Quarenta e Um

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Diga que me odeia
Mas diga que não vive sem mim
Eu sou uma praga
Maria-sem-vergonha do seu jardim
Você tem ciúme
Mas gosta de me ver rebolar
Eu topo tudo
Sou flor que se cheire em qualquer lugar
Bem-Me-Quer - Rita Lee

Diga que me odeiaMas diga que não vive sem mimEu sou uma praga Maria-sem-vergonha do seu jardim Você tem ciúme Mas gosta de me ver rebolarEu topo tudo Sou flor que se cheire em qualquer lugar Bem-Me-Quer - Rita Lee

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O jantar se torna horrível para mim. Olhar para os sorrisos dos dois, ou ouvir sobre as conversas dele me causa náuseas fortes. A mesa inteira está engatada em uma conversa sobre as viagens do time, tai quais a Bruna estava presente.

—O treinador quase busca você pelo pescoço.-Um cara fala rindo para Jake.—Vocês estavam onde?

Jake parece ficar sem graça, e me encara antes da merda sair daa boca da mulher.

—No motel.-Bruna fala rindo. Jake aperta minha perna por debaixo da mesa e apenas ergo uma sobrancelha.

Empurro a mão dele, me levantando sem ninguém notar, já que todos os olhares estão sobre a mulher.

Passo a mão no meu cabelo, sentindo a irritação queimar dentro de mim, ando até o banheiro me esforçando para controlar os sentimentos. Sei que isso é muita imaturidade da minha parte, mas seria impossível eu não sentir raiva disso. Porra, ela falando da intimidade deles enquanto estavam juntos, mesmo eu estando na mesa é obviamente desconfortável.

Mas expulso qualquer pensamento que a culpe. Ela não tem culpa de nada. Jake quem deu liberdade suficiente para que esse assunto se iniciasse em um jantar de amigos, e justo no nosso primeiro jantar como namorados.

Argh!

Lavo minhas mãos na pia pelo menos umas dez vezes, buscando a paz de espírito dentro de mim.

—Maya.-Escuto uma voz me chamar.—Você pode me ajudar com esse macacão?

Olho pelo espelho, vendo Bruna sorrir simpática.

O grande problema é que ela é sempre simpática.

—Oh! Claro.-exclamo e me aproximo para abrir o macacão lindo dela.

—Estou tão feliz que Jake arrumou uma namorada tão linda.-Ela entra na cabine.—Sério, eu amei seu estilo, ele parece gostar tanto de você.

Dou uma risada. Não posso ficar com raiva de uma mulher tão educada.

—Obrigado! Você também é muito linda.-Falo de volta.

Ela sai da cabine e vai lavar as mãos, enquanto eu fecho sua roupa.

—Espero que não esteja com raiva de mim por conta do meu passado com ele.-Seu tom é baixo e receoso. Dou um sorriso nervoso e nego.

—Não!-Ela ergue a sobrancelha.—Não sou assim. Passado é passado.

Sorrio convincente, mas borbulhando por dentro. Bruna para se convencer, então se vira e me abraça forte.

—Que bom, então.-Se afasta para me olhar nos olhos.—Porque eu já estou em um relacionamento e nunca tive sentimentos por ele, a não ser amizade. E, além do mais, ele é apaixonado por você.

Suspiro assentindo, meio surpresa por ouvir essas palavras, mas com as bochechas queimando.

—É.-Sorrio.—Eu gosto muito dele.

Assumo.

—Nunca o vi olhar para qualquer pessoa da forma que ele te olha. Dá para ver seu rosto se iluminando cada vez que você sorri, ou fala alguma coisa. Eu espero que vocês sejam muito felizes juntos.

Meu coração dá algumas cambalhotas, e um sorriso insistente permanece em meu rosto.

—Obrigado, Bruna.-Sei que devo ter pronunciado de uma forma cheia de sotaque, mas ela volta a me abraçar carinhosamente.—Desejo muita felicidade a você também.

Saímos do banheiro juntas e conversando, mas paramos antes de sair do corredor, pois há um corpo grande e forte encostado na parede, de braços cruzados e expressão preocupada. Quando as safiras azuis se erguem e me encaram, vejo um pequeno sorriso ladino aparecer.

—Meu Deus, você não consegue desgrudar um pouco?-Bruna pergunta humorada.

—Falou a garota que saiu de NY atrás de mulher...-A garota dá um tapa no braço largo dele.—Aí, caramba. Olha o que ela tá fazendo, amor.

Ele faz um biquinho e fica atrás de mim, como se meu corpo escondesse alguma coisa. Duvido que seja capaz de tapar um braço seu.

—Ô nojo, pode ir saindo de perto. Odeio casal preguento.-Ela tapa o olho e vai saindo, nos deixando sozinhos no corredor.

Me viro para o meu namorado, que olha para baixo (para mim), analisando meu rosto atentamente, como se procurasse por algo.

Suspiro, subo nas pontas dos pés, mesmo com meus saltos, e deixo um beijo rápido em seus lábios. Afasto os fios loiros que caem em seu rosto e o analiso.

—Você quer morrer?-Pergunto baixinho. O rosto dele contrai em confusão.—Então eu espero que não fique todo soltinho com sua ex-alguma coisa, ou qualquer outra pessoa, se não vou matar você e jogar seu corpo no rio.

Ele demora alguns segundos para entender o que estou falando, então logo seu rosto vai se iluminando, e um sorriso enorme aparece em seus lábios rosados.

—Você está com ciúmes?-Cruzo os braços.—Não precisa me ameaçar assim.

—Estamos entendidos, Jacob?-Ele assente gargalhando.—Você é um cafajeste mesmo.

Os braços forte agarram minha cintura em um abraço esmagador.

—Não precisa ficar com ciúmes, por mais que eu goste do seu tom mandão e de suas ameaças perigosas.-Fala. Então aproxima os lábios do meu ouvido.—Eu sou só seu, princesa. Isso não vai mudar.

Diz em um sussurro, arrepiando cada parte de mim.

Obviamente toda a minha irritação se foi no momento em que nossas bocas se grudam em um beijo profundo e indecente, sem se importar com o resto do mundo.

Jake sobe a mão por debaixo da saia que estou vestindo, e aperta minha bunda com força.

—Alguém pode nos ver.-Sussurro entre os beijos. Jake nega e continua o beijo quente.—Jake...

—Fica quieta.-Manda, enquanto me empurra de volta para o banheiro.

-Manda, enquanto me empurra de volta para o banheiro

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