pilantra. ✦ Katsuki Bakugou and you

✦ 05

Depois daquele dia, foram mais três, apenas brigando. Era impossível parar de falar com ele quando vocês trabalhavam juntos, então, tiveram que aturar a provocação um do outro.

— Katsuki, faz as coisas direito!

— Para de mandar em mim, caralho!

Vocês não estavam se aguentando mais, e aos poucos, o pessoal do estúdio também não. Aguentar o Katsuki já era difícil, e você, estava agindo como ele.

— Eu não aguento mais o Bakugou. Até a respiração dele me irrita.

— Não sei do que você está falando, você está igualzinha a ele. Tratando todos com ignorância, fazendo o ambiente ficar com um clima pesado o tempo todo com essas "patadas" que você solta, e mais um monte de atitudes feias. Você não está sabendo controlar sua raiva e está se mostrando fraca e chata. Vê se muda logo antes que a gente perca a paciência e faça um exposed dos dois.

Por sorte, não tinha ninguém na sala, estava apenas vocês duas, que logo ficou vazia sem a Jade ali. Você se sentou em um sofá ali perto e pequenas lágrimas sairam de seus olhos, como se estivessem ali a muito tempo.

Você estava em uma sala em que o barulho da gravadora não chegava. Na verdade, ali era como se fosse o seu lugar com o Katsuki, já que vocês vão lá para descansar da bagunça que estava na gravadora. Depois de alguns minutos, a porta em que Jade saiu, se abriu.

— Hm, você. - Ele entrou e se sentou num sofá que tinha ali, não tão perto de você.

Você não disse nada. Estava chateada com o que a Jade disse mais tarde. Você realmente estava se comportando como ele, mas escutar aquilo de umas das suas melhores amigas era demais.

— Ótimo. Agora deu para me ignorar.

Você o olhou com lágrimas nos olhos, mas tinha algo a mais pesando em seu rosto. Era raiva.

Raiva por ter ele ali.

Raiva por ter cogitado que ele gostasse de você.

Raiva por querer beija-lo e não poder.

— Eu não quero conversa. Não quero mais você na minha vida.

— Se não quisesse mesmo, já teria terminado publicamente.

— Vou fazer isso depois do show de amanhã. Serve?

— Tá. Vai ter algum motivo certo?

— Você vai ter machucado meus sentimentos. Achou que gostasse de mim, mas estava apenas confuso. - Disse e saiu da sala.

Katsuki se perguntou se aquilo foi uma indireta pra ele, mas, ele não entendia. Ela acha que ele está confuso? Mas por que? O que ele fez?

Ele não sabia. E se ela não contasse, ninguém saberia.

— Sei que isso não é da minha conta, mas eu acho que vocês se gostam. - Kirishima falou.

— Que? Nem fudendo. Ela pode até ser, mas eu? Puta que pariu.

— Pra tudo tem sua primeira vez, ué.

— Eu já falei, é tudo questão de dinheiro e fama. Sempre foi e sempre vai ser.

— Se você tentasse ficar com ela, talvez isso mudasse.

Ele riu.

— Eu nunca ficaria com ela. - Mentira. - Ela nem faz o meu tipo! - Outra mentira.

— Bem, tô só supondo.

— Você deveria parar de supor o que não sabe.

Kirishima sabia que ele só dizia isso por que tinha medo de ficar com ela e acabar gostando. Nem sempre ele tinha a sorte de se apaixonar, mas, tinha medo de que acontecesse, e não se sentia pronto pra isso naquele momento.

Mas, e se ele já estiver? Esse era seu medo. Medo de estar gostando tanto dela que colocaria em risco sua vida e sua fama, mas, ele já havia feito isso, não é?

Porra. Essa garota fudeu com ele.

[...]

Eram oito e quinze quando os dois dividiam o mesmo camarim, mas dessa vez, o garoto tentava pedir desculpas, do jeitinho dele.

Motivo: ele estava disposto a beija-la naquela noite.

— Você está bonita. - Ele falou baixo, quase um sussurro.

— Que?

— Você está bonita! Tá surda?

— Para te escutar? Estou. Mas, não entendi o elogio gratuíto.

— Não posso elogiar minha namorada?

— Pode parar de me chamar assim? Eu não quero acabar com falsas esperanças.

— Esperanças de que?

— De amor de verdade, Katsuki. Não quero sair machucada, essa jogada de marketing não fez muito bem pra mim.

Katsuki viu em seu reflexo no espelho que ela estava realmente mal. Ele levantou de onde estava sentado e foi em direção a ela.

— Eu não quero te machucar.

Ela olhou pra ele com um olhar de confusão. Em um movimento rápido, ele pegou em seu queixo e a beijou com força. Tentou ser delicado, mas não era uma tarefa fácil pra ele.

A garota ficou totalmente sem reação, mas depois de alguns segundos, acompanhou o beijo. Sua mão foi de encontro a dele, o que fez sair alguns choques elétricos de seus dedos.

Finalmente.