capítulo 4

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Miguel ON

Rafael: vocês estão vendo, ela acha que é minha mãe só pode - fala fazendos todos rirem enquanto Elisa revira os olhos, já eu fico pensando que se ela fosse um pouco mais velha e não fosse filha do meu melhor amigo, poderia muito bem ser mesmo a madrasta dele

Elisa: você é muito dramático Rafael - fala olhando para ele

Otávio: ele puxou a pai dele filha, Miguel é idêntico a ele ou até mesmo pior - fala e eu olho sério para ele

Miguel: agora meu filho que é chorão e dramático e a culpa é minha? Eu não tenho nada a ver com isso não - falo sério

Rafael: PAI! - fala me olhando

Miguel: não sei quem você puxou, mais eu é que não fui - falo a verdade

Veronica: vamos comer - fala colocando a última travessa na mesa, em seguida todos os outros se sentam

Elisa: tio o senhor pode pegar um pouco de refrigerante para mim? - pergunta me olhando

Miguel: claro pequena - falo pegando a garrafa no centro da mesa em seguida encho o copo dela

Elisa: obrigado - fala dando um pequeno sorriso

Veronica: filha quer carne - pergunta e Elisa olha para ela

Elisa: sim mamãe, a senhora pode pegar um pouco de salada para mim? - fala olhando para ela

Veronica: pego sim meu amor - fala servindo o prato da filha - aqui filha

Elisa: obrigado - agradeçe com seu jeitinho meigo de ser

Miguel: seu pé está melhor? - pergunto olhando para ela enquanto o restante do pessoal conversam entre si

Elisa: está sim tio, obrigado por ter me ajudado - fala se virando para me ajudado

Miguel: que isso, era o mínimo que eu poderia ter feito depois de quase ter batido com a porta em você - falo um pouco mais baixo por conta do meu amigo não ouvir e me matar e ela cora ficando ainda mais linda

Matheus: Elisa nós vamos em uma balada hoje quer vim? - pergunta e vejo meu amigo olhar sério para ele - tio prometo que cuido dela e não deixo nenhum engraçadinho chegar perto

Gustavo: eu também vou ir pai, fica tranquilo que cuido das minhas irmãs - fala olhando para o pai

Otávio: vocês estão querendo levar minhas duas princesas para um lugar cheio de pervertido, isso já é demais não acham? - falar dramático e depois fala de mim, mais confeso que não me agrada em nada a ideia de ver Elisa indo para um lugar onde sei que vários homens vão deseja-la e sabem que eles têm mais chances do que eu me deixa ainda mais frustado

Sofia: papai não somos mais crianças e também merecemos nos divertir - fala olhando para meu amigo que faz careta não concordando

Elisa: agradeço o convite mais não irei, meu pé ainda dói um pouco e se eu ficar em cima de um salto hoje amanhã eu com certeza não ando - fala olhando para todos - mais da próxima prometo que vou

Assim que escuto ela falando isso vejo meus filhos e seis irmãos ficarem um pouco decepcionados por conta da turminha deles não estar completa, mais entendem que Elisa precisa descansar para que seu pé volte ao normal, já eu me seguro ao máximo para não demonstrar minha cara de satisfação por ela não ir para a tal boate. Eu não sei o que aconteçe comigo quando o assunto é Elisa, só de pensar em outros homens olhando para ela já sinto vontade de socar meio mundo, tenho ciúmes até mesmo dos meus filhos que podem abraca-la sempre que querem.

Eu nunca fui um homem ciumento, nunca senti ciúmes da minha ex esposa, na verdade eu até que gostava de escutar as pessoas elogiando ela, mais com Elisa é diferente, acho que é por conta dela ser bem mais nova do que eu, mais sei que meus sentimentos por ela é completamente errado. Elisa é a filha mais nova do meu melhor amigo, eu a segurei em meus braços quando ela nasceu, acompanhei seu crescimento e só posso estar ficando maluco por vê-la com outros olhos.

Sem falar que Otávio me mata se souber que estou de olho na sua garotinha e com razão pois se eu tivesse uma filha mulher não iria gostar nem sequer de ver um garoto se aproximando dela, quem dirá um homem bem mais velho que tem a mesma idade que eu. O que sinto por Elisa é uma loucura e preciso esquecer esse maldito sentimento antes que eu cometa uma loucura, pois não sei quanto mais tempo irei aguentar ficar perto dela sem agarra-la e tenho certeza que se eu fizer isso ela vai me odiar e ainda por cima perderei meu melhor amigo de infância, então preciso esquecer o que sinto de uma vez por todas.

Elisa: tio o senhor está bem? - pergunta colocando a mão no meu braço e sinto minha pele se arrepiar, então disfarço e me afasto dela

Miguel: sim pequena, só estou pensando em algumas coisas do trabalho - minto dando um pequeno sorriso para ela - aonde está seu pai e o restante do pessoal?

Elisa: meus irmãos, minha cunhada subiram para se arrumar, seus filhos e sua nora foram para casa se arrumar também, papai está no escritório e mamãe foi dar um jeito na cozinha - explica e só então percebo que viagei bonito na maionese

Miguel: ainda não está muito cedo para que eles se arrumem? - pergunto pois não são nem quatro horas da tarde

Elisa: as meninas querem ir ao shopping antes de ir a boate então não foram se arrumar para isso - explica

Miguel: entendi, mais deixa eu ir lá com seu pai, preciso conversar com ele antes de ir para casa - falo me levantando

Elisa: o senhor pode me ajudar a ir para meu quarto antes de ir até papai, meu pé ainda dói - fala envergonhada

Miguel: claro eu te ajudo - falo nervoso por tocar nela novamente

Ajudo Elisa a se levantar, então meio sem jeito passo um braço ao redor da cintura dela que estranhamente está arrepiada e presumo que está com frio por conta de ainda estar usando biquíni. Parecendo envergonhada ela também passa o braço ao redor do meu corpo em seguida começamos a caminhar lentamente para dentro da casa.

O melhor amigo do papai Onde histórias criam vida. Descubra agora