𝐌𝐲 𝐌𝐨𝐦𝐦𝐲 | {MOMMY X BABYGIRL}

10. Iɴᴄêɴᴅɪᴏ

Sentindo o cheiro de fumaça invadir meu ofalto, eu sentia o calor, o suor escorrendo por minha testa.

Sentando na cama ofegante, eu me sentia um tanto quanto zonza, minha cabeça latejava.

Minha boca estava seca, assim como minha garganta. Observando o ambiente branco, eu escutava um som de bipe irritante.

Vendo vários fios ligados ao meu corpo, como uma agulha em minha veia levando medição, uma moça entrou no local.

Uma jovem enfermeira me encarava com um olhar surpreso, não demorou muito e ela logo saiu correndo de dentro do quarto.

Médicos logo estavam no quarto, me examinando e mal conseguia responder direito sua pergunta.

— Você sabe me dizer em que dia e ano estamos?

— Acho que deve ser dia quinze de setembro de dois mil e vinte quatro, por que? — Digo sentindo minha cabeça ainda latejar.

— Você sabe que sofreu um acidente de trabalho?

— Mas eu tinha entrado ainda ontem de férias, eu estava na piscina, cadê? Cadê ela? Alice? Ela está bem?

Alicia:

— Eu disse pra você, que ficar contando essas histórias não ia dar certo.

— Eu sei, só que ela estava correspondendo a minha voz, vocês viram que teve uma grande evolução e ela está acordada, depois de cinco meses em coma.

Digo de forma alegre, porém minha superior ainda parecia irritada comigo.

— Tanto faz, só que você vai ter que resolver isso que você fez, porque ela acha que essa Alice, existe — Vendo ela se afastar ainda irritada, mordi meu lábio inferior.

Parece que eu fiz realmente merda, ela pensa que Alice no País das Maravilhas, é real, não sei o que aconteceu.

Respirando fundo, voltei pro quarto da Bombeira, ela estava rodeada por alguns bombeiros.

Ela é uma mulher linda, eu vinha cuidar delas todos os dias, e todas as vezes, sem exceção, contava histórias para ela.

E observava suas feições serenas, até o dia que ela segurou minha mão, mostrando sinais de que iria acordar.

Ela sofreu um acidente no trabalho, em uma das ocorrências, ela conseguiu salvar a  vítima, mas acabou tendo um dano maior.

— Oi pequena, como ela está? Ela está bem?

— Iremos fazer alguns exames, e darei a melhor resposta a vocês — Comento sorrindo, e eles parecem animados.

Falavam alto, riam e compartilhavam do mesmo carinho entre si.

Era bom tê-la sorrindo, escutar sua voz, sua risada.