"Os meu sentidos pareciam ter fugido, começava a achar aquilo tudo muito real para ser um sonho. Era quase impossível permanecer dormindo quando sentia aquela doce agonia reverberar em todo o meu corpo.
Um suspiro escapa dos meus lábios e finalment...
"Seja meu livro então minha eloquência, Arauto mudo do que diz meu peito, Que implora amor e busca recompensa Mais que a língua que mais o tenha feito. Saiba ler o que escreve o amor calado: Ouvir com os olhos é do amor o fado."
Capítulo não revisado.
Fodshan, (Cheshire) Novembro 1983
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Havíamos encontrado o último ingrediente para a o chá (poção) que faria o parasita que tinha se instalado no corpo de Nia adormecer. Não via a hora de voltar para Northumberland, sentia falta de ter Nia por perto. Das nossas conversas de fim de tarde, Nia tem segurança nas palavras, é integra e coerente, tão inteligente que as vezes eu perco meu índice de inteligência ouvindo suas palavras.
Até descobrir que havia um parasita em seu corpo, não havia nada de tedioso em nossa relação, ela é extraordinária e o meu acontecimento especial. Estar a uma distância tão grande com ela nesse estado me faz sentir impotente e inquieto. Apesar de ter deixado Catherinne a par de tudo, minha preocupação era extensiva para as crianças. Por mais pequeno que seja, Liam é o mais forte de nós todos. Espero que de alguma forma, como ele sempre faz, esteja a cuidar de sua mãe. — Respiro fundo controlando o meu nervosismo.
— Era a última coisa que faltava. Já podes ir descansar. — Isaac diz com o semblante exausto. Todos estávamos exaustos, foi um dia cansativo.
— Vocês podem descansar. Estamos correndo contra o tempo, se ficar dormindo irei perder quase meio dia. A Nia não tem esse tempo todo. Vou levar o carro, vocês podem ir amanhã para Northumberland. — falo juntando todos os livros que iríamos precisar.
— Tenha calma filho. Não dormes há quarenta e oito horas. Deite-se, duas horas apenas. Prometo que irei lhe acordar. — Anthony intervém. Passei a mão pelo cabelo, sentindo o meu corpo ceder ao sono.
— Está certo pai. Duas horas. — murmuro subindo para o meu quarto.
Deitei-me na cama vestido, em menos de dois minutos estava a dormir. Primeiro sonhei com os meus pais brigando, a minha mãe gritava e o meu pai chorava dizendo a ela "ele deve permanecer com a família, ao nosso lado". Sabia que estava sonhando e eu não costumava a sonhar com eles, as lembranças que prevaleciam em minha memória eram do quanto o meu pai foi fraco, a minha mãe fria e de todas as vezes que eles ignoravam os hematomas que eu ganhava no hospital psiquiátrico quando iam me visitar. Após aquela lembrança fiz os possíveis de acordar, olhei para o relógio, tinham passado trinta minutos. Ignorei o sonho, não sentia nada por eles. Voltei a dormir.
Estava de volta a Northumberland, tudo parecia estar normal. As crianças brincavam no pátio, Nia estava com Alice e Catherine na cozinha preparando o almoço. Na sala estávamos eu, meu pai, Isaac e Simon, riamos de uma piada que Simon tinha acabado de contar quando ouvimos barulho de alguém descendo as escadas, pelo som emitido definitivamente era uma mulher. Do primeiro andar, descia uma mulher devia ter quarenta anos, bonita, alta, cabelos negros que chegavam a bater na cintura, corpo curvilíneo em um vestido de folhos colorido. Seus olhos negros brilharam quando nossos olhares se encontraram.