Save Me ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

18

📄VINNIE

Fiquei curioso sobre o que a Emma poderia querer comigo depois de ter me afastado da forma como fez. Ficamos sozinhos na cozinha e eu a observei enquanto ela tomava fôlego como se estivesse nervosa para falar.

— Certo, você não tem o dia todo. — ela disse. — Eu não ia te contar isso agora, na verdade eu não contei a ninguém porque tive medo de que as pessoas me vissem com maus olhos. Você sabe que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, no caso, do lado da mulher. E eu também não queria te magoar, mas agora que você veio aqui acompanhado de uma mulher, acho que me sinto mais segura em te dizer.

— Do que está falando? — eu fiquei bem curioso.

— Eu estou saindo com alguém. Faz algumas semanas, eu achei que talvez as pessoas fossem dizer que é muito cedo, eu mesma pensei muito sobre isso e hesitei algumas vezes por medo de te ferir.

Desviei o olhar para o chão e comecei a assentir devagar com a cabeça.

— Mas agora você está saindo com alguém. Com a Tate! — ela sorriu. — E isso me deixa muito feliz por você. Tayler me disse que você estava tão mal, eu não imaginei que fosse seguir em frente dessa forma.

— Eu... — pigarreei. — Eu não estou saindo com a Tate.

— Não? — franziu a testa.

— Ela é minha amiga. E é casada.

— Ah! — colocou a mão sobre o peito. — Merda... — murmurou.

— Mas tudo bem, Emma. — toquei o seu pulso delicadamente. — Você não me deve nada.

— Claro que devo, Vinnie. Você me deu os melhores anos da minha vida e eu vou ser eternamente grata por você ter sido tão incrível para mim. Eu sei que devo ter te machucado de inúmeras maneiras no fim do nosso casamento, mas eu estava ferida também e agindo de acordo com isso. Não quero mais estragar a sua vida.

— Você nunca estragou a minha vida. Nada do que eu tenha me permitido viver foi culpa sua. E você tem todo o direito de sair com pessoas novas e seguir em frente.

— Mesmo? Está tudo bem pra você?

— Sim. — afirmei. — E eu fico feliz que você tenha se recuperado. — sorri fraco.

Ela sorriu e segurou o meu rosto entre as suas mãos.

— Eu te amo, Vinnie.

— Eu também te amo.

Nós demos um longo abraço apertado. Enquanto eu ainda a abraçava, olhei para a porta da cozinha e vi a Tate em pé olhando para nós. Ela estava levemente boquiaberta e eu comecei a me perguntar que parte da conversa ela teria ouvido.

— Com licença. — Tate disse.

Emma e eu nos afastamos e olhamos para ela.

— Eu não queria atrapalhar, só vim saber se o Vinnie já quer ir embora.

— Sim, eu já estou indo. — confirmei.

— Obrigada por ter vindo, Tate. — Emma foi até ela. — E obrigada por apoiar o Vinnie nesse momento.

— Imagina, não foi nada demais. — Tate sorriu fraco.

— Foi muito importante. — Emma a abraçou. — Espero vê-los em breve. — disse para nós.

Após mais algumas despedidas, Tate e eu fomos para o meu carro. Ela estava séria, um semblante pensativo em seu rosto. Eu preferi não dizer nada naquele momento porque fiquei curioso para saber onde os seus pensamentos chegaram.