Corações em Desacordo - Tom Kaulitz

Acordes do Destino

As luzes suaves do café criavam uma atmosfera acolhedora enquanto Tom e Camille se sentavam em uma mesa afastada, olhares travessos trocados entre eles. Era como se um desafio invisível pairasse no ar, uma tensão que podia ser cortada com uma faca.

Camille deu um gole em seu café, mantendo seus olhos fixos nos de Tom. "Então, o que você sugere para o nosso duelo musical? Uma batalha de violões?"

Tom soltou uma risada curta. "Acho que isso seria um pouco desigual, considerando que sou um guitarrista de uma banda famosa."

Ela ergueu uma sobrancelha, desafiando-o com um sorriso travesso. "Com medo de perder?"

Tom inclinou a cabeça para trás, rindo abertamente desta vez. "Definitivamente não. Só acho que seria uma competição injusta."

"Ah, claro", ela disse, revirando os olhos em um gesto teatral. "Sempre bom ter uma desculpa à mão."

Ele soltou um suspiro teatral. "Bem, se você está tão confiante, talvez possamos torná-lo interessante. Se eu ganhar, você tem que me acompanhar em um passeio pela cidade. Se você ganhar, eu faço o mesmo."

Camille sorriu, aceitando o desafio. "Trato feito. Prepare-se para conhecer Los Angeles do meu jeito."

O garçom se aproximou, interrompendo a conversa. "O que vão querer?"

"Um duelo de acordes, por favor", Tom respondeu com um sorriso, fazendo Camille rir.

Depois de fazerem seus pedidos, os olhares desafiantes cederam espaço a uma curiosidade genuína. "Então, como você veio parar em Los Angeles?" Tom perguntou, jogando casualmente uma pergunta que escondia uma curiosidade real.

Camille suspirou, olhando para fora da janela. "Foi uma decisão impulsiva, eu acho. Eu tinha um sonho, e Paris não estava me dando o que eu precisava. Então, aqui estou eu, tentando fazer meu nome na música."

"Corajoso", Tom comentou, sua voz carregada de admiração genuína.

"Ou insano", ela brincou, um sorriso triste tocando seus lábios. "Às vezes, não sei qual é a diferença."

O garçom trouxe seus pedidos, e eles começaram a comer, desfrutando do momento de tranquilidade. Por um instante, as paredes de desafio que construíram em torno de si começaram a rachar, permitindo que vissem um vislumbre da pessoa por trás das fachadas.

"Então, você tem irmãos?" Camille perguntou, dando início a uma conversa casual.

"Um irmão gêmeo, na verdade", Tom respondeu, um sorriso nostálgico brincando em seus lábios. "Nós tocamos juntos na banda. Éramos inseparáveis quando éramos mais novos."

Camille ergueu uma sobrancelha. "E agora?"

A expressão de Tom se tornou um pouco mais séria. "A vida na estrada e a fama mudam as coisas. Ainda somos próximos, mas... as coisas são diferentes agora."

Camille assentiu, compreensão em seus olhos. "A fama pode ser uma faca de dois gumes, não é?"

"Definitivamente", ele concordou. "Às vezes, parece que a música que amamos também nos afasta daqueles que amamos."

O silêncio caiu sobre eles, carregado de significado. Era como se, por um breve momento, eles estivessem compartilhando uma conexão genuína, uma compreensão mútua das lutas que a busca pela paixão poderia trazer.

"Mas vamos voltar ao duelo", Camille disse, quebrando o silêncio. "Você está pronto para perder?"

Tom sorriu, uma centelha travessa em seus olhos. "Não subestime um guitarrista. Você pode se surpreender."

E assim, com risos e histórias compartilhadas, o encontro que começou com um desafio silencioso começou a se transformar em algo mais. Eles ainda eram artistas teimosos, mas talvez houvesse mais semelhanças entre eles do que inicialmente admitiam.

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*À medida que as notas musicais se alinhavam, uma nova melodia estava prestes a começar, levando-os a um destino que eles jamais poderiam ter previsto.*