Aceitei os termos de uso sem ler

30 5 82
                                    

Olá borboletas, tudo bem?

Voltei com mais um capítulo e esse é um pouco tenso, espero que gostem 💋

Capítulo revisado por httpvantae

🏕️

PARA: JK

DE: UMA GRANDE BAGUNÇA

Borboleta na barriga é uma mentira.

Não senti nada disso ao ficar perto de você, pelo contrário, eu senti um terremoto inteiro. Sério, isso me assustou pra caralho. Desculpa o palavreado, mas nenhuma palavra descreve melhor o que senti naquele dia. Eu não sei quando isso começou, mas quero que acabe. Mentira, acho que vou me tornar especialista em tornados. Será que todos eles se parecem com o seu sorriso?

💌

Começar o dia limpando estantes empoeiradas não estava nos meus planos, mas se levar em conta que nada disso estava, até que é bem previsível.

Continuo tirando teias de aranha de alguns livros e acabo removendo um no mesmo instante que o coelho brigão. Pelo vão entre eles, consigo ver sua cara irritada e não tenho tempo de falar alguma coisa, pois ele devolve o livro encerrando nosso contato visual.

Tentar explicar que eu realmente estava querendo ajudar não vai adiantar nada mesmo. Depois que termino de tirar o pó do primeiro corredor, decido varrer para adiantar o meu trabalho. Sinto algo em meus pés e, quando percebo, já estou no chão.

De novo.

— Olha, garoto, acho que até o fim do acampamento você vai estar na UTI, sendo desastrado desse jeito — diz enquanto lê um livro, sentado no meio do corredor.

Olho em sua direção e ele já voltou para sua leitura. Isso não é algo que me surpreende, já que passa metade do dia me irritando e a outra metade está lendo. O que me espanta é o fato de ele não ter brigado comigo.

Esse livro deve ser bom mesmo.

— Bom, pelo menos eu caí sozinho hoje. — Ele levanta o olhar e me encara por um tempo significativo.

— Pelo menos eu não fui seu alvo hoje, toda vez é comigo que acontece.

— Na verdade, eu já caí com o Jimin também. — A menção desse nome deixa seu olhar opaco. A situação entre os dois deve ter sido bem tensa.

— Caiu com ele? — Acho que estou começando a me arrepender de tentar conversar com esse menino.

— É, achou que era especial?

Não foi uma boa escolha de palavras, ele revira o olho. Quando ele ameaça se levantar, seguro sua mão, mas ele solta em questão de segundos.

— Tá, começamos com o pé esquerdo e eu não quero continuar dessa forma.

Estou cansado dessa situação e não preciso encará-lo como meu inimigo, quero levantar a bandeira branca.

Jungkook me fita atentamente e acho que ele vai me ignorar, de novo.

— Beleza — diz já se enfiando na leitura.

Só isso? Esse livro deve ser a décima maravilha do mundo.

— Está lendo o quê?

— "Quem é você Alaska? " — E pronto, silêncio.

— E sobre o que fala? — Sim, eu vou atrapalhar ele até ter uma conversa decente.

— Você quer mesmo saber?

— Se eu não quisesse eu não estaria perguntando.

Ser decente não é mesmo a minha praia.

Cartas de amor sempre retornamOnde histórias criam vida. Descubra agora