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𝐶apitulo 38 - Coisas que já fiz por mim.

— Ponto de vista de Ray Minerva, por preferência a leitura, escute a música a mídia. Boa leitura, querido leitor!

Te deixar foi a coisa mais difícil e mais bonita que eu já fiz por mim.

A primeira de muitas vezes estavas a vir, eu ainda lembrava-me de teus cabelos ondulados grisalhos, é óbvio.. como esquecer?

Eu me sacrifiquei tanto por um amor sem recompensa, um amor á puro sexo, um amor que apenas ocorreu se o outro colaborasse.

Isso não era amor.

Eu e Norman não era amor.

Ele não me amava.
Ele não me perdoava.
Ele não acreditava.
E em todo o canto que eu vou, me perguntam se eu sei o que acontece quando o amor chega ao fim.

E única resposta que consigo dizer és esta: "O único amor que eu realmente conheci e vi-lhe terminar foi o meu próprio."

E sorria, quando as pessoas me encaravam confusas.

Eu amava as caras-e-bocas que me faziam, mas ainda doía.

Sempre tão fraco.

Sempre tão.. Ray.

Sempre tão.. Norman.

Norman és apenas um assassino sem piedade, ele não amaria ninguém além de si mesmo.

Mas acho que ele não ama nem a si mesmo.

— pensei-me risonho.

E cá estou eu, com um novo namorado - o que é substituível - Eu não queria aprender isto, mas aprendi com o melhor.

Ou pior, Ratri.

Vi-me Norman tirando uma foto de mim e de meu novo namorado, Choi.

Irmão de Barbara.

Sempre tão bobo.

E olhei para lá e vi Norman vermelho, Houldryn em pânico se assustando e Emma atrás do banco.

Desculpem-os Emma..

E onde você estava agora amor, eu já estive, sei que és ruim. — Murmurei mentalmente a mim mesmo enquanto via Norman com algumas lágrimas nos olhos.

Houldryn estavas a aborrecido, os olhos verdes desesperados.

O rosto de Norman não estava corado.. céus, ele tinha chorado.

Garoto infantil, mas não sou um pedaço de torta que pode apenas me digerir e jogar fora.

Eu sou mais que isso..

Não sou?

Mas não é porque você sente falta que você me ame.

Eu fui até o fim.

Põe toda a culpa em mim!

Já não me importa agora, meu amor.

Norman Ratri, você foi o fracassado.

O fracassado que eu custei a amar mais do que a mim mesmo.

Acho que no fundo do meu coração bobo ainda existe uma esperança que Norman mude.

Mas ele não mudaria.

Não por mim.

E eu também não.

Se fôssemos falar de orgulho, eu descreveria a nós dois.

Meu namorado ainda digitava no celular, me fazendo sair do transe.

— Meu bem, o que estás a digitar?

— Nada demais, gatinho. Algum problema?

— Nenhum..

— Nenhum?

— Docinho, aquele não és o Norman Ratri? Podemos conversar com ele. - Murmurei novamente: Filho da puta.

— N.. Não! Creio que seja melhor não.

— Por favor, estás com medo?

— Eu não tenho medo..

Não quando estou longe de Norman.

— Então vamos! — Choi me puxou pela cintura, levando-me até o carro.

E lá estava Norman emburrado segurando o choro quase matando-me com um olhar ciumento.

Isso enquanto meu namorado ria com Houldryn.

Norman apenas deixou uma lágrima escorrer novamente de teus olhos.

E seu um toque sutil em minha mão macia.

— Pode por a culpa em mim. - sussurrou.

— Culpa de quê?

— De não termos dado certo.

— Não se preocupe.

— Não funcionou pois foi eu que não quis.

— Eu sei Norman, eu sei.

— Volte para mim.

Norman chorou novamente, batendo a cabeça sobre meu braço, arranhando-se ao pulso.

Aquele não era o Norman que eu conhecia.

Não o Norman que eu costumava a conhecer.

E então senti uma pancada em minha cabeça, e vi meu namorado fugir.

Norman chorava também, correndo.

Ok, agora era minha vez de saber quem era o anônimo.

FILHO DA PUTA!