Capítulo 5: À Sombra da Influência

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A noite caía sobre a cidade, lançando sombras profundas e misteriosas. Em um local afastado da vista pública, um antigo armazém abandonado se erguia, suas paredes escuras e desgastadas pelo tempo. As janelas quebradas permitiam que a fraca luz da lua penetrasse, criando padrões de luz e sombra dançantes nas paredes desbotadas.

O cheiro de decadência e segredos pairava no ar, um misto de mofo e pó acumulados ao longo dos anos. A atmosfera era pesada, como se as paredes tivessem absorvido os segredos e conspirações que haviam ocorrido ali.

No centro do armazém, um homem estava preso a uma cadeira velha e enferrujada. Seu rosto estava pálido e marcado por cortes e contusões, uma visão que refletia o medo que o consumia. Seus olhos estavam arregalados de terror, as pupilas dilatadas enquanto ele observava o homem influente e sua filha se aproximarem.

O prisioneiro tremia violentamente, suas mãos amarradas às costas da cadeira com cordas ásperas. Ele usava roupas desgastadas, manchadas de sangue e sujeira, um testemunho das dificuldades que ele havia enfrentado.

O homem influente se aproximou do prisioneiro, suas botas ecoando no chão de concreto. Ele era uma figura imponente, vestido com um terno escuro e sobretudo, seu rosto marcado por rugas de experiência e crueldade. Seus olhos penetrantes examinavam o prisioneiro com um misto de desdém e interesse.

A filha do homem influente permanecia ao seu lado, sua presença tão imponente quanto a do pai. Seu olhar era impassível, mas seus olhos revelavam uma chama interior, uma determinação inabalável.

"Você sabe por que está aqui", disse o homem influente com uma voz que parecia cortar o ar gelado.

O prisioneiro gaguejou algumas palavras em resposta, suas palavras tropeçando em sua ansiedade. Ele estava claramente aterrorizado, consciente de que estava nas mãos de pessoas poderosas e perigosas.

O homem influente acenou para um dos homens ao lado, que se aproximou do prisioneiro segurando uma pistola. A arma brilhava à luz fraca do armazém, sua presença ameaçadora.

"Você conhece nossos rivais", continuou o homem influente, sua voz gélida como o inverno. "Quero informações sobre eles. Tudo o que você sabe."

O prisioneiro engoliu em seco, seus olhos fixos na pistola que o ameaçava. Ele começou a falar, sua voz trêmula e entrecortada, revelando pedaços de informações que o homem influente buscava. Ele falou sobre os esquemas, os negócios ilícitos e as operações clandestinas da organização rival.

Enquanto o homem falava, a filha do homem influente mantinha seu olhar fixo nele, seu rosto impenetrável. Ela parecia capaz de ler nas entrelinhas das palavras do prisioneiro, entendendo a verdade por trás das meias-verdades.

O homem influente fitou o prisioneiro com um olhar penetrante, seus olhos escuros como poços de sombra. "E quanto a James?" perguntou ele, sua voz um sussurro ameaçador que cortava o silêncio opressivo do armazém.

O prisioneiro engoliu em seco, seu rosto se contorcendo em agonia. "Eu não sei, senhor", gaguejou ele com pressa, sua voz trêmula. "Eu não tenho informações sobre ele, nem sobre sua família."

O homem influente manteve seu olhar fixo no prisioneiro por mais um momento, como se buscasse nos olhos dele qualquer sinal de mentira.

Quando o prisioneiro terminou de falar, o homem influente acenou novamente para o homem com a pistola. Um único disparo ecoou pelo armazém, a resposta final para as informações obtidas. O prisioneiro caiu para a frente, a vida saindo dele.

O homem influente e sua filha se afastaram do corpo, a atmosfera ao redor deles carregada com a gravidade do que haviam feito. Eles sabiam que estavam mergulhando nas profundezas obscuras do seu mundo, onde o poder e a influência eram conquistados a um alto preço.

Enquanto eles saíam do armazém e a escuridão da noite os envolvia, a filha do homem influente olhou para o horizonte distante. Ela entendia o peso da herança que carregava, as escolhas difíceis que precisava fazer. E embora ela mantivesse sua máscara impenetrável, havia uma chama dentro dela, uma chama que queimava com a determinação de proteger a família e os interesses que lhe eram confiados, não importando o custo.

Entre Sombras e Alianças (Fanfic Marina)Onde histórias criam vida. Descubra agora