Tentativa improvável

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O almoço havia passado sem mais conflitos, no final todos se deram muito bem e até marcaram de se encontrarem outro dia quando puderem, para ir em algum clube ou parque. Daniel e Elìdio não se falaram muito, apenas marcaram de se encontrar aquela noite para um encontro, mas dessa vez o loiro não estava mais tão animado como da primeira vez.

Estava de tarde e se aproximando do horário do encontro, Pimenta insistia para que ele não fosse, porém, já tinha tomado sua decisão. Mas estava até um pouco feliz por Elìdio não ter ido ao primeiro encontro porque não estava pensando direito, ficou tão fora da realidade que nem se reconheceu, isso o fez voltar ao seu normal, agora não iria ser um bobo caidinho pelo outro, seria apenas Daniel Nascimento.

— Olha, ainda dá tempo de desistir... — Pimenta lembrou novamente naquele dia, Daniel riu da procuração do mais baixo e se sentou na cama ao seu lado para o fazer aceitar aquilo melhor.

— Rafael...eu entendo que esteja preocupado, mas estou até me sentindo melhor do que antes, sinto que voltei a ser eu mesmo e isso é ótimo, nem ansioso ou nervoso estou. Agora não estou agindo como um idiota, vou conseguir julgar Elìdio melhor e saber o que quero ter com ele, pode até ser uma amizade se não der certo, agora que vamos começar a sair em grupo. — Explicou segurando a mão do amigo que suavizou a expressão de preocupação.

— Desculpa, Dani...acho que essa história toda me deixou como uma mãe coruja. — Soltou uma risada e Daniel confirmou rindo. — Espero que dessa vez as coisas sejam melhores, me liga se começar a se sentir desconfortável, ainda não sei o que pensar daquele homem.

— Entendo, até te convidaria para ficar na mesa com a gente se você não olhasse para ele como um psicopata e se não fosse um encontro. Está na hora de parar de agir igual minha mãe — falou gentilmente se levantando pronto para sair.

— Eu sei, sinto muito. O importante é te ver feliz, bom encontro então — Pimenta se despediu vendo Daniel saindo, estava começando a se conformar com a ideia e estava mais tranquilo também.

Daniel chegou em frente ao estúdio com seu carro vendo Elìdio arrumado na entrada, abriu a porta do carro para ele entrar e outro sem entender entrou, para o moreno eles iriam para o mesmo restaurante que foram no almoço, mas o loiro queria mudar um pouco, já estava cansado de ir lá por hoje.

— Então, para onde vamos? — pergunta o moreno após trocar os cumprimentos. Daniel não estava com raiva, porém, se encontrava mais calado, Elídio se mostrou mais tímido e envergonhado por causa disso.

— Acho que já passamos da fase de tentar impressionar um ao outro, né? — perguntou o loiro e Elìdio não soube o que responder então Daniel continuou seu raciocínio. — Eu estou de boa, não precisa ficar tão acuado assim, só quero ir comer um podrão ali na outra esquina, tá bom para você?

— Ah, por mim tudo bem. — o moreno se deixou relaxar no banco antes de voltar a falar. — Foi mal...eu me sinto sem jeito depois do que fiz, era para tentar consertar tudo aquilo, mas mal estou conseguindo falar direito com você.

— Eu entendo, mas o bom é que agora nós não precisamos nos importar tanto com a impressão que um vai ter do outro, só vamos ser nós mesmos e aproveitar a noite. Vamos nos conhecendo melhor. — deixou um sorriso leve como se confirmasse o que disse e estacionou o carro em frente a um trailer de cachorro-quente com algumas mesas na frente e desceram do carro.

— Desculpa, Daniel. É como se eu não conseguisse relaxar na sua presença depois do que fiz e da nossa pequena discussão hoje de tarde, não me sinto eu mesmo. — Elìdio disse após os dois ficarem em um silêncio desconfortável na mesa, o loiro quase agradeceu quando foi o moreno que jogou as cartas na mesa de uma vez.

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