O Dia em que Tudo Mudou

22 2 4
                                    

Elysia

MÃE! PAI! - gritava eu, desesperada, olhando para minha mãe coberta de sangue deitada na calçada, enquanto os homens de preto levavam meu pai. Minha perna e minha cabeça estavam sangrando.

Segundos depois, escutei sirenes e minha visão escureceu. Acordei no hospital, tinha uma mulher do meu lado. Ela tinha pele verde-oliva, olhos castanhos escuros. Quando viu que eu acordei, ela falou:

- Você é a senhorita Elysia Moore?

- Sou sim. Por que eu estou no hospital? Cadê meu pai? Onde está minha mãe? - eu estava confusa, minha mente não estava processando o que tinha acontecido.

- Como posso te dizer isso... Seus pais não estão mais entre nós. Quando a polícia chegou lá, não havia ninguém, só você e o corpo dos seus pais. Sinto muito. - ela falou em um tom insensível. Meu mundo desabou naquele momento. Eu comecei a chorar muito. Isso era uma notícia muito pesada para uma criança de 6 anos. Depois disso, eu fui morar em um orfanato deplorável, porque nenhum parente meu queria ficar comigo. Falavam que eu dava azar. E assim se passaram 7 anos a aparência de Elysia mudou bastante, ela pintou seu cabelo castanho de azul sua pele cor de bronze tem duas cicatrizes enormes, uma em seu rosto e outra em sua perna.

Elysia chega na sua escola, a Academia Alvorada, um prédio cinza e sem vida, cheio de árvores mortas. As únicas coisas coloridas eram as flores azuis que os alunos do primeiro ano plantaram.

- Elysia!! Você está terrivelmente atrasada. - diz a senhora Lídia Almeida. Ela é uma diretora firme, que não se preocupa com o bem-estar dos seus alunos e professores. Ela tem uma longa experiência na área da educação e é temida por todos na academia. Tem cabelo escuro e usa um coque no topo da cabeça. Tem olhos castanhos quase vermelhos.

Que, com certeza, não é ela, né.

- Desculpa, sra. Almeida.

- Vou perdoar isso só dessa vez. Da próxima, DETENÇÃO! - disse a senhora Almeida, estridente.

Fui para minha sala, no oitavo ano B. Era uma sala de aula normal, um quadro, carteiras normais.

- Oi, Felix. - disse Elysia, enquanto cumprimentava um garoto.

- Oi, Elysia. Você viu o trailer de Robôs Assassinos Cantores que lançou hoje?!!! Estou surtando. - disse o garoto ruivo, sardento, de olhos violetas e dentes tortos, com um sorriso animado e desleixado. Ele usava um uniforme escolar verde.

- Sem conversinha, vocês dois aí. - diz o professor Artur, um homem alto, loiro e nada amigável.

Depois da aula, eu e Felix estávamos indo para casa, ou melhor, orfanato, de bike, ao pôr do sol, passando pelo bairro que ficava a escola.

- Elysia, que tal nós irmos naquela lanchonete que abriu semana passada hoje? - perguntou Felix.

- Você tem dinheiro? - falei.

- Eu tenho suficiente para dois lanches, então vamos. - diz o garoto, animado.

Chegando lá, se pode ver que é só mais um Burger King.

- Dois hambúrgueres simples, por favor. - Felix diz para a garçonete.

- Ok, mais alguma coisa? - diz a garçonete.

Eu e ele fomos para a mesa conversar, enquanto esperávamos os lanches, que não demoraram muito para chegar. Quando estávamos para recebê-los, vimos uma luz branca e muito brilhante no céu.

- O que é isso?!!!! - gritamos, olhando para a luz.

A última coisa que escutei foi uma explosão, seguida de um zumbido.

Vapor E Magia 3000 Anos Onde histórias criam vida. Descubra agora