Capítulo 26

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― Acho que tenho que melhorar minha pontaria ― Junghyn afirmou, fazendo Trent rir.

Ele deu tapinhas em seu ombro e piscou.

― Estou feliz que tenha uma pontaria de merda. Do contrário, as coisas não teriam funcionado tão bem para mim desde então.

Junghyn levantou-se, mas congelou quando Trent puxou uma arma e a apontou para ele.

― Ah, um dejà vú! Essa cena te faz lembrar de alguma coisa, irmão? 

Escarneci, cheio de nojo, enquanto me levantava da cama e agarrava o braço de Junghyn.

― Nos deixe em paz ― eu disse.

Trent sorriu para mim e balançou a cabeça.

― Não posso, gatinho. Tio Marco quer conversar.

Ele gesticulou com a arma para que saíssemos do quarto. 

Junghyn segurou minha mão com força enquanto fazíamos o que ele mandava sem argumentar. Eu estava tremendo como vara verde por saber que Trent estava atrás de nós com uma arma de verdade na mão. 

Era como esperar pelo "bang" a cada segundo.

Quando Junghyn e eu entramos na boate, saindo do corredor, caminhamos em direção à mesa onde estivemos antes e sentados, enquanto uma garota dançava, sentada no colo de Marco.

Coloquei-me atrás de Junghyn quando Marco voltou seus olhos para mim e piscou. Ele riu ao ver que eu estava tentando me esconder. 

Marco, então, deu um tapinha na bunda da garota e pediu que ela saísse dali, o que ela fez sem dizer nada.

Olhei ao redor do local e reparei em dois homens enormes. 

Um deles era o que tinha arrastado Junghyn do quarto privado antes, e eles caminhavam em direção a tais quartos só para ficarem de pé ali, do lado de fora do corredor, como Caveira e seu colega tinham feito mais cedo naquela noite. 

Desviei meus olhos deles e olhei para Junghyn que começava a ficar tenso ao meu lado.

― Você fez com que eu acreditasse que o tinha matado ― vociferou para Marco.

Marco assentiu com a cabeça e disse:

― Fiz sim.

Eu queria socá-lo.

Ele respondeu aquela pergunta de forma muito casual, como se estivesse aceitando uma xícara de chá.

― Só para manter minha família nos negócios? ― Junghyn perguntou com a voz cheia de veneno.

Marco deu de ombros enquanto acendia um cigarro, tragava e soprava a fumaça em nossa direção me fazendo tossir um pouco.

― Seus irmãos nasceram para essa linha de trabalho, literalmente. Ouvi recentemente que você consegue uma vagina e bunda só em piscar. Eu poderia te colocar no mesmo negócio que Yoongi, te interessa? Irmãos em domicílio pode ser meu próximo sucesso.

Marco, Trent e os outros dois homens riram do que ele disse, então, eu olhei para eles.

― Você é um saco de merda! ― gritei.

Junghyn colocou-se na minha frente, o que fez Marco rir.

― Fique calmo, loirinho. Não vou tocar na comidinha do seu irmão.

Junghyn olhou para Marco.

― Ele vai te matar se fizer isso. Espero que tenha noção. Me trazer para cá foi o primeiro erro, bater no Taehyung foi o segundo e usar a vida dele como barganha para mantê-lo no negócio foi a porra do seu terceiro erro.

JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora