Ato XX (pesadelos)

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Morpheus ainda tentava se achar em meio a densa névoa cinzentada do lugar

-- que poha! -- esbravejava -- essa parede não termina mais!

-- digamos que sim! -- uma gossa voz ecoava ao longe

-- você estava me observando des do começo, certo? -- indaga olhando para o além

-- talvez, você me cheira a perigo -- a penetrante voz alterava sua tonalidade ao final, indo para algo sádico e baixo

-- talvez eu seja -- ele se vira de costas para a parede tentando achar a tal voz em meio a névoa densa

-- vamos lá, se sente meu caro companheiro -- á frente de Sandman a névoa se dissipa dando a visão de uma mesa circular e cadeiras, um bolo, chá e xícaras sobre a mesma

Sandman analisou e hesitou por alguns momentos, em sua mente tudo aquilo não passava de uma velha distração para lhe tirar de seu verdadeiro caminho

Enquanto isso Gojo se encontrava na parede, se sentando ao chão e respirando fundo

-- Isso não acaba mais, quantos mais Shadow vai aparecer... O que essa garota alcançou que mais ninguém conseguiu?

Voltando pra Sandman, a voz desconhecida voltava a falar com ele, aparentava estar ríspida e superficial, indiferente era os pensamentos de Morpheus com relação a tudo que estava acontecendo, de saco cheio só desejava sair dali

-- Qual seu plano de me retirar daqui? -- questiona já sem paciência

-- oh, eu nunca atrapalharia seu caminho

-- já está! Você está me fazendo andar em círculos em um loop infinito, talvez essa parede seja a resposta para tudo -- fala virando o rosto para parede

-- isso não é nescessário Morpheus!! -- exclama com medo

Então Sandman usa um pouco de seus poderes formando um bola de areia mágica e a lançando contra a parede, assim fazendo um impacto monstro contra ela

-- seu MISERÁVEL! -- aumenta a voz

-- então esse é você -- Morpheus contínuava atacando a parede, até que é impedindo por cavalos negros saíndo de dentro da densa névoa cinzentada e profunda derredor dele -- está usando meus próprios servos contra mim?

-- isso é apenas algo incoerente nesse lugar, não digas bobagens lord Morpheus

Os cavalos de pesadelos param em volta dele o prendendo contra a parede

-- eu consigo mata-los com apenas uma mão... Isso não é nada para mim

-- é o que veremos senhor Morpheus

Com uma das mãos ele segurava os cavalos e com a outra Morpheus usava para continuar destruindo a enorme parede, não parecia estar se esforçando muito, pelo contrário, aparentava estar se divertindo

-- Só isso que tem a me oferecer? -- ele sorria feito um psicopata, aparentava estar se divertindo

-- você é ridículo -- mais e mais cavalos saíam de dentro da névoa cinza porém Morpheus sorria mais ainda

-- diversão em primeiro lugar

Ele quebra a parede e então limpa seu longo manto

Ele então cria outra esfera do sonho porém com pesadelos e a lança sobre o ar então alguns passos são dados para trás e a bolha se explode ao vento cauzando uma explosão gigantesca matando todos os pesadelos ali presente

-- seu pirralho mimado!!

-- você não é problema meu -- ele se vira para entrar no lugar que aparentemente era um templo antigo, com as mãos para trás e corpo reto ele caminhava sereno e calmo em direção a construção que era em tons bege e vermelha -- por que logo um templo japonês?

Ele entra no lugar após abrir a porta, seu chão continha tatames em volta de uma mesa pequena, havia outros cômodos ali porém tudo vazio

-- esse lugar ele...

-- olá, velho amigo -- Morpheus fica instável e congelado, um ar frio se forma no lugar o deixando gelado e mais pálido que o normal, a voz era feminina e doce, porém era quase impossível não a reconhecer

-- Calisto.... -- as pernas dele tremem ao se virar para trás dando de cara com a mulher que estava derretida, sua pele respingava no chão, seus lindos cabelos loiros também derretiam seus olhos não sabia dizer-lhe se era o demônio ou o próprio capeta lhe chamando para brincar -- me deixe em paz, Calisto, chega de joguinhos!

-- oh meu velho amigo, por que do medo? Não sou bonita o suficiente para você? Eu nunca fui boa o suficiente para você! Não é mesmo?

seu tom de voz era ríspido e deixava óbvio a lunática personalidade da mulher

-- você.... Como veio para cá? Esse reino é meu! -- Morpheus estava claramente assustado e sem saída, suas pernas tentava correr mas o caos e medo que havia no lugar era tão forte que não o deixava sair do lugar

-- eu sou um pesadelo meu bem.... -- ela se aproxima dele, suas mãos tocam o peitoral dele e deslisa facilmente por sua bochecha e nuca -- sou seu pior pesadelo meu bem

Eclipse Vermelho ( Imagine Fushiguro)Onde histórias criam vida. Descubra agora