"Os meu sentidos pareciam ter fugido, começava a achar aquilo tudo muito real para ser um sonho. Era quase impossível permanecer dormindo quando sentia aquela doce agonia reverberar em todo o meu corpo.
Um suspiro escapa dos meus lábios e finalment...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Todos os meus ossos doíam de forma inexplicável, tentei me levantar... a única coisa que consegui foi piorar na dor que sentia, reclamei internamente — Dessa vez eles se superaram! — reconhecia que agora, talvez devesse dar uma moderada na forma como os vinha afrontando, de nada me serviu ao longo desses anos. Apertei os olhos sorrindo — Ainda valia a pena os ver transtornados. — Alguns ossos partidos, percas de memórias e o corpo coberto por cicatrizes... era quase nada, certo? Tossi, sentindo o gosto metálico do sangue que saía dos meus pulmões. Agora é que eles começavam realmente a dar cabo de mim, não podia morrer... não agora.
Espalmei as mãos no chão úmido, tinha o cheiro forte a urina. Não conseguia ver um palmo na minha frente, não que isso me deixasse aflito, não. A escuridão era algo que eu não temia. Ter sido submetido a várias sessões de tortura e logo a seguir abandonado no escuro tornou-me quase imune ao que quer que ela acarretava consigo, havia me tornado seu amigo, um conforto ao longo de tantos anos. Sem esquecer do facto de que nunca estava realmente só.
Mas ela não me parecia nada confortável nesse exato momento. Quando despertei, poderia afirmar com certeza de que talvez desta vez, apenas desta vez, a escuridão havia se tornado também em minha inimiga.
Cenas do meu passado invadiram a minha mente a cada impulso que dava ao tentar me erguer, a dor que sinto é tanta, ainda que não se compare com a dor que senti ao descobrir a traição daqueles que me eram próximos. Era nisso que eu queria me agarrar, não haverá dor no mundo capaz de fazer-me esquecer o quanto Amanda me quebrou por inteiro. Amanda...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Nos conhecemos numa sexta feira à noite, em Carnaby Street em 1966. Ela era daquelas mulheres lindíssimas, estatura média, a pele alva, tão branquinha, cabelos negros ondulados, olhos pretos, a boca rosada pequena com o rosto assimétrico sempre alegre... de início, parecia uma menina inocente, tinha uma conversa boa, era inteligente e parecia estar a par de tudo o que acontecia em Londres.