𝐋𝐢𝐥𝐲 𝐏𝐚𝐫𝐤𝐞𝐫
𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰
Estudos científicos afirmam que quando mantemos contato físico elevamos os níveis de oxitocina, substância produzida no cérebro e que estimulam sentimentos de empatia, confiança e redução da ansiedade. Portanto, quando dormimos com quem amamos, a oxitocina é liberada, promovendo calma e a sensação de proteção.
Era isso que eu sentia sempre que acordava ao lado dele. Pela primeira vez em muito tempo, acordei primeiro que ele. Deixei o cotovelo apoiado no travesseiro e apoiei na cabeça e passei a vê-lo dormir.
Seu cabelo loiro estava radicalmente bagunçado e isso ainda não o deixava feio. Deus. Se é que em algum momento Klaus conseguisse ficar feio. O que eu sinceramente começava a achar impossível.
As maçãs de seu rosto levemente coradas e amassadas da dormida me fizeram dar uma gargalhada.
Sem ao menos perceber estava sorrindo vendo-o ali. Não cansava de dizer como Klaus tinha se tornado importante para mim aos poucos e quando vi, estava junto dele, ontem, enquanto discutia com Caroline, praticamente abri meu coração para ela e indiretamente me declarei para Klaus de uma forma que eu não tinha feito ainda, ele ficou surpreso, ouso até dizer que ficou sem saber o que dizer depois, já que quando nos deitamos ontem, ele ficou praticamente todo o tempo em silêncio. Pensei em perguntar se o que tinha falado tinha lhe incomodado, mas não o fiz.
Klaus se remexe e tive a impressão que estivesse acordando, mas não. Uma curiosidade de Klaus é que ele se mexe demais dormindo. Sempre dormimos um colado no outro, mas no fim, Klaus acorda numa posição totalmente diferente, o que é engraçado.
Pisco os olhos e rapidamente estou de volta no dia em que praticamente fui obrigada por Klaus a dormir com ele porquê ele havia sonhado que seus pais me matavam — mesmo sabendo que isso é impossível —, Klaus me fez prometer que eu ficaria ali para que ele ficasse de olho em mim, eu não queria, mas acabei aceitando. Foi estranho, eu já tinha sentimentos por Klaus quando dormimos juntos e isso parecia tão íntimo, e eu nem fazia ideia de que era recíproco.
Pisco outra vez e num piscar de olhos enquanto o via dormir, me senti culpada e com raiva de mim mesma por ter me deixado levar por tantas distrações, como ter dias incríveis com Klaus e a festa ontem que fizeram me distrair do que realmente era importante: Saber os planos de meu pai contra mim e as pessoas que eu me importava.
Katherine tinha aparecido aqui a dias e sumido, e desde então, não deu mais sinais de vida. Claro que ela era esperta e não voltaria aqui sabendo que Klaus mais do que nunca estava em sua cola.
Meu sorriso animado rapidamente virou uma cara preocupada. Tanto tempo sem ele aparecer, significava que ele aprontava algo ruim, mas logo eu iria descobrir.
— Achei que a vista estivesse te agradando. — falou ele com a voz rouca, o que me pegou de surpresa. Klaus acordou sonolento e se deitou de frente para mim. Fiz o mesmo.
— É, estava. — respondi, toquei seu rosto e acariciei com a ponta dos dedos — Achei que estivesse dormindo. — retruquei.
Aos poucos, ele acordou totalmente e manteve sua atenção em mim. Ontem não estava frio, mas de madrugada sim, então vesti um pijama de frio para dormir, mas a blusinha ficava um pouco apertada e sempre subia.
Nik esticou o braço e o pôs sobre a minha cintura me trazendo para perto, ele ficou fazendo carinho com a ponta dos dedos na minha cicatriz na barriga. No primeiro momento em que fez isso, ele me olhou até que eu dissesse algo ou lhe repreendesse por isso, mas não o fiz, apenas aceitei. Então Klaus continuou fazendo carinho naquela região, que era super sensível para mim.
— O que te incomoda? — perguntou ele com os olhos fixos nos meus. Engoli em seco e meu corpo estremeceu com sua pergunta. — Seu pai?
Desviei meus olhos dos seus e respirei fundo. Klaus e eu compartilhavámos o mesmo problema paternal, mas sentimentos diferentes.
Eu amava meu pai, eu amei ele. Durante uma época da minha vida, eu via o Kai como meu porto seguro depois que nossa mãe tinha nos "deixado", segundo ele próprio. Ele era o meu herói. Durante um pequeno momento em nossas vidas, minha e do James, Kai foi realmente um bom pai. Ele nos contava histórias da Convenção Gemini, ria conosco, ensinava feitiços para mim e meu irmão, claro que, por ser menino, James era mais apegado a Kai mas ele sempre esteve lá por nós dois, mas sua ganância e ânsia por poder predominaram em si e foram mais fortes, o fazendo mudar drasticamente.
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𝐚𝐦𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐚𝐜𝐚𝐬𝐨 | 𝐊𝐥𝐚𝐮𝐬 & 𝐋𝐢𝐥𝐲 𝐏𝐚𝐫𝐤𝐞𝐫
RomanceLily Parker é uma bruxa muito poderosa e carinhosa com todos mas que acaba carregando uma fama ruim por ser filha do temido Kai Parker, líder da convenção gemini, a convenção de bruxos mais poderosos do mundo a qual Lily fazia parte. Quando Lily de...
