𝘼 𝙧𝙖𝙞𝙣𝙝𝙖 𝙙𝙤 𝙩𝙧𝙖𝙛𝙞𝙘𝙤 -𝙢𝙖𝙞𝙡𝙞𝙖

ɪɪ.

Melancolia (s.f.)

É a tristeza com muito açúcar, fácil de engolir difícil de se livrar. É o vicio de alguns artistas. É o precipício de uma pessoa sã. É uma tristeza azul, teimosa e permanente. É ouvir as músicas que me trazem à tona memorias nossas, sabendo que nunca faremos memorias novas, só pelo prazer de saber que um dia fiz boas memorias. É ter olhos apáticos e não ver o mundo. É a constante sensação de estar caindo sem gritar em um buraco sem fundo. É preencher com nada os espaços vazios e achar que faz alguma diferença.

-Pereira (vulgo autora de vocês)

Marilia D. Mendonça

As vezes fico pensando em, quanto tempo tudo isso vai durar? Talvez não acabe e eu viva nesse estado vegetativo pelo resto dos meus dias, já que nada é igual sem ela. E a falta que ela faz é extrema (extremamente grande, extremamente absurda e extremamente ruim)

Hoje é o dia que eu tenho uma entrevista para falar sobre como foi o desenvolver do plano para a "até então" prisão de Maiara. Que saiu dos trilhos, causando sua morte.

—não sei se estou pronta para isso Sophy... acho que é muito cedo pra expor isso tudo— desabafo para sophy, minha secretaria

—claro que consegue! Não é tão difícil, Marília.

—hm... vou pegar um café ali em frente, já volto.

—quer companhia?" ela pergunta

—não, obrigada —digo a deixando sozinha na sala

Pego o elevador e desço até o térreo (primeiro andar) logo em frente a cede havia um Starbucks fui e peguei um café lá, e aproveitei para comprar alguma coisa para comer.

Na hora em que eu ia pagar do outro lado da rua havia uma mulher ruiva, semelhante... muito semelhante a Maiara

- "MAIARA!?" gritei do lado de dentro do local, assustando a todos que estavam no estabelecimento, e por algum motivo a mulher olhou para o local em busca de onde veio a voz que gritou por seu nome, seus olhos se encontraram com os meus e... não é possível. A mulher virou rapidamente a rua sumindo do meu campo de visão

—Deve ser só coisa da minha mente— digo para mim mesma

Acabo de pagar o meu pedido e volto para o prédio

—era ela sophy, tenho certeza...

—Marília, ela está morta, m-o-r-t-a— soletra para mim

—mas era tão parecida os mesmos olhos... o mesmo rosto doce

—Marília, esquece ela logo, você está ficando doente da cabeça por essa mulher

(alguém humilha essa invejosa, por favor?)