1. 𝐇ᴏʀᴀ ᴅᴏ Cʜá

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Para OnyAlice

Para Alice, toda hora e qualquer hora, era a hora do chá.  Para ela não tinha hora para se tomar chá, acordava e a primeira coisa a se pedir, era seu chá.

Se morava em Londres? Com toda certeza não, mas amava tomar seu chá, fosse gelado, quente ou com leite, era uma de suas bebidas favoritas.

— Mamãe, o chá está pronto? Estamos todos esperando, o Sr. Coelho tem que ir logo.

A pequena garota apressava sua mãe para aprontar logo o chá, tinha que levar as cenouras para que o coelho comesse.

Não sabia ao certo de quem era, mas era um coelho dócil, o qual ela sempre vestia com ternos e relógio de bolso, claro, e com uma pequena cartola.

— Está pronto, pegue as cenouras e leve-as para fora, não quero que se queime a água quente, ande logo mocinha — Pegando a pequena cesta que continha as pequenas cenouras e scones para o chá, saiu apressada para fora.

Scones era um pequeno doce recheado com geleia de morango, sua favorita, era um acompanhamento do horário do chá das cinco.

Aprendeu com sua avó que é britânica, as poucas vezes que foi para Londres, ela se sentava com sua avó para tomar chá juntas, gosta do lugar aonde sua avó mora.

— Voltei Sr. Coelho, Sr. Lebre e Verusca — Diz animada, dois eram ursinhos e apenas o Sr. Coelho que havia feito cocô pelo pano de piquenique, que era real.

— Suas cenouras Sr. Coelho, estão fresquinhas, espero que goste — Alice entregou para o Coelho, que prontamente começou cheirar para só então começar comer sua deliciosa cenoura.

Se você já viu um Coelho de terno e relógio de bolso?

Sim, Alice amava o tão e agradável desenho clássico de Alice no País das Maravilhas, amava ainda mais a Live action e amava ler sempre que podia os livros que ganhou de aniversário.

— Espero que goste do chá, fiz com muito amor e carinho, e com uma pitada de pressa — Rindo do comentário de sua mãe, a mulher começou servir chá para Alice e seus dois ursinhos.

Não gostava de servir eles, pois sentia que apenas estava desperdiçando a bebida, mas por outro lado, amava ver o sorriso lindo e radiante que sua filha lhe oferecia.

— Obrigada Senhora Campbell — Agradeceu para sua mãe, a qual não deixou de sorrir.

— Não se esqueça que tem aula de balé daqui meia hora, entendeu? — Balançando sua cabeça em concordância, sua mãe logo saiu após deixar o chá em cima da mesa.

Alice não demorou para tomar um gole de seu chá, o qual ela prontamente fechou seus olhos para apreciar o sabor adocicado e que lhe acalmava.

Pegando um scones para comer, ofereceu uma outra cenoura para o Coelho que havia terminado sua primeira, comendo seu scones, observou uma mulher adentrar o jardim de sua casa.

— Posso lhe ajudar? — Questionando a mulher, colocou o doce no pratinho e esperou educadamente por uma resposta.

— Estou procurando por meu Coelho, ele se chama Bartolomeu, viu ele por aí? — Perguntou sem notar o Coelho em cima do pano.

Afinal, ele estava todo produzido com aquelas roupas, que se quer notou ele.

— Não conheço nenhum Bartolomeu, mas conheço o Sr. Coelho, ele sempre vem aqui na hora do chá — Comentou a jovem dando outra cenoura, era tão pequenas, que ele comia tudo em cinco mordidas.

— Ele não se chama Sr. Coelho e sim Bartolomeu, você que colocou essas roupas ridículas nele? — Revirando seus olhos, Alice tomou um gole de seu chá.

— Não me importa o nome dele, o que importa é que aqui ele se chama Sr. Coelho e ele está gracioso com essas vestes — Diz um tanto quanto irritada, mas tentou não demonstrar muito.

— Tanto faz, irei pegar meu Coelho, se me dá licença — Dando de ombros, esperou a mulher tirar as roupinhas do Coelho e suspirou pesadamente.

— O que acham do chá? Está delicioso, bebam mais, e espero que gostem dos scones, aprendi fazer com vovó — Alice diz voltando sua atenção para seus ursinhos.

— Está delicioso querida Alice! — Disse Sr. Lebre.

— Sim, e os scones estão perfeitos Alice, sempre acerta o ponto — Sorrindo para Verusca, quem visse diria que ela é maluca.

Mas é fato que a pequena garota tinha a mente um tanto quanto mais pra lá do que pra cá, pois para ela, seus ursinhos respondiam.

— Garota maluca, eu em! — Olhando na direção da mulher que ainda estava parada apenas lhe observando, Alice continuava sorrindo.

— Eu te chamaria para tomar chá conosco, mas você não é bem-vinda, então se retire, por favor — Revirando os olhos, a mulher logo saiu do jardim.

Se sentiu no próprio filme de Alice, ficou até com medo da Rainha aparecer e mandar cortar sua cabeça, inclusive o jardim estava repleto de rosas vermelhas e algumas brancas manchadas de vermelhos.

Se ficasse mais um minuto naquele lugar, acreditaria que aquela é a verdadeira Alice de nos País das Maravilhas.

Cabelos longos e dourados, com cachos bem abertos, olhos azuis e uma pele tão branca quanto da própria Alice.

Um lindo vestido azul com trançados e babados, vestia seu corpo, e em seus pés uma linda sandália azul.

Chegava ser assustador, mas tinha que confessar, era um assustador bonito.

— Você está proibido de voltar naquele lugar, entendeu mocinho?

Percebendo que estava falando com seu Coelho, não deixou de bufar e entrar em sua casa.

— Pronto, alguns segundos naquele lugar e fiquei maluca!

𝐌𝐲 𝐌𝐨𝐦𝐦𝐲 | {MOMMY X BABYGIRL}Onde histórias criam vida. Descubra agora