III

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- Ramis... calma. Achei que você também queria. Senão nem teria avançado - garantiu Kelvin, tentando acalmar o amado.

- Já nem sei o que eu quero mais - balbuciou o moreno, com a expressão de quem havia passado por um vendaval e não sabia mais o que pensar, o que esperar da vida.

- Acho que você já sabe, só tem que tem medo - o loiro fez um carinho no rosto do outro - Ah, Ramis, danem-se os outros, é tão lindo o que tá acontecendo com a gente! Gosto tanto de você... mas tanto, que até dói aqui dentro - ele botou a mão no lado esquerdo do peito.

Ramiro esboçou um sorriso triste:

- Eu também gosto docê... Quando eu digo que não tá certo, que devia de ficar longe, chega a queimar no peito - ele apertou a mão fechada junto ao coração.

Kelvin suspirou, querendo um jeito de tirar a dor daquele homem que ele amava tanto e disse com doçura:

- Você sempre volta...

- Vorto, porque não consigo ficar longe de ocê. E não aguento mais brigar com o que to sentindo - o moreno murmurou com voz chorosa, e parecia exausto.

- Então não luta mais... Só sente... - sussurrou o loiro, olhando nos olhos do outro.

Os lábios foram se aproximando, até se encontrarem em um beijo intenso. Pela primeira vez, Ramiro deu beijos no pescoço de Kelvin, que tremeu de prazer. O peão apertou o rapaz em seus braços, num misto de tesão e desespero. Enquanto percorria com as mãos o corpo do outro, o moreno sentia uma onda de calor lhe tomar inteiro, tão forte que ele precisou se afastar um pouco:

- Tá muito calor, não tá achando? - Ramiro perguntou com um fio de voz, indo na direção do rio.

- É... tá mesmo... - murmurou Kelvin com um olhar maroto, enquanto observava o peão se agachar e jogar água no rosto.

- Acho que eu preciso de um banho frio - resmungou o moreno arrancando a camisa e se jogando no rio.

O loiro chegou até a beirada, e fingiu tropeçar, caindo na água:

- Ops, escorreguei - disse, com cara de inocência.

Ramiro sorriu, com um brilho de desejo nos olhos. Ali, com os corpos parcialmente submersos, e iluminados só pela lua, ele sentiu como se estivesse num território mais seguro. E não pôde mais evitar toda aquela vontade. Puxou Kelvin para seus braços devagar, deslizando as mãos pelo corpo do rapaz. O loiro fechou os olhos, se entregando às sensações daquelas mãos fortes que já avançavam para dentro de sua roupa, quase rasgando a blusa para tirá-la. O peão sentia seu membro tão excitado que chegava a doer dentro da calça justa, então liberou uma mão para se desvencilhar da peça. Kelvin aproveitou a deixa para arrancar o short, que mesmo se não estivessem dentro da água, estaria molhado, Então finalmente juntaram os corpos nus, e se perderam por alguns momentos apenas no prazer intenso que o toque de pele com pele proporcionava. Mas logo Ramiro buscou os lábios de Kelvin com voracidade, enquanto apertava aquele bumbum que o fascinava tanto. O peão foi virando o loiro e roçando seu orgão rígido naquelas nádegas macias, enquanto Kelvin já gemia como se delirasse. Quando enfim se encaixaram, as sensações desse momento eram algo que seria difícil para ambos descreverem . Era tão intenso que lágrimas de emoção chegavam a brotar nos olhos deles, enquanto eram tomados por um êxtase nunca antes experimentado.

Depois da entrega total, Kelvin ficou um tempo aninhado no peito forte de Ramiro, que o envolvia com aqueles braços musculosos como se quisesse guardar o rapaz só para si. O loiro pensou que podia ficar ali para sempre, mas logo sentiu vontade dos lábios do amado de novo. Levantou o rosto com cuidado e encarou o peão, que sorriu com uma leveza que Kelvin nunca tinha visto em seu rosto. O moreno inclinou-se para encontrar os lábios do outro, dessa vez num beijo sem pressa, mas com vigor e paixão.

Não dá pra fugirOnde histórias criam vida. Descubra agora