O dia amanhece novamente em Salvador, e a Loise desperta do seu sono , lembrando se de cada detalhe do dia anterior e se perguntava se a criança está bem. Logo se pôs a ligar para as amigas e pergunta, tanto sobre a garotinha quanto falar mais sobre os assuntos pendentes em relação aos acontecimentos do colégio.Ligação on
- Bom dia, meus amores!
- Bom dia, ló! Você está bem? Ontem quando voltamos para a sua casa, você estava dormindo.- disse Paola com voz de sono.
-Eu estou bem, mas eu queira saber como está aquela garotinha. Ela está bem?- perguntou Loise
-Levamos ela para casa, e conversamos com os pais dela também. Eles denunciaram o homem- avisou Bruna com a boca suja de creme dental.
- Que maravilha, meninas! Já estou indo para o colégio, encontro vocês lá. Beijos meus amores!- completou a Loise.
- Tchau ló!- diz as meninas para finalizar a ligação.
Ligação off
As garotas se encontram no colégio, e vão para o pátio aonde quase nunca havia pessoas, para elas terem as conversas sigilosas de sempre, e para não correr o risco de vazarem as informações.
-Enfim, preciso saber se vocês acharam algo mais sobre o colégio.- perguntou Loise e logo após bebeu um pouco do seu suco de maracujá.
-Eu achei muitas coisas, principalmente muitos artigos antigos.- disse Bruna.
Todas analisam o artigo, o primeiro artigo é de 22 de janeiro de 1990, no qual explica quando o colégio foi criado, como foi o planejamento da estrutura do colégio, e muito mais informações.
"Colégio Florência Andrade, é o mais novo colégio de Salvador:
O colégio Florência Andrade foi construído no começo do ano de 1989 e finalizado no dia 02 de janeiro de 1990. O referido colégio tem como objetivo de ensinar os alunos integrados a serem boas pessoas.
O mais novo colégio de Salvador é induzido a cuidar e educar 'menores infratores'. No dia 24 de janeiro, irá ocorrer a inauguração do centro de educação"Elas tinham várias informações que comprometia a vida de vários dos funcionários daquele a edifício estudantil. Entretanto, sabendo que poderia prejudicar vários funcionários, Loise preferiu manter as informações em sigilo durante esse tempo, até ter mais algumas informações na qual não iria prejudicar a vida de muitas pessoas.
Horas se passou e as meninas já estavam na sala, e só faltava apenas dois minutos para o professor de filosofia entra na sala. Loise estava meio nervosa com a aparição do professor, mas não poderia demostra que estava com "medo".
- Bom dia, alunos! Hoje a aula será livre, pois preciso ter uma conversa com a colega de vocês.- disse o professor olhando em direção a Loise.- Loise por favor dirija-se a sala dos professores, preciso ter uma conversa com a senhorita.
- Tá bom, professor!- com a cabeça a mil, Loise se perguntava o que aquele ser repugnante queria com ela.
Loise se retirou da sala e seguiu caminho até a sala dos professores, nervosa, frustrada e com uma vontade imensa de chorar, a garota entra na sala e se senta em uma das cadeiras perto da saída de emergência.
- Oi, Loise! Sentiu minha falta?- perguntou o professor adentrando a sala.
- Por que eu sentiria a sua falta? Eu te quero longe de mim!- disse Loise calma , para não demostra o seu medo.
- Para de ser assim minha menina, você não era assim quando era mais nova.- disse o professor se sentando em uma das poltronas.
Enquanto eles estavam na sala, as irmãs Oliveira estavam do lado de fora escutando tudo, e esperando algo acontecendo para elas intervir.
- Diga logo o que você quer comigo. Não tenho o dia todo, e o mínimo interesse de olhar para essa sua cara repugnante por muito tempo.
- Você sabe o que eu quero, Loise. Não preciso nem descrever em palavras.- disse em um tom debochado.
