7 MINUTOS NO PARAÍSO G!P (continuação)

Capítulo 23 - Casa na praia

Chegar à casa de praia não foi nada fácil. Primeiro porque pegamos um engarrafamento sem tamanho, fazendo o percurso que levaria no máximo uma hora e meia durar quase três. Além disso, ainda tivemos que passar na minha casa no caminho, depois que eu pedi para minha governanta preparar uma mala pequena para mim e me entregar no portão para não ter que entrar. Enquanto fazia isso, deixei Camila numa loja comprando roupa de banho e protetor solar. Ao final de tudo, chegamos a praia depois do horário do almoço.

— Quer comer mais alguma coisa? — perguntei a Camila enquanto estacionava o carro na entrada da casa. Nós tínhamos passado numa lanchonete no caminho e compramos comida para viagem, mas isso fazia mais de uma hora.

— Não estou com fome.

Saímos juntos do carro e levamos as coisas para dentro e eu perguntei se ela queria dar um mergulho no mar ou na piscina. Mais uma vez Camila disse que não, se limitando apenas a observar a sala com atenção enquanto íamos para a cozinha deixar as coisas que tínhamos comprado para comer nesses dois dias.

— Você está bem, pequena? — perguntei, parando-a quando ela ia saindo da cozinha, envolvendo sua cintura.

— Uhum — ela respondeu apenas, evitando meu olhar, mas se aconchegou ao meu corpo como uma gata manhosa, me puxando mais para perto.

— Hey, fala comigo — insisti, levando um dedo ao seu queixo, fazendo-a me encarar. — O que aconteceu?

Eu não fazia ideia do que poderia ter acontecido assim tão de repente, porque durante toda a viagem Camila estivera muito animada, conversando, brincando e cantando suas músicas favoritas no rádio. Mas quando ela corou e mais uma vez tentou desviar o olhar, fiquei ainda mais preocupado.

— Camila, fala comigo.

— Não é nada — ela murmurou, por algum motivo ficando ainda mais vermelha. — Você se incomoda se não formos à praia?

— Claro que não. O que você quer fazer? Quer ficar na piscina? — Como resposta, Camila apenas meneou a cabeça. 

— Tem algo que você queira fazer então?

Mais uma vez ela não respondeu, voltando a desviar o olhar. Mas quando seu corpo se aproximou ainda mais do meu, como se ela já estivesse fazendo o que queria, um pensamento me ocorreu.

— Camila — chamei, levando minha mão ao seu rosto novamente para fazê-la olhar para mim —, isso é você querendo me fazer perceber que prefere passar o dia dentro de casa comigo? — Se ainda fosse possível, Camila provavelmente teria corado ainda mais enquanto assentia depois de alguns segundos sem reação.

 — No quarto?

Mais uma vez ela levou um tempo para responder, findando por murmurar apenas um “uhum” tímido.Um sorriso surgiu no meu rosto sem que eu conseguisse conter.

— Você não precisa ficar com vergonha de dizer que quer passar o diana cama comigo, pequena.

— Eu sei, mas...

— O quê? — insisti quando ela não continuou.

— Quando nós fomos para a casa de campo, você fez toda aquela programação para nós duas e eu não queria atrapalhar seus planos aqui caso você tivesse algo planejado.

— Camila, aquelas coisas que fizemos na casa de campo foi apenas eu tentando ir com calma com você, porque pode ter certeza de que a minha vontade era te trancar no quarto e só te deixar sair para comer. Ou talvez nem isso.

Camila riu quando eu a peguei no colo, subindo as escadas de dois em dois degraus em direção ao quarto.

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