Capitulo Três
Caminhámos lado a lado, desta vez, até à passadeira rolante para levantarmos as nossas malas de viagem.
Eu: E agora? Onde vamos?
Samaris: Olha, vamos almoçar e depois de tarde vou ter que sair.
Eu: Sair? Mas tu mal conheces a cidade. -levei as mãos até à zona do peito e cruzei-as.
Samaris: Sim, mas vou ter que ir até à Luz, ao hospital, fazer os exames médicos.
Eu: Ah, está bom.Chamamos um táxi, visto que o meu primo ainda não fez a translação do carro, demos a morada onde futuramente iria ser a nossa casa, pelo menos um ano.
Passados uns 10min já o carro tinha chegado ao local desejado. Pagamos a meias a conta, sim, o meu primo não é cavalheiro, é um forreta de primeira.
Eu: Onde vamos almoçar? -perguntei pondo as minhas malas num canto do Hall de entrada.
Samaris: Encomendamos pizza, pode ser?
Eu: Andréas, chegámos hoje aqui. Tu conheces alguma coisa?
Samaris: Não, então vamos andando até encontrar algo.Com ajuda do Samaris, colocamos as malas uma a uma nem cada um dos quartos. Voltamos a descer e seguimos caminho até encontrar uma pizzaria. Já que ele falou em pizza, agora apetece-me bastante.
As pessoas de Lisboa são abertas, riam-se para nós, cumprimentavam-nos, mas devia ser pelo facto de conhecer o Samaris, visto que vai vestir o equipamento de um clube da capital.
"Samaris, podes tirar uma foto", "Samaris, podes dar-me um autógrafo?", "Samaris isto", "Samaris aquilo", isto é o que mais se ouvia em cada passo que se dava, confesso que já me estava a irritar um pouco, principalmente as raparigas, demasiado chegadas para o meu gosto.
O quê, Winter? Sim, eu tenho um nome de uma estação, Winter, não desgosto de todo. Mas não era isso que estava a falar.
Quer dizer, eu fiquei com um sentimento estranho das raparigas se aproximarem-se de Samaris! Não deve ser nada, foi coincidência um aperto no estômago ter dado naquela altura, é isso.
O Samaris é meu primo, apenas isso. Não o vejo como mais nada, apenas um primo que não suporto.