Capítulo 3

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― Eu não quero ir, ainda me sinto mal. Por favor, Jin, não me faça ir. Se você me ama, não vai me pedir para fazer isso. ― Esperei e joguei os braços como se não fosse da conta de ninguém.

Jin resmungou enquanto continuava a me puxar, tentando fazer com que eu soltasse a maçaneta da porta do passageiro de seu carro.

― Vou me atrasar para minha aula e você também, então, vá e me deixe ir.

Segurei a maçaneta com mais força.

― Nunca!

Jin suspirou em voz alta.

― Não queria fazer isso, mas você não me deu alternativa.

Uni minhas sobrancelhas e me perguntei sobre o quê ele poderia estar falando.

― Ah!!! ― gritei, interrompendo meus pensamentos. ― Não, Jin, não me faça cosquinhas. Piedade! Piedade!

Ele mostrou não ter piedade, pois me fez cócegas embaixo do meu braços e nas minhas costelas até que eu convulcionasse e pulasse do carro.

Rapidamente ele o trancou, pressionando um botão na chave, assim que eu já estava a um metro de distância.

Ajeitei minhas roupas e estremeci um pouco por causa das cócegas, enquanto Jin cruzava os braços no peito e levantava a sobrancelha para mim, me desafiando a voltar para o carro.

Resmunguei.

― Você é o pior irmão do mundo. Estou morrendo aqui.

Jin revirou os olhos.

― Você tomou seus analgésicos e comeu alguma coisa, você não pode perder aula para ficar na cama sem fazer nada.

Estreitei meus olhos para ele.

― Quando chegar o dia do seu parto, vou rir de você e me lembrar desse dia. ― Dito isso, me virei e comecei a marchar pelo estacionamento em direção à entrada da escola.

― Tenha um bom dia, bebezão ― Jin gritou para mim, rindo.

Entrei na escola no momento em que o sinal estava tocando, então, acelerei o passo quase começando a correr. 

Não queria ganhar uma advertência por atraso nem ficar mal falado entre os professores, porque isso ia me fazer sentir pior ainda. Entrei na aula de presença três minutos depois de ter começado, então, quando entrei na sala, todo mundo já estava sentado e olhando para a porta quando esta foi aberta. Não olhei para ninguém, apenas para minha professora, que sorriu para mim quando entrei.

Ela parecia feliz demais em me ver.

― Bem-vindo de volta, Taehyung, sentimos sua falta na sexta-feira.

É claro.

― Me desculpe pelo atraso, dormi demais ― murmurei.

Ela acenou para mim.

― Tudo bem. Na verdade, vou aproveitar para te pedir um favor, já que está de pé.

Ah, droga!

― Ok ― murmurei.

Ela se virou para o resto da classe.

― Preciso de uma voluntária do sexo feminino para me ajudar neste trabalho especial. 

Nenhuma menina levantou a mão, e eu não podia culpá-las, afinal, fazer "trabalhinhos" para professores era sempre uma merda.

A professora suspirou.

― Ok, vou escolher alguém, então... Destiny.

Destiny resmungou bem alto, fazendo todos, menos eu, rirem.

JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora