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No dia seguinte:

Hoje tem palmeiras! Depois de muito tempo eu vou ver o meu irmão jogar, eu vou ver o meu time jogar, amém meu Deus, quanta saudade eu senti disso.

Eu já estou aqui, me arrumando para ir ao Allianz, senhor Gustavo nem sabe que estou indo, mas como tenho os contatos certos nos lugares certos, eu consegui um ingresso no meio torcida, em um local que eu consigo ter uma ótima visão de todo o jogo.

Já tomei banho, já passei os meus produtos e estou aqui olhando para as minhas camisetas do Palmeiras, uma pequena coleção, coisa básica haha. Acabo optando por vestir uma lingerie branca de renda, uma saia cargo preta, um tênis all star branco e obviamente, uma camiseta do Palmeiras branca, amarrada para ficar mais curtinha e com o nome G. Scarpa e o número 14 bem grande mas costas.

 Scarpa e o número 14 bem grande mas costas

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         Passo perfume, desodorante, uma maquiagem leve e arrumo o meu cabelo o deixando solto mesmo, pego o meu óculos de sol, chave do carro e de casa, bolsa e saio de casa belíssima, partiu Allianz

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Passo perfume, desodorante, uma maquiagem leve e arrumo o meu cabelo o deixando solto mesmo, pego o meu óculos de sol, chave do carro e de casa, bolsa e saio de casa belíssima, partiu Allianz.

[...]

Já me encontro sentada no meu lugar, no meio da torcida, com a minha bela visão do campo que se encontra vazio, os rapazes já entraram no vestiário para se preparem para o jogo, hoje é dia de clássico, Palmeiras contra o São Paulo pelo Paulistão, nem é um jogo importante, ainda não estamos nas eliminatórias, mas perder para o São Paulo é humilhação demais, ou ganhamos, ou ganhamos, sem essa.

Logo os dois times começam a entrar em campo, rostos conhecidos vão aparecendo, Raphael Veiga, meu irmão, Gabriel Adulto, Zé Rafael, Dudu, Rony e outros, alguns não tão conhecidos assim, já que só os conheço pelos jogos que assisto pela TV, ou alguns jogos que assisti do Palmeiras lá no Rio, alguns nem o nome eu sei, ok, me declaro culpada dessa.

O apito inicial foi tocado e eu já trato de me levantar para assistir o jogo, eu não consigo assistir futebol sentada, eu sou do tipo que grita, que xinga, que canta, que pula, que chora, enfim, uma torcedora raiz, nunca deixo a desejar, ainda mais quando o assunto é o meu verdão ou o meu irmão em campo, nesse caso os dois.

[...]

Vai Scarpinha, eu nunca te pedi nada irmãozinho, faz esse gol pelo amor de Deus. Houve uma falta em cima do meu Paraguaio favorito, preciso nem dizer que estou falando do Gómez né?! Porém, quem vai cobrar é o meu irmão pelo que estou vendo daqui, ele e o Veiga estão se preparando para cobrar, mas quem sempre cobra é o meu irmão.

O juiz apita e o Gustavo chuta direto para o gol, começo a pular e gritar junto com a torcida, o meu irmão enfia a bola dentro da camisa e enfia o polegar na boca para comemorar, dedicando claro para o baby da titia, sinto até os meus olhinhos se enchendo de água vendo tudo isso de perto, senti tanta saudade de tudo isso aqui.

O segundo tempo foi correndo muito bem, vencemos com quatro gols, um do Veiga no primeiro tempo, o do meu irmão, um do Zé e o último do Dudu, eu acho que nunca gritei tanto na minha vida, eu não posso me juntar a torcida que me empolgo demais, mas também nunca consigo ficar na sala da família, aquele lugar me sufoca.

A torcida foi saindo do estágio e eu fiquei sentada observando tudo, eu senti tanta saudade do Allianz, esse lugar se tornou uma segunda casa para mim por um tempo, o Maracanã não chega nem perto disso aqui, e olha que eu passei muito tempo lá, posso falar isso com propriedade.

Do nada o Dudu entra em campo novamente com o Kauê e o Pedro, eles arranjam uma bola de não sei onde e começam a brincar pelo campo, observo bem quando o Kauê faz um gol e eu grito batendo palmas, ato esse que chamou atenção deles três.

Dudu: oxe, você está aí desde quando?- pergunta vindo na direção da arquibancada já sorrindo.

Eu: desde o início meu bem, achou mesmo que eu iria voltar para São Paulo e ia perder um jogo de vocês? Nem morta meu amor- falo e ele dá risada.

Dudu: desce aqui pô, vem me dar um abraço- fala e assim eu faço.

Desço para o gramado e já sou recebida com um abração de urso dele e dos pequenos, pego o Pedro no colo e já encho ele de beijinhos, faço o mesmo com o Kauê e ainda brinco um pouco com eles no gramado, mas o senhor Eduardo fez questão de me levar no vestiário enquanto as crianças ficam com a Paulinha.

Dudu: ae galera, tem gente pelado aí?- pergunta entrando na frente eu dou risada- pode entrar Camilinha- fala e eu entro vendo os meus amores se arrumando para ir para o CT.

Gabriel: olha quem voltou- fala já vindo me abraçar.

Eu: Gabriel adulto, quando tempo- falo retribuindo o seu abraço.

Raphael: lembrou que tem amigos Camila?- pergunta com a blusa na mão.

Eu: nunca esqueci Veiguinha, mas sabe como é a vida né?!- falo e ele confirma com a cabeça vindo me abraçar.

Gómez: tu hermano ya nos contó lo que pasó, gabriel que no pierde por esperar- fala me olhando, acho até fofo como ele fala quando está bravo, as vezes fala tudo em espanhol, outras vezes o sotaque pesa mais, nunca consigo levar ele a sério.

Eu: não precisa se preocupar com isso papito, eu só quero passar uma borracha em tudo isso que aconteceu- falo e ele confirma com a cabeça.

Zé Rafael: você fala como se fosse mudar alguma coisa Camilinha, já estou até ensaiando algumas faltas que podem ocorrer sem querer- fala focado em calçar o tênis.

Eu: eu não sei porquê ainda ando com vocês- falo e eles dão risada.

Gabriel: você pode aproveitar que largou aquele traste, e pode sair com a gente para comemorar, amanhã todo mundo está de folga, vamos comemorar que ganhamos dos Bambis Camilinha- fala todo animado e eu dou risada.

Eu: depende, vamos para onde?- pergunto me fazendo.

Querido PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora