Em uma tarde ensolarada, quando os raios de sol queimavam a pele de qualquer pessoa que se aventurasse pelas ruas de Londres. Aziraphale folheava seu livro mais recente em sua livraria empoeirada, enquanto Crowley vagueava pelas ruas movimentadas em direção a biblioteca do amado.
Os sinos acima da porta da livraria tilintaram quando Crowley empurrou a porta de vidro, revelando seu sorriso irônico.
— Encontrando inspiração nas palavras dos humanos, Aziraphale?— Se recostou na estante mais próxima do anjo teatralmente, com um ar de desdém.
Aziraphale ergueu os olhos de seu livro, os óculos de aro fino deslizando para a ponta de seu nariz. Seu sorriso iluminou o ambiente abarrotado de livros e antiguidades.
— Oh Crowley. O que você está fazendo aqui? Eu posso dizer que leitura não é muito seu forte, querido.— Perguntou, fechando seu livro e arrumando cuidadosamente sua gravata xadrez.
O demônio ergueu uma sobrancelha. Ele se aproximou, observando as pilhas de livros que cercavam Aziraphale como uma espécie de fortaleza literária.
— Pois é, Anjo. Mas para tudo há exceções.— Deu de ombros, soltando uma risada irônica.
Aziraphale sorriu, retirou seus óculos e o pôs apoiado na bancada. Se levantou até o balcão da livraria, chamando Crowley com as mãos.
— E qual é essa exceção?— Perguntou curioso, retirando alguns livros da parte de baixo do balcão, os limpando com um espanador.
O demônio, que estava na parte oposta da bancada, se inclinou para frente, como se estivesse prestes a compartilhar um grande segredo. Seu olhar encontrou o de Aziraphale, e por um momento, toda a ironia e desdém desapareceram de seu olhar.
— A exceção, é você, Anjo.— Sua voz soou surpreendentemente sincera, quase suave, contrastando com seu habitual tom sarcástico.
Aziraphale pareceu levemente surpreso com a confissão. Ele sorriu, tocado pelas palavras inesperadas do demônio.
— Oh, Crowley. Isso é... muito gentil da sua parte.— Sua expressão era um misto de emoções, nem mesmo o anjo sabia o que estava sentindo.
Crowley deu de ombros e pigarreou quando sentiu um sorriso bobo aparecer em seus lábios, tentando manter sua postura casual.
— Bem, você sabe, até um demônio precisa de algo se distrair de vez em quando.— Sorriu, passando a mão pela capas dos livros, ganhando um pequeno tapa na mão do anjo.
Aziraphale se moveu de trás do balcão até o lado do demônio para ficar mais próximo do mesmo. O demônio sempre aparecia por lá para oferecer um momento que os dois aproveitassem juntos.
— E como posso ser a sua distração hoje?— Perguntou brincalhão, mas com um brilho afetuoso nos olhos.
Crowley abriu um sorriso, se inclinando para mais perto.
— Talvez possamos deixar esses livros de lado por um tempo e aproveitar o mundo lá fora. Quem sabe, poderíamos até encontrar algum lugar agradável para um jantar... ou algo assim.
Aziraphale sorriu, considerando a ideia, enquanto ajustava um par de livros nas prateleiras próximas.
— Oh, isso soa encantador! E que tal, bem...━ Se virou para o demônio e moveu suas mãos inquietamente— Ritz?— riu, batendo palmas.
Crowley sorriu bobo, com os olhos fixos cada movimento do anjo a sua frente.
— Ritz me parece perfeito.— Ele concordou, inclinando a cabeça levemente para o lado, seus lábios quase formando um sorriso sincero.— As nove eu passo aqui, até mais anjo.— Pincelou seu dedo sobre o nariz de Aziraphale, se movendo com seu andar típico até a porta.
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𝐆𝐨𝐨𝐝 𝐎𝐥𝐝-𝐅𝐚𝐬𝐡𝐢𝐨𝐧𝐞𝐝 𝐋𝐨𝐯𝐞𝐫 𝐁𝐨𝐲 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰
FanfictionNo agitado cenário de Londres, onde anjos e demônios continuam a vaguear disfarçados entre os humanos, Aziraphale e Crowley se encontram em uma rara pausa em suas obrigações celestiais e infernais. Com o cansaço dos séculos, os dois decidem ter um p...