[Narrador On]
Era de noite, o início de mais um inverno em Londres, trouxe com sigo uma neve que preenchia as ruas e decorava as árvores para um tom branco em suas folhagens, o parque estava com o lago praticamente em um início de congelamento, infelizmente não teria mais patos para alimentar durante um tempo.
Em uma livraria que se encontrava fechada devido ao horário, estava um homem de estrutura angélica e gentil, o mesmo aproveitava o silêncio enquanto lia algum livro ao som de alguma música clássica, sinceramente eram bastantes livros que nem sequer cabiam nas únicas prateleiras do lugar.
O silêncio confortável foi interrompido quando a porta foi aperta, deixando a corrente de ar frio entrar minimamente de passagem, logo fechada, a sineta (sino de mesa) foi tocada fazendo um som agudo, pelo visto algumas pessoas não sabem ler placas escritas "fechado" com um aviso gentil. Com isso uma voz familiar se fez presente:
- Foi aqui que pediram crepe? E um vinho para esse frio "infernal"? - Diz um homem ruivo que usava óculos escuros mesmo de noite, o mesmo estava com uma sacola que saia um aroma doce de crepes e no balcão, ao lado da sineta, avia duas garrafas de vinho tinto, uma escolha tradicional assim por dizer, para um evento mais intimista.
Aziraphale ao ouvir a voz abriu um sorriso doce e tirou seus óculos de leitura, virou sua cadeira para figura e se levantou:
- Crowley - Por mais simples que tenha sido a frase, isso era o suficiente para aquecer o coração do demônio, mesmo que não se demonstra sentir isso, era como músicas para seus ouvidos.
- Finalmente você chegou querido, estava achando que tinha se perdido na neve. - Aziraphale estava esperando Crowley a um tempinho. - Se pensar bem, isso seria ruim...
- É bom saber que se importa meu caro anjo, eu já estou aqui certo? Porque não aproveitamos antes que os crepes esfriem, vá pegar as taças para nós.
- Qualquer pessoa ficaria preocupado, não é porque meu preocupo com pessoas de sua natureza... - O anjo dizia isso firme e sério tentando enfatizar que não se importava - Fique a vontade Crowley, já voltarei com as taças.
Aziraphale abriu novamente o sorriso doce de sempre que Crowley amava, essas mudanças de humor do anjo que apesar de se demonstrar sério e que ia a favor dos planos de Deus, era alguém que ainda tinha compaixão mesmo pelos que não estavam dispostos a seguir ao caminho do céu, não é à toa que o mesmo já quebrou algumas regras.
Crowley tinha soltado uma risada nasal, apenas um sorriso sem mostrar os dentes, pegou os vinhos e subiu as escadas indo para a sala e com um pequeno milagre usou para ascender a lareira. Agora o ambiente de antes se eliminava com as lâmpadas eram ofuscadas pela brasa ardente e aconchegante.
Crowley sentou de mal jeito no sofá, ficou esperando pelo anjo, os vinhos já esperavam na mesa de se serem consumidos e os Crepes ainda tinham um cheiro docemente agradável. Por, mas que o Demônio não via graça nesses doces, ele ainda os comprava e devido ao anjo, ver o mesmo feliz comendo um por um era algo que nem o ruivo sabia explicar, ver o seu anjo sendo feliz era algo realmente encantador... Um sentimento estranho tomou conta seu peito, era estranho, mas com isso vinha a imagem do ser celestial em sua mente, isso deixava o sentimento agradável, o que é estranho para um demônio.
Aziraphale chegou com as taças, indo se sentar ao lado de Crowley e lê entregou uma das taças, o ruivo já foi pegando uma das garrafas e a abrindo, assim dividindo a bebida na taça de cada um.
Dá li foi uma noite tranquila, os dois pombinhos enchendo a cara com o vinho e os crepes foram logo sumindo um por um como sempre, as conversas ia de falar mal de Gabriel, o porquê a cor e a fruta se chamam laranja até algumas indiretas para uma possível briguinha boba.
Conforme a neve caia do lado de fora, devido a uma pequena embriaguez Crowley estava quase apagando no ombro do anjo, Aziraphale ao ver isso deu um pequeno sorriso aconchegante e tirou o óculos escuros do demônio, ao tirar o acessório viu que os olhos de Crowley estavam ainda se fechando de vagar, realmente o ruivo estava evitando perder algum momento daquela noite, mas não teve jeito, ele dormiu, as luzes da livraria foram apagadas ficando apenas a lareira como fonte de iluminação para um demônio que dormia tranquilamente e um anjo que apenas ficava de olhos fechados aproveitando o contato da cabeça do ruivo em seu ombro.
Aziraphale em suas memórias traçava cada momento com Crowley em que os olhos do mesmo estavam a mostra, olhos finos como de uma serpente e tão amarelos como ouro, era um dos traços que o mesmo gostava no demônio, fazia uma paleta única junto ao cabelo, por mais estranho que pareça os trejeitos de Crowley o encantavam também por mais teimoso e rabugento o mesmo seja, ele sabia ser alguém agradável nos melhores e piores momentos. Gosta de o ver feliz ao ouvir a banda Queen, gosta de seu jeito de andar, até mesmo como ele cuida bem da Bentley, pensado bem e até engraçado "Ela ficaria mais bonita da cor amarelo" Aziraphale pensou nisso, mas ele sabe como o demônio ficaria se visse o carro daquela cor.
E mais uma vez o mesmo sentimento estranho, porém aconchegante, pois vinha Crowley a sua mente.
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941 Palavras até que foram bastantes pois não sou de escrever muito.💕
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Just another night... (One-Shot)
FanfictionApenas uma One-Shot de Aziraphale X Crowley. A história é para fins de entretenimento, não afeta a história original, apenas uma história feita de fã para fã. Já peço desculpas caso tiver algum detalhe faltando ou até mesmo pouco desenvolvimento, a...