Coração Congelado

Responsabilidades

A volta para a torre foi em completo silêncio. Ao pousar o jato todos foram para sala de reuniões, o resto da equipe percebeu que os Capitães não falavam e muito menos se olhavam durante a volta. Os novos membros estavam aguardando. O sorriso aberto em seus rostos diziam o quão animados estavam e quando a equipe entrou  enchendo-os de perguntas, porém, logo perceberam que o clima pesava.

— Podem ir deitar. – Digo alto para que não haja qualquer motivação para dúvidas. Eles me olham assustados e passam ao nosso lado saindo da sala. – Vocês foram ótimos. Kate você foi demais!

— Obrigada Capitã. – Ela responde controlando risinhos.

— Clint, limpeza de armas e ajustes. – Direciono para tarefas. – Steve faça o relatório já que você se auto proclamou líder dessa missão. – Falo me retirando da sala e Natasha me acompanha.

em minha mente havia apenas três pensamentos: banho, cama e uma conversa super longa com Steve ou Nick. Preciso entender com quem devo gritar depois dessa missão que poderia facilmente ter tido um rumo totalmente diferente. E ainda perguntar o porquê meu irmão decidiu me esconder as coisas.

— Ei, quer sair ? – Ouço os passos de Natasha como se ela tivesse dado uma pequena corridinha até mim.

— Pra beber? – Digo rindo sozinha. Ela não suporta quando faço essas piadas.

— Isso não tem a menor graça.

— Eu sou a alcoolatra, posso fazer piadas com minha própria desgraça. – Explico mas mesmo assim ela não muda seu olhar. – Estou brincando amiga. E obrigada pelo convite mas irei recusar.

— Já vai deitar? – Subimos as escadas juntas.

— Por que? quer deitar comigo? – Pergunto sabendo as caras e bocas que ela faria. – Tira esse sorrisinho da cara.

— Como você sabe que eu tô rindo?! – Ela reclama baixinho.

— Te conheço o suficiente pra saber que ia sair uma gracinha daí. – Paro em frente ao meu quarto. – Vou tomar um banho e depois vou conversar com Steve sobre o que aconteceu.

— Muito estranho ele ter feito algo escondido de você.

— Pior que ele não fez questão de esconder. Ele estava diferente desde o início da missão.

— Quando conversar com ele me conte tudo!

— Claro, sua fofoqueira. – Ela ri com minha fala.

— Como disse uma grande filósofa Rachel Green
"fofoca é um tipo de serviço social"

— Aham, só você acredita nisso. – Fecho a porta quando ela se afasta rindo sozinha pelo corredor. Natasha me trazia uma sensação de felicidade mesmo em meio ao caos, apenas ela conseguia fazer eu esquecer que havia me estressado de alguma forma.

Pego meu celular colocando uma música lenta. Jazz para ser mais clara. Eu amo esse estilo, especialmente minha música favorita "its been a long time". De algum jeito essa canção me levava de volta para 1940 para um período conturbado mas onde fui muito feliz também.

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— Eu sei que você vai adorar. – Bucky tinha em seu rosto um sorriso gentil e encantador. O modo como ele me fitava com os olhos é tão intenso, capaz de causar arrepios a minha pele.

Naquela tarde de sábado, Bucky e eu fazíamos 2 anos de namoro. Não esperava nada de presente até porque eu havia esquecido de tal data. Porém, meu noivo trouxe consigo uma caixinha e dentro dela havia um colar. Olhei por alguns instantes admirando a peça delicada.