Endless Love

Seventeen

Wanda POV

Fazia tempo que eu não acordava tão bem humorada.

Hoje é domingo e eu e a Natasha acordamos mais tarde, ficamos na cama por um bom tempo apenas trocando carícias e agora decidimos nos levantar para ir à casa dos meus pais buscar o Ben.

A Natasha foi ao banheiro fazer sua higiene bucal enquanto eu estava arrumando a nossa cama, quando o celular da Natasha notificou uma mensagem.

- Tasha, chegou uma mensagem de áudio da Maria para você.

- Abre para mim, por favor, vê se ela está mandando as informações do cliente que estou que irei atender amanhã cedo.

Eu digitei a senha do celular dela e abri o áudio que dizia:

"Tasha, sua vaca sumida! Encontrei aquela deusa com quem você transou naquele dia que saímos, ela quer seu contato, devo passar para ela ou não?"

Natasha saiu do banheiro correndo na tentativa de me impedir de ouvir todo o áudio, mas era tarde demais. Ela ficou parada diante de mim com uma expressão assustada e gesticulando em pedido de calma.

Eu alternava meu olhar entre o celular e a cara da Natasha. Eu não conseguia acreditar... Aliás, estava demorando!

- O que ela está dizendo é verdade, Natasha? Você transou com uma vagabunda qualquer, saiu da cama dela e veio direto se deitar comigo?

- Não, amor, me deixe explicar.

- Explicar o que? Não vejo o que mais tem para explicar. Eu só quero que seja sincera comigo e me diga: você transou ou não com essa mulher antes de vir transar comigo aquela manhã?

- Wanda, me deixa explicar...

- Eu só quero uma simples resposta de três letras, - falei entre dentes - você transou com ela, Natasha? Sim ou não?

- Me desculpe! Sim, transei. - falou encarando o chão.

- Saia da minha casa agora. Já! - apontei em direção à porta do quarto.

- Wanda, eu estava bêb...

- SAIA!!!! - gritei e esperei que ela saísse. Assim ela fez, saiu sem dizer mais nada.

Quando ela saiu eu me entreguei aos prantos. Chorei por horas, acho até que desidratei de tanto que chorei.

Resolvi ir à casa dos meus pais, mas antes liguei avisando que estava indo e pedi ao meu pai que desse um passeio com o Ben, pois eu precisava conversar com a minha mãe antes de poder vê-lo.

Dirigi até a casa dos meus pais e, em todo o trajeto, fiquei absorta em lembranças desses últimos meses em que a Natasha esteve em minha casa. Como ela poderia me magoar desse jeito, como ela pode dizer que me ama e agir assim?

Cheguei à casa da minha mãe e, assim que ela abriu a porta, me joguei em seus braços.

Fiquei feito um bebê, apenas chorando enquanto minha mãe tentava me acalmar. Eu não conseguia falar, apenas chorava.

Depois de um bom tempo chorando no colo da minha mãe eu pude reunir forças para lhe contar o que havia acontecido. Minha mama apenas me ouviu, essa foi a primeira vez que a vi sem ter um conselho para me dar. Ela apenas dizia: "Vai passar. Vai ficar tudo bem."

Enxuguei minhas lágrimas e me recompus, pois não queria que o meu filho me visse assim.

Tempos depois ele chegou com o meu pai e veio direto me contar sobre o passeio. Meu pai abraçou a mama e ficou me olhando como se já soubesse o que havia acontecido.

Meu pai, no princípio, não era muito fã da Natasha. Ele costumava dizer que ela não saberia tratar a filha dele como ela merece, mas com o tempo ele a conheceu melhor e lhe deu um voto de confiança. Agora o meu papa tinha que assistir à sua filha sofrer por causa de uma pessoa de quem ele sempre me alertou.

Almocei com meus pais e passei a tarde com eles até que no fim do dia resolvi ir para casa levando o meu filho.

Ao chegamos em casa, o Ben logo perguntou onde estava a Natasha. Eu lhe disse que ela passaria uns dias fora, mas que ela lhe explicaria melhor.

Não quis falar nada a ele agora, acho que ela deveria explicar para o filho dela porque ela não consegue fazer parte dessa família.

Deu a hora de dormir e eu pus o Ben na cama. Depois eu fui para o meu quarto e rapidamente adormeci.