Medo rastejante, saudade do coração, mundos colidindo.
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Foi uma má ideia não foi? Apegar-se, deixar-se divulgar nos prazeres que Sirius guardava na ponta dos dedos. Deixar-se pegar e arrastar para baixo, para o calor e a neblina e ainda assim não conseguir parar.
Ele se viu enredando seus dedos, por mais ásperos que fossem, nos cachos macios e sedosos do cabelo de Sirius, agarrando-o e puxando com firmeza de vez em quando, arrancando gemidos ofegantes de Sirius toda vez que o fazia. Havia algo tão perigoso em ter Sirius se arqueando para ser pressionado contra Remus, querendo rolar sobre os dois em ondas.
Remus estava deixando suas mãos viajarem até os quadris de Sirius, ainda saboreando o gosto de Sirius em seus lábios, a forma como Sirius se movia contra ele, os pequenos gemidos de prazer. Ele saboreou tudo isso.
Afastando-se do beijo por um momento, ele não pode deixar de rir baixinho enquanto Sirius perseguia os seus lábios, um pequeno gemido escapando enquanto o fazia. Claramente não satisfeito com a forma como Remus se afastou.
Remus cravou os dedos na pele macia acima dos quadris de Sirius, puxando-o para perto e deixou seus olhos percorrerem os lábios de Sirius, vermelhos, seu rosto, corado, seus olhos, vidrados com uma necessidade, um desejo, queimando tão intensamente que Remus ficou sem fôlego. Oh, isso foi uma má ideia, mas Remus sempre gostou mais delas e então ele se inclinou, apenas ligeiramente, de modo que seus lábios passaram como fantasmas sobre a orelha de Sirius e ele respirou, sorrindo ao ver o modo como o corpo de Sirius estremeceu sob seu toque.
"Quarto?" ele perguntou novamente. Desta vez, o significado, as implicações, a pergunta, eram todos diferentes.
Sirius acenou com a cabeça, um ofegante, "sim". escapou de seus lábios.
"Perfeito." Remus respondeu antes de deixar um beijo suave embaixo da orelha de Sirius e depois outro e outro e outro. Eles se tornaram mais ásperos, com mais dentes e fervor, quanto mais para baixo no pescoço de Sirius Remus foi. Ele sentiu vontade de deixar marcas, devorar Sirius tão completamente que ele nem reconheceria quem ele era pela manhã.
Ele mordeu a junção entre a clavícula e o pescoço de Sirius e ouviu Sirius gemer, as unhas cravando nas costas de Remus. Ele sentiu Sirius afrouxar momentaneamente sob suas mãos e lambeu a ferida antes de dar um beijo e chupá-la, calor ondulando em seu estômago enquanto ele sugava a pele entre os lábios, enquanto enfiava os dedos por baixo do cós da calça de Sirius, buscando intensamente o contato de pele com pele.
Perdendo-se no prazer, no desejo, Remus puxou-os para trás, em direção ao seu quarto, tentando ao máximo não tropeçar. Ele se permitiu maltratar Sirius e não ouviu nenhuma reclamação enquanto abria e fechava a porta, empurrando Sirius de volta contra a mesma quando ela se fechou.
"Oh, foda-se." Sirius engasgou, ofegante.
Remus sorriu para ele, sentindo-se atrevido, "isso pode ser arranjado."
