- 12 de Junho - Sexta-Feira. -
(Katrina Rodriguez.)
- Kat! - ouço a voz de Sammy assim que se aproxima da minha mesa.
- Sammy! - cumprimento também com um pequeno sorriso, mas não tão verdadeiro como devia, levantando-me.
Ele dá-me um pequeno abraço e eu sorrio com o gesto retribuindo.
- Samuel, rapaz! És mesmo tu? - a minha avó fala vindo ter connosco. Trazia o seu avental sujo de farinha, parece que vou ter algo para lanchar. - Estás tão crescido, filho! O Andrew ia adorar ver-te!
Sammy parecia feliz e abraça a minha avó de uma forma carinhosa.
- Dona Anne! Há tanto tempo! - ele sorri.
- Já nem pareces o rapazinho que fugia dos pais para um lanche! - ela riu-se eu acabo por soltar uma pequena gargalhada. Sammy olha-me envergonhado. - Porque não vieste há mais tempo? Esqueceste-te da velhota foi? - ele ia responder mas ela continua. - Pelo menos voltas-te pelas melhores razões. - pisca-lhe o olho de forma cómica e de seguida olha-me de canto. - Olha que ele é bom rapaz, K. Aproveita, querida!
Eu coro e agarro na mão de Sammy puxando-o para a zona que dá acesso à casa da minha avó, onde vou passar uns tempos.
- Avó, já chega. - balbucio.
- Vá, vão lá que eu já levo o lanche. - ela sorri.
O sorriso de Sammy não desapareceu até chegarmos ao meu quarto.
- Eu vou abrir a porta, e se tu gozares levas um pontapé no cu. - ameaço.
Abro a porta que impede o Sammy de vez o quarto decorado de mobilia rosa, paredes rosa, bonecas, peluches. O meu quarto de criança, que eu não redecoro por nada deste mundo.
- É - ele pausa admirado. - Acolhedor.
Eu reviro os olhos deitando-me no puff, obviamente rosa. Ele parece não ter problemas com a vergonha pois deita-se no chão e põe a cabeça no meu colo.
- Mexe-me no cabelo. - murmuro com um pequeno beicinho e eu dou uma pequena gargalhada.
- Estás na casa da sogra, não?
- Estou na casa da mãe dela. - ri-se.
Eu coro e reviro os olhos.
- És um parvo. - suspiro acomodando-me acabando por ficar com a cabeça dele na minha barriga.
- Queres-me contar porque estiveste a chorar? - ele pergunta reticente.
Suspiro, vai começar.
- Eu já não vou ter um irmão. - murmuro.
Ele faz-me festas nas pernas.
- Lamento muito Kat.
- A minha mãe foi assaltada e acabaram por pontapeá-la na barriga. - suspiro já a fazer um esforço enorme para não chorar.
- Ela está bem não está? - Sammy murmura e eu assinto. - Então está tudo bem, Kat. O teu irmão vai ficar a olhar por ti a salvo do tudo o que há de mau aqui.
Eu assinto frágil mordendo o lábio para não chorar.
- Podes chorar, eu não te vou julgar nunca. - e aí eu simplesmente me abro para ele. Deixo tudo sair cá para fora.
Ele acaba por se sentar e abraçar-me.
Era disto que eu precisava, um amigo para tudo.
- Meninos! - ouço a voz da minha avó e rapidamente me recomponho. - Trouxe o lanche.
- É um anjo. - Sammy sorri e os seus olhos brilham que nem duas estrelas ao olhar para o prato cheio de queques caseiros.
Eu rio agradecendo à minha avó.
- Hoje ficas cá, Sammy, vem aí uma tempestade. - avisa sem sequer perguntar, mas eu concordo. Quer dizer, com sorte até posso dormir com ele, assim agarradinha.
O quê?
- Mas do...
- Ficas e acabou, aproveitamos e pomos a conversa em dia.
Sammy suspira e acaba por sorrir..
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Publico o resto amanha e.e
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Starbucks. › Sammy Wilkinson {Parada}
FanficOnde Sammy e Katrina falam por bilhetinhos no Starbucks. [Copiar uma simples ideia é considerado plágio. Vou denunciar se vir algo parecido. Respeitem os autores.]