Summer Submission - Imagine Joel Miller

XVI

Depois de alguns dias de luxo com Joel nas Bahamas, estava feliz por estar de volta à casa dele. As coisas foram maravilhosas, mas, apesar de tudo, lentamente a parede que havia construído ao meu redor caiu. Algo nele me fazia pensar que ele mudaria de ideia.

Que talvez... Ele só precise de mim.

Assim que voltamos, Joel teve que ir trabalhar no escritório. O sol já havia se posto muito antes de ele sair e, ele ia trabalhar até tarde e, isso não me impedia de ligar a TV da sala e pedir comida.

Meu programa de TV favorito passando e uma caixa de pizza estava aberta na minha frente, estava pronta pra relaxar. A última coisa que eu esperava era a batida forte na porta como se a polícia estivesse tentando arrombar. Com cuidado, levantei e olhei pela janela lateral, vendo Chad parado com uma expressão sombria no rosto.

Meu coração disparou e as palmas das minhas mãos ficaram úmidas. Não sei o que fazer.

A última coisa que eu queria era que Joel voltasse para casa e visse ele lá. Especialmente depois da conversa que tivemos. Não terminaria bem, e Joel, sendo o homem que era, provavelmente me expulsaria daqui.

Um suspiro pesado escapa, me empurro em direção à porta com hesitação, procurando coragem para enfrentar o único homem que me atormentava emocionalmente nos últimos meses.

Seu olhar frio encontrou o meu quando a porta se abriu, assim como o cheiro de uísque e sua névoa bêbada. 

- O que você está fazendo aqui?

- Eu vim acertar as coisas com você - Ele suspirou, dando um passo à frente, mas se encontrando bloqueado pela porta - Me Deixe entrar para que possamos conversar.

- Não - Respondi com firmeza, não querendo ouvir nada do que ele tinha a dizer - Você precisa ir agora. Não tenho nada pra falar com você e não sei por que você está aqui.

- Para ter você de volta! - Ele retrucou, abrindo a porta, e me derrubando no chão.

- Sai! - Gritei com ele, me deparando com seu aperto firme no meu cabelo e uma risada sem coração que não passava de sádica.

- Você não tem direito de me dizer o que fazer! - Ele gritou - Você sabe quem eu sou? As mulheres fazem fila para passar a noite comigo, você está sendo muito ingrata.

- Eu não me importo com quem você é. Dê o fora, agora - Eu fervia de raiva ao vê-lo tropeçar para o lado, bêbado demais para ter uma conversa racional.

Gostaria que tivesse alguém em casa em um momento como este. Mas, as empregadas já haviam saído e o único segurança que costumava ficar em casa estava com Joel no trabalho.

- Você não vai me ignorar! - Ele gritou, tentando me puxar para ele para beijá-lo - Eu sei que você quer isso.

Juntei as forças que me restavam e empurrei ele, ficando de pé, e seguindo para sala para pegar meu celular. Óbvio que ele não vai sair, e que eu preciso fazer alguma coisa.

No entanto, mãos ásperas agarraram minha cintura e me puxaram pra ele.

Empurro ele pra trás com o cotovelo, atingindo-o na lateral do rosto, e caio no chão.

- Sua vadia do caralho! - Ele se enfureceu e sua mão desceu, atingindo o lado do meu rosto.

Me arrasto pelo chão da sala, vendo minha bolsa ao lado do sofá, vou em direção a ela enquanto ele olhava o lábio machucado no espelho.

- Você vai me amar. Acho que preciso te mostrar o que você está perdendo.

O medo percorreu meu corpo enquanto meu coração batia mais rápido. Não sei o que ele queria dizer com isso, mas sei que não quero descobrir.