𝐌𝐲 𝐌𝐨𝐦𝐦𝐲 | {MOMMY X BABYGIRL}

4. 𝐉𝐚𝐫𝐝𝐢𝐦 𝐝𝐞 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬

Miranda:

— Vamos sair para beber? Faz tanto tempo que não fazemos nada juntas — Júlia dizia colocando sua mão sobre meu ombro.

Me afastando dela, sorri ladino.

— Desculpa, mas não estou muito afim, acabamos um turno de 48 horas, no momento quero apenas minha cama — Digo. A verdade é que não queria nada com ela, desde que enchemos a cara e acabamos tendo um caso de uma noite, ela não larga do meu pé.

Eu nunca fui de fazer isso, e desde que cometi esse erro, tento não cometer mais.

Não ligo se ela é mais nova que eu, ou algo assim relacionado, ela tem 28 anos e eu estou no auge dos meus recém completos 40 anos de idade.

— Entendo! Bom, então fica para próxima — Concordando com ela, apenas peguei minhas coisas e sai.

Eu estava suja, suada, queria apenas um banho, e faria isso em casa.

Mesmo querendo loucamente tomar um banho por aqui, não gosto de sair assim.

Me chamo Miranda, Bombeira há 21 anos, sou apaixonada por minha profissão e nada em minha vida me faria largar.

Nem mesmo meu amigo Jefferson que me atormentar dizendo que é arriscado, mas o que mais eu poderia fazer além de ser Bombeira? Eu tenho 40 anos, estou muito bem seguindo essa vida.

Jefferson é meu amigo desde que eramos jovens, somos inseparáveis, inclusive chegamos morar por seis anos juntos, uma época boa assim podendo dizer.

Época essa que me conheci sendo Lésbica e ele Gay, já chegamos pensar que eramos apaixonados um pelo outro, tentamos algo, porém foi um completo desastre.

Até ele se descobrir Daddy e eu Mommy, sim, exatamente isso, não sei ao certo quando isso começou, só que vê-lo tendo essa relação de Daddy e baby, me fez ter curiosidade e descobri que sou ótima.

Confesso que não encontrei uma baby que me agradasse, todas eram do mundo do bdsm, e eu sou muito ciumenta, inclusive as que conheci sempre tinha um Daddy ou uma outra Mommy.

Cheguei namorar uma que dizia ter infantilismo como Jack, confesso que me decepcionei muito com ela.

Porém passado é passado, aprendi com meus erros e hoje tento focar apenas na minha carreira.

Passado alguns minutos, finalmente cheguei em casa, eu estava exausta, queria tomar um banho e me jogar na cama para dormir.

Escutando gemidos vindo do quarto de Jefferson, não deixei de revirar meus olhos e ri.

Entrando em meu quarto, fechei a porta sem fazer barulho, para assim ir tomar meu banho.

Quando me livrei do meu uniforme, suspirei aliviada, eu estava com as unhas sujas, cabelo gorduroso e pele grudenta.

Essa era única parte ruim de ser bombeira, mas era gratificante o final de cada ocorrência.

Já no banheiro e de baixo do chuveiro, senti aquela água morna cair sobre meu corpo, levando quase toda aquela sujeira embora.

Pegando meu sabonete, comecei ensaboar meu corpo, para só então me esfregar com a esponja.

Eu precisava daquele banho, necessitava tanto que me sentia mais leve.

Sabe aquela sensação refrescante? Era assim que eu me sentia depois me lavar toda e limpar meus cabelos.

De roupa, eu havia saído de dentro de casa para o quintal, e como sempre, nunca achando meu coelho.

Suspirando baixinho, me locomove para o quintal vizinho, onde havia sempre um caminho de rosas.

Ao longe já pude observar a garota tomando chá com seus ursinhos, ela parecia gostar de chá, pois não tinha um dia que não tomasse dessa bebida.

Eu até gosto de chá, mas confesso que tomar todo dia me deixaria enjoada.

Hoje ela não usava vestidos, e sim um shorts branco de cintura alta e uma camisa azul cropped e estava descalça.

Seus cabelos estavam presos em duas tranças que ficava uma de cada lado de seu ombro, algumas presilhas coloridas, enfeitavam seus cabelos.

Preso em sua camisa, estava um prendendo que segurava a chupeta que encontrei no fundo da minha piscina.

Seu nome era Alice, parecia ter saído de uma animação ou do livro de Alice no País das Maravilhas.

Afinal, hora do chá, ursinhos, sem contar que um era uma lebre e ela tinha o gato de cheshire junto de todos, e bom, meu Coelho que ela fazia o favor de fantasiar como se fosse de fato o coelho branco dessa ilustre história.

— Veio buscar o Sr. Coelho? — Sendo tirada do meu transe por sua pergunta, começo andar em sua direção.

— Não, vim apenas verificar se ele estava aqui — Digo. Ela apenas fez um biquinho antes de levar sua xícara até seus lábios.

— Você gosta de chá?

— Eu gosto sim! — Respondo sua pergunta sem pressa alguma, a garota apenas voltou sua atenção para mim.

— Gostaria de se juntar conosco? — Mordendo o interior de minha bochecha, me questionei se eu aceitava ou não, mas por outro lado, que mal faria eu aceitar?

— Seria uma honra Senhorita! — Me sentando sobre o pano, ela me entregou uma xícara, despejando o líquido que parecia estar morno dentro da xícara, ela não deixou de sorrir.

— Espero que goste, pegue alguns scones, são um dos favoritos de todos aqui — Concordando, peguei o doce que parecia um bolinho com recheio de geleia.

Levando para minha boca, senti uma explosão de açúcar dorminar meu paladar.

Colocando de volta no pratinho, ela parecia esperar uma resposta minha.

— É uma delícia! — Comento, Alice não deixou de sorrir e voltou tomar de sua bebida.

Tomando o chá para tirar o açúcar da boca, o chá estava duas vezes mais doce que aquele bolinho.

"Essa garota vai ficar com diabetes assim"

— Eu sei que está doce, não precisava fingir que gostou, hoje nada saiu como o esperado, fiz tudo sozinha — Diz ela um pouco sem graça, sem deixar de sorrir, coloquei a xícara sobre a mesinha posta no meio.

— O importante é que você fez, na próxima você acerta — Dizendo isso, a garota não deixou de sorrir.

— Eu vou entrar, está na hora de tomar banho, foi muito bom ter sua companhia, tchau — Sem esperar por uma resposta minha, Alice colocou sua chupeta na boca e entrou correndo.

Olhando para tudo aquilo ali fora, não deixei de sorrir e pegar meu Coelho para ir embora.

Observando o pequeno jardim, pude reparar que todas as rosas foram pintadas de vermelhas, o que me fez rir baixinho e  balançar minha cabeça em negação.