A Hora do Lobo (Sterek)

Deixe todo seu amor e saudade pra trás

Acordar foi como romper a superfície de uma fonte termal no inverno, a pressão trocada por névoa branca e nada era mais claro. Stiles gemeu e se enterrou mais fundo em seu cobertor, esperando, sem esperança, que pudesse de alguma forma voltar ao sonho. As imagens estavam fora de alcance e as emoções já haviam desaparecido. Os sons e cheiros do mundo real invadiram impiedosamente.

Stiles saiu da cama. Foi uma conquista, e se ele ainda não se sentisse machucado e torcido, daria tapinhas nas costas. “É um novo dia, amigo. E, ah, ei! Você é um lobisomem!" A sala permaneceu em um silêncio inútil. Por alguma razão, seus móveis não apreciavam a enorme confusão em que sua vida se tornara, mas seus móveis eram uma merda.

Ele riu sozinho e revirou os olhos ao mesmo tempo, pegando algumas calças de uma pilha de roupas não muito sujas. Havia um sistema para a loucura muito mais complexo do que apenas “limpo = gavetas, sujo = chão” e Stiles governou o sistema sem

Ugh, o cheiro de suas próprias roupas o estava deixando enjoado. Incrível. Camisa nova, camisa nova, caramba, tudo o que ele tinha era a monstruosidade amarela brilhante que ele ganhou em um golpe na época em que lançaram a série original de Star Trek em DVD. Era menor do que ele lembrava. Huh. Ele fez uma anotação mental para lavar a roupa, olhou para seu peito coberto de amarelo e anotou onde tinha certeza de encontrá-la. Talvez.

Ao sair pela porta, ele ouviu o telefone apitar com uma mensagem de texto recebida e quase caiu ao voltar para a cama. O telefone estava de alguma forma preso entre os lençóis amarrotados e o colchão, que, ei, isso era novo.

Bom Dia, raio de Sol. Foi por Scott e Stiles que ele estava preocupado. Ele sempre capitalizava corretamente quando estava preocupado.

Ele digitou uma resposta rápida – senti sua falta ontem à noite, seu idiota – e sorriu com a implicação. Se alguém roubasse o telefone de Scott, provavelmente chegaria a algumas conclusões bastante interessantes sobre os dois. Isso também irritou Scott, o que foi um ótimo bônus.

Seus pensamentos voltaram para a longa noite e ele se deu conta novamente de que as coisas estavam decididamente em forma de pêra. Ou talvez em formato de maçã. Laranja? Café da manhã! Certo, ele estava tomando café da manhã, como uma pessoa normal que não era um lobisomem. Enquanto ele descia as escadas aos tropeções, o cheiro de panquecas lhe deu água na boca e também, o quê?

“Pai?” Não havia como seu pai preparar o café da manhã, nem em um milhão de anos. Ele estaria no trabalho, na delegacia ou patrulhando as ruas. Isso era possivelmente mais estranho do que acordar um lobisomem. "Pai, é você?"

Seu pai estava usando um avental. Isso iria mexer com sua cabeça mais tarde, ele tinha certeza disso. Seu pai se virou, olhou para a mesa e depois para Stiles com um sorriso ligeiramente torto. Ele parecia abalado da forma como apenas os piores casos já aconteceram. Aqueles que tiveram filhos mortos ou mulheres mutiladas e ninguém para culpar.

Havia uma arma tranquilizante sobre a mesa.

"Realmente?" Fazia sentido, realmente fazia. Stiles era destreinado, descontrolado e propenso a explosões emocionais, tinha um histórico de ataques de pânico e dificuldade de concentração mesmo sob a influência de seus remédios. Fazia sentido tomar precauções, mas ainda assim. “É melhor prevenir do que remediar, hein?” Ele parecia meio chorão aos seus próprios ouvidos, o que provavelmente era bom porque ele se sentia chorão.