Luta direta

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Sicília, Itália

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Jeon Jungkook estava com dificuldade para se concentrar desde que recebeu a notificação para uma luta direta com Lorenzzo, em uma parte inóspita da cidade. O pior não foi receber o convite para um confronto direto, o pior foi descobrir que seu primo estava com Jimin e Don já não tinha dúvidas que Lorenzzo seria capaz de usar o homem que ele amava para algum propósito sujo, mas receber uma chamada de Giuseppe, onde ele ouviu do gêmeo de Jimin que Lorenzzo estava interessado romanticamente em seu namorado o deixou cego de raiva.

Ele teria feito algo estúpido se Nicolo e Pollo não estivessem ao seu lado para orientá-lo. Levou alguns minutos para Don parar de gritar que mataria Lorenzzo. Ele estava tão imerso em sua dor pela traição do primo que não viu em qual momento Pollo saiu para falar com MammaSantissima, tampouco ouviu quando seu Consigliere orientou-lhe a como lidar com Lorenzzo, no galpão. Ele não queria pensar em ser diplomático com alguém como seu primo. Tudo que Lorenzzo merecia era uma boa surra por ameaçar Jimin, por ousar a pensar que tinha chances de conquistar seu homem.

Ao descer do SUV, acompanhado por Nicolo e alguns Soldados, Jungkook viu Lorenzzo sentado em uma cadeira de balanço; tranquilo e sereno. Ele precisou se controlar para não correr até Jimin, que estava em pé, ao lado de seu primo, com os pulsos algemados. Aliviando sua tensão, Jimin sorriu ao vê-lo e algumas palavras, disse: "fique calmo, estou bem." Ele sabia que Pollo estava a caminho com MammaSantissima, Don só precisava de algum tempo para distrair seu primo, que se mostrará o maior traidor de todos.

— Você veio, como eu sabia que viria. — Lorenzzo se levantou da cadeira e se aproximou de Don.

— Ele fez alguma coisa com você? — Jungkook perguntou diretamente ao namorado.

— Não, nada. — Respondeu com pressa, se impedido de correr em sua direção.

— Eu nunca machucaria o Jimin, ele vai ser meu quando eu te matar. — Afirmou, com uma certeza estúpida. — Eu desejei o Jimin desde no primeiro momento que o vi, dei a ideia dele permanecer na família por causa da Daya, mas também estava pensando em mantê-lo por perto, para conquistá-lo, mas você tinha que atravessar no meu caminho e tirá-lo de mim. — O tom amistoso já tinha ido embora.

— Se antes eu tinha dúvidas, agora eu tenho certeza que vou te matar. — Don foi contido pelo aperto em seu ombro. Ao olhar para trás, ele encontrou os olhos azuis gelados de MammaSantissima, que estava acompanhado por Pollo e muitos Soldados.

— Sem mortes. — A loira sentenciou.

— Achei que estivesse de acordo com o que eu propus, MammaSantissima. — O desapontamento no semblante de Lorenzzo fez Jimin sorrir discretamente.

— Não quero abrir um precedente na Camorra. — A mulher bradou, subindo um degrau da escada de madeira para o galpão. — Você não vai matar um Don sob os olhos da Camorra, sem que eu aja sobre isso, está me ouvindo, rapaz?

— Você trapaceou. — Ele a acusou.

— Vou ser justa com Don Russo, vamos abrir uma votação e todos os membros da Camorra irão votar e decidir pelo comando da Borgata Russo. — A loira explicou, em uma troca de olhares rápida com Pollo. — Quem não for escolhido, será exilado da Camorra e terá que viver por conta própria, sem qualquer ajuda e enfrentando todos os riscos, incluindo a polícia e todos que foram prejudicados por nosso negócio no passado.

— Isso não é justo, MammaSantissima, você prometeu-

— Não prometi nada, você que foi soberbo ao ponto de acreditar que poderia negociar comigo e me dar ordens. — MammaSantissima tinha um olhar gelado e desapontado pairando sobre Lorenzzo. — Eu não gostei nem um pouco de seu tom comigo mais cedo, Lorenzzo e a menos que deseje sua expulsão da Borgata, vai ter que agir de acordo com as minhas ordens. — Dito isso, ela se virou e encarou o Consigliere de Don por um instante, antes de se afastar.

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