Um Século

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Olá galerinha, essa é uma história que tenho faz um bom tempo no Spirit Fanfics, estou reescrevendo e postando aqui também.

Tenham uma ótima leitura! ^^ ❤️


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Em mais uma das noites calmas e gélidas, uma jovem garota andava pelos campos a procura de uma figura misteriosa e secreta. Depois de avistar a mesma por muitos dias da janela de sua casa, a curiosidade tomou conta de si e assim, deixou de lado qualquer receio de perigo.

Perigo do qual era muito falado nas vilas para crianças medrosas não saírem sozinhas e para os adultos não invadirem a privacidade folclórica, além dos limites de território.

Os humanos não seriam capazes de se defenderem caso provocassem uma invasão dos monstros que rondam o lado inverso dos limites.

Os humanos não sabiam dizer como era realmente um monstro dos quais tanto citam. Se era peludo, cheios de entranhas, buracos, garras, ou presas. Quais eram os tamanhos, se eram grandes o bastante para devorarem suas cabeças em uma única mordida ou se eram pequenos e ágeis, que atacam quando você menos espera.

Muitos anos se escondendo no vilarejo, os humanos se fizeram submissos do medo.

Até uma jovem garota despertar ao mundo e se deixar crescer pela bondade que se encontrava raro em meio ao seu povo.

Quando completara seus catorze anos, pôde ser um tanto livre para andar pelas redondezas.

Em um desses passeios, se pegava avistando um vulto de trás das árvores que corria para lá e para cá com certa rapidez. Imaginou se poderia ter algum humano detrás dos limites, correndo o risco de ser devorado por um dos monstros que lá habitam, como muitos diziam sobre há anos.

Mas seu pensamento sobre um humano em perigo mudou, ao ver todas as noites aquele vulto andar em meio às árvores. Até uma certa noite, o vulto parou e andou para frente daquelas árvores galhudas. A garota percebeu o corpo bípede andando pelo orvalho.

O vulto parecia a encarar, parado por minutos e assim, o medo da jovem humana era ouvido pelo coração que batia tão forte quanto a agonia que sentia em encarar uma silhueta misteriosa como aquela.

A jovem deu alguns passos para trás e o vulto reagiu, se ajoelhou e fazia sinais desesperados. A garota parou e assim, a silhueta bípede a chamou com as mãos. A jovem estava relutante até ouvir um sussurro vindo do outro lado. Então pensou, "se és algum ser vivo que fala como nos, deve ser inteligente e não tão perigoso assim."

A garota faria daquele momento o seu maior segredo, não seria louca de contar algo tão inédito para o povo, iriam enlouquecer e a prenderiam em casa para sua proteção.

A garota se aproximou da silhueta, perto o bastante para ter uma ótima visão dos limites da tolerância de área ser uma parede transparente e embaçada do mundo contrário.

O ser misterioso continuava parado, parecia a encarar da cabeça aos pés. Então, com muita relutância, a garota pôde dizer algumas palavras.

- q-quem é você? - dizia em sussurros, mas dava para ouvir muito bem do outro lado, o medo da jovem.

- quem é você? - a sombra jogou a mesma pergunta.

- ugh... meu nome é S-Seulgi.

- oh, bem eu... posso entrar?

- acho melhor não! - dizia com medo em sua voz.

- não se preocupe, eu não faço nada...

Aquela desculpa era esfarrapada e nada convincente. Mas Seulgi sentia necessitada de ajudar aquele ser. Então, a jovem deu alguns passos para trás. A silhueta encostou na parede invisível e forçou o seu braço para fora. A parede parecia uma balinha de goma, nos pensamentos da humana. Percebendo a dificuldade do vulto passar a parede, Seulgi agarrou a mão do ser misterioso e puxou para o seu mundo. A força foi tanta que seus olhos se fecharam, apenas percebeu as características detalhadas daquele vulto, depois de caírem no gramado.

Felina - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora