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— Alô, Yoko? — Enid fala no telefone com sua irmã, sentindo um aperto no peito, um sentimento de preocupação. — Tay está com você? Já era para ela ter chegado... — A loira fala olhando constantemente para a porta, esperando que a filha entrasse a qualquer momento por ela com aquele sorriso no rosto. — Falar para eu não me preocupar é o mesmo que pedir para que eu surte, Yoko. — Repreende a loira enquanto revirava os olhos. — Tem alguém batendo na porta, calma. — A Sinclair diz e vai até a porta atender, por uns instantes enquanto abria, rezava para que fosse sua pequena Eli dizendo que havia perdido as chaves, mas assim que abriu e viu uma morena mais alta acompanhada de uma morena menor desolada, soube logo que sua intuição estava certa. Algo havia acontecido com Taylor.

— Tia Enid... A Eli... Eles... — Nick fala chorosa e nem conseguia terminar a frase sem que um soluço aparecesse. O coração de Enid disparava no peito, mas tinha que se manter calma, por Nick.

— Calma, Nick. Respira. — A loira diz segurando nos ombros da garota e olhando para Emilly. — Olá, Emilly. — Ela fala para a Sylla mais velha, que também estava preocupada.

— Olá, Enid. Será que podemos entrar? — A morena pergunta com o tom de voz calmo, sabia que assim que Enid soubesse, desmoronaria, era o que ela faria se fosse os papéis inversos.

— Claro, entrem. — A loira pede e suspira fechando a porta. Estava apenas prolongando a notícia, seu coração sentia. — Querem uma água?

— Nã-não, tia, obrigada. — Nick agradece e respira fundo. — Desculpa entrar assim... Nesse estado. É que... Ainda não caiu a ficha. — Nick fala mexendo em seus dedos.

Se ela estava devastada, imagina Enid quando soubesse...

— Nick... Conte de uma vez. — Emilly pede segurando na mão da filha que estava tremendo no sofá.

— Eu e Tay estávamos num banco em uma das ruas que são acesso ao colégio. Coisa de dois quarteirões. Brigamos sobre uma crise de ciúmes minha e sentamos em um banco para nos acertarmos. — Respira fundo. — Estava tudo bem... Então Tay do nada, se levantou e pediu para eu correr o mais rápido que eu podia e não olhasse para trás. Eu fiz isso, mas olhei para trás... Quatro homens... Eles... — A francesa fala e então volta a chorar.

— Nick... — Enid fala tentando segurar as lágrimas. — Preciso que termine, por favor...

— Eles a sequestraram, tia! Sequestraram Tay! — Volta a se desmanchar nos braços da mãe, o sentimento de culpa martelava no peito da morena. Por que ela correu? Por que não gritou por ajuda? Por que não ficou? Ela se sentia a pior pessoa do mundo, já era a segunda vez naquele dia. — Ela mandou eu correr e disse que tava atrás de mim, eu corri, eu acreditei nela, mas quando olhei pra trás, ela estava sendo segurada por-por três homens, eles jogaram ela no porta malas e sairam. — A menina tremia dos pés a cabeça completamente devastada pela notícia que estava dando a mãe de sua melhor amiga, e quase namorada. — Eu... Eu não devia ter feito isso. — Ela fala se lamentando enquanto não deixava de chorar desesperadamente. — Eu a deixei... Eu a deixei lá!

— Você fez certo, Nick. — Enid tranquiliza a garota enquanto deixava derramar as primeiras lágrimas daquele dia.

Por que Taylor tinha que bancar a heroína?

— Taylor é que quis bancar a heroína. — A loira fala e revira os olhos com um sorriso mínimo ao lembrar da personalidade da filha. — Infelizmente querer bancar a heroína é de família. —A loira fala olhando para o recém curativo do braço. Droga! — Gente, agora eu tenho que fazer algumas ligações. — Fala séria e tira o telefone do bolso. — Podem continuar aqui se quiserem, vou apenas ligar para a minha irmã... Comunicar... — Enid fala nem conseguindo terminar suas palavras.

O Acordo - Wenclair (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora