MEL ANDRADE havia nascido no porto, como toda a sua família, e adorava ter crescido lá. Com apenas 10 anos o seu irmão gémeo que jogava num pequeno clube de futebol foi chamado para treinar no benfica campus. Foi ai que sua vida mudou completamente...
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SEMPRE FUI fanática pelo futebol clube do porto. Desde pequena tenho uma conexão com o clube. O lado do meu pai é portista, já o da minha mãe é benfiquista, e acredito que na maioria das famílias portuguesas seja assim.
O meu irmão Miguel e eu adorávamos ir ao dragão em pequenos, era como se nos sentíssemos em casa.
A minha vida no porto era fantástica, eu era vizinha dos meus primos, e todos os dias saiamos para ir a pé para a escola, não que tivéssemos necessidade, mas adorávamos passar tempo juntos e aproveitávamos esse tempinho para isso. Na escola eu dava me bem com todos, as minhas notas sempre foram altas e desdos 6 anos praticava voleibol na equipa de lá.
Quando os meus pais me disseram que nos mudaríamos para Lisboa para seguir o sonho do meu irmão foi como se metade do meu coração se partisse a meio, porque a outra metade estava feliz pelo meu irmão.
Eu estava completamente enraivecida, não queria nada deixar o Porto, não queria ser uma menina da capital e não queria que os meus pais preferissem o sonho do meu irmão ao meu. Mas ao mesmo tempo tentava parecer feliz para não desmotivar o meu irmão. Era o sonho dele.
O meu irmão iria viver no benfica campus. O que nos permitiria viver no Porto, mas os meus pais disseram que dava jeito nos mudar para a capital por causa da empresa deles que se vai expandir para todo o país. Eles dizem também que querem apoiar todos os momentos do meu irmão nesta nova "etapa de vida". Devido a esses motivos tivemos de nos mudar para Lisboa. Seria bom para o emprego dos meus pais e para o futuro do meu irmão. Já para mim, seria uma tortura.
Na primeira vez que eu e a minha família fomos ao campus do benfica,onde o meu irmão iria passar os seus próximos dias, conhecemos os parceiros de equipa do meu irmão.
Eu estava com a maior cara de cu naquele dia. Não estava com vontade de socializar e muito menos olhar para todos os símbolos do benfica que passaram á minha frente naquele campus.( obvio que a mini Mel mandava a língua e fazia uma cara de nojo a ver todos eles, o que rendia a um puxão de orelhas da minha mãe.) Segundo ela eu era uma criança muito... Descontrolada.
Também me irritava o fato que a minha família toda havia se convertido a benfiquista. Ok, não digo toda, mas qual era a necessidade?
Lembro me que foi nesse dia que os colegas de equipa do meu irmão me acharam um piadão por estar no campus da base do benfica a desprezar o clube. Desde ai sou a "Portista irritadinha" ou a "Andrade fêmea" ou "mascote". Odeio-os.
Bom, pelo menos odiava. Com o passar do tempo fui fazendo amigos e fui aprendendo a gostar de viver ali. Apesar de ser o benfica, era o meu maninho. E eu iria o apoiar em todas as suas etapas, então ia ver todos os treinos e jogos dele, e como ja todos me conheciam era como se tivesse em casa.
