03/08.

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- 03 de Agosto - Segunda-feira.-


(Sammy Wilkinson.)


Os professores da Kat fizeram uns avisos chatos e deixaram-nos entrar no avião, seis horas de viagem, super divertido. Estou cheio de sono, tanto que enquanto ando para a fila que dá entrada ao avião tropeço a cada cinco segundos.

- Mantém-te acordado! - Kat sussurra ao meu ouvido.

- Uhum. - Grunho abraçando o seu corpo por trás e deitando a cabeça sobre o seu ombro, visto que estávamos parados na fila.

- Estou a falar a sério, Sammy. Tenho medo de aviões.

- Estou acordado, Kat. - asseguro acariciando a sua cintura. - Vai correr bem, não é como se o avião fosse cair, ou assim.

- Não estas a ajudar. - resmunga.

- Desculpa bebé. - sorrio e beijo a sua bochecha.

- Vamos é a nossa vez. - ela diz e segundos depois já estamos dentro do avião, à procura dos nossos lugares.

- 34 e 35B. - murmuro enquanto procuro os lugares. - Aqui.

Sentamos-nos e eu fecho logo os olhos, o que foi má ideia. Levei com o livro que Katrina trazia na mão.

- Sam, pelo menos até descolarmos.

- Desculpa-me amor. É demasiado cedo para mim. - faço beicinho aproximando-me dela.

- Hum, uma carinhaa fofa e já estas desculpado, é assim a nossa vida? - ela pergunta sorrindo.

- Uhum. - sorrio e beijo o seu queixo.

- Quem disse?

- Eu digo. - ela ri e dá-me um beijo à esquimó. É tão querida, uh.

Passo o braço à volta dos ombros dela puxando-a para mim.

- Tenta dormir, vais ver que vai passar rápido.

- Uhum. - resmunga agarrando a minha mão. - Se morrer e tu sobreviveres diz à minha família que era eu que deitava os termómetros na sanita.

Eu rio um tanto alto, recebendo olhares das pessoas à nossa volta.

- Ninguém vai morrer. Mas algum dia isso há de dar jeito. - eu rio.

Ele ia falar mas o aviso de que tínhamos de por os cintos para-a.

- Oh porra! Oh porra! - eu prefiro não gozar, ainda levo de novo.

- Põe o cinto e deita-te aqui. - sorrio, numa de mostrar que não tem de ter medo.

Ela lá se acalma e depois de estar "devidamente segura" deita a cabeça no meu ombro e entrelaça a sua mão na minha. Apertava no inicio mas acabo por ir diminuindo, com isso achei que ela adormecera. Sigo o seu exemplo.



- Sammy. - ouço e sinto os lábios dela na minha bochecha. - Acorda.

Resmungo algo que nem eu entendo e pouso a cabeça no seu ombro magro.

- Samuel! Deixa de ser preguiçoso e acorda para almoçarmos. - diz um tanto autoritária.

- Que horas são? - pergunto e bocejo de seguida.

- Onze e meia.

Componho-me no banco, e olho em volta. Quase todos estão já a almoçar e a hospedeira está a distribuir arroz e esparguete.

Starbucks. › Sammy Wilkinson {Parada}Onde histórias criam vida. Descubra agora