Confiança

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O dia havia passado em sua total calmaria, e com isso veio a falta do que fazer. Estava planejando começar uma pequena reunião somente com Maximoff para ela entender como funciona a comunicação durante as missões e dentre outras coisas. Como o dia estava livre, aproveitei para tirar um bom cochilo e assim aliviar um pouco a dor de cabeça.

Meu descanso acabou sendo interrompido quando o alerta de missões foi acionado. Levantei cambaleando da cama e sem prestar muita atenção corri pelos corredores. A visão estava totalmente embaçada e só senti o choque do meu corpo bater contra o de outra pessoa.

– Mas que droga! – Falei irritada quando senti um líquido queimar meu torso.

– Ai não! – Apertei meus olhos finalmente enxergando melhor. Que merda! havia café por todo lado e uma mancha enorme na blusa branca de Maximoff. – O que deu em você, hein? Presta atenção!

– Presta atenção você! Estava na frente do meu quarto feito uma alma penada. – Rebati

– Legal, além de ignorante tem Alzheimer. – Riu debochada. – Eu estava indo pro meu quarto. Se esqueceu que fica ao lado do seu?

– Mesmo assim não deveria estar aqui. Ainda é cedo pra descansar, há muita coisa pra ser feita.

Era exatamente 19h da noite

– Quanta hipocrisia. Devia dizer isso quando não estivesse com os olhos inchados de tanto dormir. – Entortou o lado da boca. – Ai que merda! minha blusa ficou um desastre. – A blusa era branca um pouco transparente e pelo fato de estar molhada com café deixou ainda mais  visível sua pele. – Ei, meus olhos ficam aqui em cima. – Estalou os dedos no meu rosto.

– O que?! Não.. eu.. não estava olhando para os.. seus.. – eu não estava olhando para os seios dela, totalmente nada a ver isso. – Que se dane, sai da minha frente.

– Tem espaço suficiente pra você passar. – Ela levantou as mãos e olhou para os lados indicando os lugares por onde eu podia andar. Sem querer perder mais tempo corri o mais rápido deixando ela continuar seu trajeto.

Eu juro que não tenho nada contra Maximoff, mas esse jeito atrevido de sempre ter a resposta na ponta da língua me irrita. Não ligo para o lance de superioridade ou "quem manda" porém ela deveria entender que sou a líder e agora mentora dela, o mínimo que mereço é seu respeito e obediência.

Quando chego na sala de reuniões todos já estão presentes, de braços cruzados esperando nossas ordens. Pedi para que todos fossem se trocar porque vestir seus uniformes daria tempo suficiente para que eu e Steve estudassemos a missão.

Maria Hill apareceu em nossa tela de comunicações dando alguns detalhes do local. Nossa missão seria resgatar mercadoria ilegal de soro de super soldado que estava sendo comercializado entre Gangues.
A existência desse soro me deixou um pouco intrigada, fazia tanto tempo que não escutava sobre a essa substância.

– Pensei que isso era uma fórmula secreta ou algo assim. – Digo enquanto Steve folheia documentos com a localização.

– Segredos são como espinhas. – Ele umedeceu os lábios. – Se mexer demais estoura.

– Okay. – Fechei meus olhos incrédula após escutar a pior metáfora já feita. – nunca mais diga isso em voz alta. – Dei uma risada controlada.

– Foi boa, seja sincera. – Retribuiu o riso. – Posso perguntar por que você está com a blusa molhada de café?

– Esbarrei em uma alma que vagava pelos corredores.

– Que horror, está amarrado! – Ele faz o sinal da cruz.

– Então solta ele. – Brinquei e ri sozinha. Desde pequeno Steve teve medo de "fantasmas".

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