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A admissão veio facilmente, ele podia sentir sua voz trêmula e suas mãos tremendo, ele esperava que Sirius não soubesse. Ele sentiu quando Sirius soltou a respiração que estava prendendo, eles foram capturados em transe, apenas os dois.
O calor se acumulou em seus tornozelos, o sol brilhando acima, o chapéu de Remus lançava sombras sobre o rosto de Sirius. A tentação subiu por sua espinha enquanto ele deixava seus olhos subirem para encontrar os de Sirius, eles brilhavam emoldurados por cílios escuros, assustadoramente lindos.
Remus fechou os olhos e puxou a mão de onde estava descansando sob o queixo de Sirius, ele respirou lentamente, inclinando a cabeça para trás para o céu. Os raios quentes do sol batiam em seu rosto, ele podia ver o calor se acumulando na escuridão de sua visão, se acumulando em seu estômago, corando suas bochechas.
Ele ouviu Sirius soltar uma risada ofegante, suavemente chegou aos ouvidos de Remus e ele abriu os olhos, apertando os olhos enquanto piscava para o sol acima.
"Eu tenho que ir para a cidade rapidamente," Remus disse, abaixando o rosto, o som da caminhonete estalando destravada atrás dele.
Dirigindo para a cidade, a viagem foi silenciosa, acompanhada pelas vozes suaves do rádio. Sirius sentou-se no banco do passageiro desta vez, o chapéu ainda na cabeça, o cabelo ao vento enquanto olhava pela janela aberta.
Remus acolheu o silêncio enquanto tentava esmagar o desejo crescente que sentia em seus ossos. Foi porque ele estava sozinho ou porque Sirius não se esquivou ao vê-lo? Em vez disso, ele invadiu seu espaço, ultrapassando seus limites e derrubando suas barreiras com facilidade.
Ele se perguntou se Sirius estava experimentando as mesmas coisas, sentindo a mesma atração e relâmpagos eletrizantes que atingiam seu coração toda vez que seus olhos se encontravam. Se ele também estivesse andando na linha entre o que era real e apenas uma fantasia.
Ele se perguntou se também estava procurando por algo, algo real e ardente de paixão e desejo. Se ele também quisesse ser consumido, deixar a fera dentro de si assumir o controle, acariciar a pele quente e ardente sentindo o pulso de um coração acelerado.
Ele agarrou o volante com força, pensando em desejos carnais, ele mordeu o lábio com força, tirando sangue, forçando-se a clarear a cabeça.
Sirius se mexeu ao lado dele, ele podia ver pelo canto do olho quando Sirius se virou para olhar para Remus. Ele se deixou desviar o olhar da estrada por um segundo, pegando os olhos de Sirius, lindos.
Entrando na cidade, dirigiu a caminhonete para o primeiro edifício que encontraram e estacionou.
"Espere aqui um momento", disse ele, soltando o cinto de segurança.
