Eu não me reconheço mais, é como se algo tivesse mudado dentro de mim.
Eu já não tenho mais aquela alegria, a vontade de acordar toda manhã e sorrir...Uma voz do passado atormenta meu sonhos a noite...
Eu o escuto, é como se falasse comigo...
É como se me perseguisse...
Está frio...
Já é inverno?
☀️
- O dia tá realmente lindo hoje. - Hoseok diz com um sorriso no rosto. - está frio, mas está deslumbrante.
Era estranho, mas eu tinha perdoado ele. Depois de meses, colocamos as cartas na mesa e falamos de modo transparente sobre tudo.
- com certeza. - falo
Sinto seu olhar curioso, seus lábios abrem sugando um pouco de ar. Sua voz, um pouco mais grossa, pronuncia palavras com uma entonação preocupadíssima, mas estou viajando em pensamentos muito profundos para, se quer, prestar a devida atenção.
"Eu deveria tentar encontra-lo. Em algum lugar. Talvez em Tokyo? O que a Coreia tem haver com Japão? Além de todos serem asiáticos...
- Você claramente não está prestando atenção. - despertei com a voz de Hoseok. Ele estava impaciente.
- o que houve? - pergunto.
- isso é loucura! Você realmente não escutou? - seu olhar se dirigiu ao telefone. - Kim Namjoom, ele simplesmente restringiu a Coreia a um regime fechado. Estamos fodidos.
Isso é ruim..
- desde a vinda de Seokjin, o presidente anda agitado e fazendo merdas como essas. - o moreno suspirou e vi uma leve fumaça branca sair de sua boca. Hoseok reclama demais.
O moreno olhou pra mim como se precisasse de uma confirmação, algum aliado para reclamações.
- isso é loucura. - levanto. - passamos por putas coisas para no final dar tudo errado. Se eu soubesse que o governo estaria envolvido, eu nunca sequer teria conversado com Taehyung. - abaixo a cabeça, encolhendo meu rosto gelado no cachecol.
Coreia do Sul/palácio presidencial
- que merda.
Não era um cativeiro, nem uma prisão, mas era desconfortável, como tais lugares.
- eu não acredito. - meus passos ecoavam pela sala rústica. Era bonita, porém trancada.
Ouço a fechadura abrindo e logo em seguida Kim Namjoom aparece, levanto os olhos e o vejo olhando diretamente para mim. Estava me julgando? Não, definitivamente não. Eu era seu filho favorito no momento.
- Taehyung, pode me fazer um favor? - aqueles malditos olhos...
Eu já não estava com roupas de hospital, não tomava remédio faz 3 anos e estava consideravelmente mais forte.
- sim, senhor? - o olhei com preguiça.
- o quanto de memória já recuperou?
- 20% de infância e 40% da vida antes da internação.
- 60%.... Ainda é pouco. - caminhou até uma estante de livros. Os olhou, parecia procurar algo. Eu o acompanhei com os olhos. - mas já é mais da metade.
Vamos dar uma pausa e te contar o que aconteceu comigo naquele dia...
Fui baleado...
Lembro de Jimin gritando e a risada do atirador.
Fui levado as pressas ao hospital.
Paparazzis, claro, eles estavam tirando fotos de Seokjin enquanto chorava pela minha pessoa...
Eu? Não era notícia, ninguém me conhecia como ELE me conhecia.
Ele estava me olhando enquanto eu estava sendo carregado na maca rodeado de paparazzi e repórteres...
Maldito...
Atirou em mim e tem a ousadia de vir me ver morrer.
Quando acordei, tentei ir atrás dele..De jimin
Mas Namjoom expulsou Seokjin do país e me manteu em cárcere no hospital por um tempo até que me recuperasse...
Agora? Estou preso, no palácio da presidência, numa sala chique que virou meu novo cativeiro
"Jimin ou você"
- achei! - disse o presidente animado. - eu tinha certeza que estavam por aqui.
Livros de armas de fogo...
- Taehyung-a, ainda tem--
- não. - interrompi. - eu não tenho medo.
Namjoom levantou o olhar e eu senti o calor da soberania surgir entre nós.
- Eu quero Jimin
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o louco que acabei por amar (pjm and kth)
Fanfiction⚠️ alerta: está história contém assuntos sensíveis como mutilação, ataques de pânico, convulsões, entre outros. Por favor, não a leia caso tenha gatilhos.⚠️ Jimin é um residente em um manicômio, seu chefe é Jeon Jungkook, um doutor super inteligente...