Oh, eu amo essa aqui... This scar is a fleck on my porcelain skin, tried to reach deep but you couldn't get in... Now you're outside me... You see all the beauty...Repent all your sin — ela cantarolou.

— Tem certeza que quer voltar hoje? — Paul perguntou; a música um pouco mais alta, que acabou sendo abafada pela segunda vez pelo irlandês, o que rendeu um revirar de olhos de Jamie. Mas ela não disse nada — Posso passar por aqui e depois pegamos as crianças e vamos para a casa em Venice.

— Não quero atrapalhar a rotina deles, Paul. E eu vou ficar bem, mate — ele assentiu, concordando por enquanto.

O espaço dentro do carro ficou silencioso, e a atenção de Jamie acabou se voltando para a Sunset Boulevard, por onde eles passavam. Paul quebrou a atmosfera novamente assim que o carro chegou a Laurel Way, a poucos metros da casa de Jamie em Beverly Hills. Entrando na Laurel Lane, antes de chegar aos portões da casa, Paul parou o Jaguar I-Pace próximo do meio-fio.

— Estou te dando um último momento, cara — Paul murmurou — Você parecia muito mal quando me pediu para buscá-la, e não quero vê-la entrar em casa só para mergulhar em outra briga.

— Não vamos brigar, Paul — Jamie assegurou — Fiquei irritada, mas isso passou.

— Tem certeza?

— Sim, eu só- — ela parou por um momento, tentando organizar o que ia dizer.

Ela estava muito chateada até algumas horas atrás, quando, depois de um dia mais tranquilo com as crianças, se preparando para pegar um avião na manhã seguinte e seguir para Nova Orleans, Lizzie encheu o celular dela de mensagens perguntando sobre o que elas fariam a seguir, com a situação recente envolvendo Taylor. Jamie passou alguns segundos tentando entender sobre o que a mulher estava falando, até que viu os artigos sendo encaminhados e então, tomando um tempo para ler, revirar os olhos e suspirar descontente parecia inevitável.

Ela e Taylor eram muito honestas uma com a outra sobre o que faziam e cada pequena coisa que acontecia quando não estavam por perto. Não era uma cobrança, mas um costume. Taylor gostava de falar sobre o dia, Jamie adorava ouvir e as coisas se repetiam ao contrário. Então, era bem surpreendente quando algo acontecia, e pontuar a situação simplesmente passava sem um "mas".

Taylor deixou a Inglaterra e foi para a cidade de Nova York para o Video Music Awards. Ela passou praticamente toda a premiação ao lado de Tree e das irmãs Haim, e, saindo da arena em New Jersey, tomou o caminho para o Bowery Hotel, para uma After-Party de sua gravadora. O tempo lá acabou sendo bem menor do que o esperado, e logo em seguida a festa se estendeu até o apartamento em Tribeca. Jamie sabia disso, mas não tinha ideia de que, além de seus amigos de sempre, Harry e sua produtora haviam comparecido à celebração, e Taylor não parecia nem remotamente disposta a comentar sobre isso.

SEA OF LOVE | TAYLOR SWIFT X OC | BOOK IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora