Capítulo IV - Sangue Raro

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Eu o deixei onde estava e retornei rapidamente à entrada do local, desesperadamente procurando pela garota de cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo e óculos

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Eu o deixei onde estava e retornei rapidamente à entrada do local, desesperadamente procurando pela garota de cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo e óculos. Após um tempo de observação minuciosa dos soldados, finalmente a encontrei.
Corri até ela, chamando-a com urgência.

--- É o Capitão Levi, ele não está bem. —  Falei afoita.

--- Ele se machucou? — Hange largou alguns caixotes que estava organizando e se apressou na mesma direção em que eu apontava.

--- Sim, ele levou dois tiros na noite passada e algumas facadas. — Respondi, baixinho. A culpa pesava em meus ombros.

--- Esse baixinho desgraçado, acha que só porque tem um sangue raro é imortal. —  As palavras de Hange ecoaram em minha mente, fazendo-me refletir sobre inúmeras possibilidades. Sem perceber, já estava auxiliando Levi até a sala de enfermagem improvisada no navio.

Depois de ajudá-lo a subir na maca alta, me preparei silenciosamente para sair do quarto, mas Levi interveio.

--- Você! Fique aqui. — Apontando para mim e, em seguida, para uma cadeira próxima. Compreendi o recado e obedeci, sentando-me imediatamente.

--- Vamos lá, Levizinho. Vamos precisar tirar suas roupas! — Hange sorriu de maneira tenebrosa, revelando talvez um interesse especial por ele, já que não conseguia esconder sua satisfação.

--- Me poupe, Hange. Apenas rasgue a maldita calça na altura do tiro! — Levi rosnou com impaciência, a dor nublando sua voz.

Ela assentiu tristemente enquanto pegava uma tesoura e cortava delicadamente o tecido verde, agora manchado totalmente de sangue.

--- É, a bala está alojada em sua perna. Vamos tentar tirar. Não está sentindo dor? — Perguntou Hange, surpresa com a aparente resistência de Levi.

--- Deve ter atravessado. — Ele disse com sarcasmo, uma referência ao que eu lhe dissera na noite anterior. Seus olhos queimavam de fúria, e seu olhar carregava uma raiva mortal que me fez encolher e baixar a cabeça.

--- Vou te dar anestesia e você não sentirá nada.

--- Não precisa. Apenas tire essa merda logo de dentro de mim.

--- Levi, você já está fraco, sentir essa dor só vai piorar seu estado. — Hange argumentou com preocupação.

--- Anda logo com isso Hange! — Ele gritou, fazendo a moça seguir suas ordens.

--- Sim senhor. Garota, qual é mesmo o seu nome? — Hange se virou para mim.

--- Mikasa Jeager.

--- Ótimo, Mikasa. Vou precisar de sua ajuda.

Eu me levantei prontamente, me aproximei para auxiliá-la em qualquer coisa. Hange me entregou um par de luvas de látex e colocou em si.
Vi o momento em que pegou alguns utensílios e os esterilizou com álcool, colocando-os meticulosamente sobre uma toalha completamente branca.

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