- Entenda uma coisa, eu não dou mais uma criança, eu não sou mais inocente, eu não sou mais frágil. Você destruiu a minha vida várias vezes, não vai destruir novamente.- disse Loise se alterando.
- Eu não te destruí, só fiz o que eu bem entendi e queria com você. Agora você já está uma mocinha, é mais fácil ter tudo novamente.- sorriu maliciosamente.
- Para de ser ridículo, não acredito que você só está trabalhando aqui para me prejudica novamente. Procura outra coisa, eu não sou um brinquedo sexual! E agora eu tenho provas contra você, a qualquer momento eu posso te destruir. - finalizou com um tom de voz enfurecido.
- Para de complicar as coisas, Loise.- disse se aproximando da garota.
- Se você encosta em mim, eu vou gritar.- disse Loise séria.
- Cresceu e ficou idiota, meu Deus menina. Você era tão boazinha, tão inocente, e agora? Agora é essa garota imprudente, desrespeitosa, desdenhosa e debochada. - falou sem paciência.
- A culpa é sua, você que fez isso comigo. E se você que vai fica por isso mesmo, pode ter certeza que o senhor está enganado! Tchau, senhor Vilela. Tenha um ótimo dia.- disse Loise se retirando da sala.
A garota saiu da sala e foi direto para o banheiro feminino, ela tava com garganta doendo, tinha um nó na sua garganta. A garota se debruçou em lágrimas, chorou feito uma criança com medo, mas não era lágrimas de dor ou medo, era lágrimas de ódio. Loise tem um rancor tão grande do senhor Vilela, ele fez muitas coisas horríveis para a garota.
As irmãs Oliveira seguiram a Loise, e assim que adentram o banheiro, viram a garota sentada no chão abraçando as próprias pernas e soluçando.-Loise....- disse Bruna com dó da amiga.
- Eu era só uma criança, esse homem fez desgraças na minha vida!- disse Loise entre lágrimas.
As meninas não disseram mais nada, apenas ficaram ali dando todo o apoio emocional que a amiga precisava. As irmãs Oliveira estavam abraçando Loise, e a garota estava se sentindo protegida naquele abraço, se sentia segura, parecia que finalmente achou alguém que poderia confia os seus segredos mais obscuro.
Loise havia perdido o seu pai quando era apenas um bebê ainda, foi criada pela sua mãe, que era uma heroína na vida da garota. Ainda com meses sua mãe se casou com o padrasto da Loise, que cresceu chamando ele de pai, e tendo ele como figura paterna. O padrasto da Loise é um homem muito bom, com ótimas condições de vida, mas as amizades dele são horríveis, o senhor Vilela é o melhor amigo do padrasto da garota, e consequentemente era muito próximo da família. O senhor Vilela começou a fazer coisas inaceitável com a família do melhor amigo, mas ele era cego! "Aaah amizade de anos, confio muito nele! ", mal sabia o padrasto que o "melhor amigo" tinha estuprado a esposa e colocou a enteada/ filha para assistir aquela cena horrível.
Loise sabia que ele tinha voltado para tentar fazer algo contra ela, pois não era a primeira vez que ele fazia isso. Agora as peças se encaixavam na cabeça da garota, todos os colégios no qual a garota era matriculada, o senhor Vilela era professor de alguma matéria. Resumindo ele a perseguia à anos, por isso as trocas de colégio, as expulsões. Tudo começou a ficar claro na cabeça da garota. O problema não era ela, o problema era o senhor Vilela, nunca escola iria querer ter uma polêmica com um professor e uma aluna na instituição.
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O final é bem mais complicado
Misterio / SuspensoImagina você ter que trocar de colégio, várias vezes da sua vida, porque ninguém aceita a maneira que você é? É horrível imaginar, não é? Bom, a Loise é uma garota que trocou de colégio cerca de oito vezes, pois nenhum colégio a entendia, ou melhor...