A garota de cabelos de fogo acordou, e por mais que parecesse algum tipo de milagre, ela não estava atrasada dessa vez.
Anne se levantou e caminhou até o toalete, abriu a torneira e abaixou-se até a mesma para lavar seu rosto. Fazendo uma conchinha com as mãos a menina molhou seu rosto na intenção de despertar.
Ao olhar para o lado Anne vê a mesma figura de Chloe que a estava "assombrando" nos últimos dias, a menina leva novamente um leve susto ao ver a loira ali de pé.
- Não importa quantas vezes você apareça, o susto ainda vai ser o mesmo. – Anne diz com um tom de voz sem medo, como se algo dentro de si já estivesse esperando por aquilo.
A imagem dá uma risadinha.
- Toda vez que te vejo eu acordo assustada e sempre estou atrasada para o colégio, e hoje definitivamente não posso me atrasar, então me diga de uma vez. Eu ainda estou dormindo? – Questiona Anne.
- Acha que está dormindo? – Pergunta o ser de cabelos loiros.
- Não sei nem se você é real, como posso saber se estou acordada ou não? – Indaga a garota com o olhar confuso.
- Acredite. – Responde a criatura.
- Como assim acreditar? – Diz Anne cada vez mais confusa.
- Acredite que sou real e então serei real, da mesma forma que se acreditar que está acordada, pra você, estará acordada. – Fala Chloe.
- Então se eu quiser acreditar que sou a presidente da América, me tornarei a presidente da América? – Diz a ruiva ironicamente.
- Acredita ser possível que seja a presidente da América? – Questiona a loira.
- Não...- Responde Anne pensativa.
- Então nunca se tornará a presidente da América, pois para acreditar é preciso sonhar, e para sonhar, é preciso acreditar que é possível. – Fala a imagem.
Anne nada fala, apenas olha para o que acreditava ser Chloe pensativa.
- Mas me conte, e a Zoe? – Pergunta Chloe enquanto subia na pia.
- O que tem a Zoe? – Questiona Anne saindo de seu transe enquanto se livrava de seu pijama.
- Como assim "o que tem a Zoe" até cego percebe a troca de olhares de vocês. – Diz a criatura formada pela mente de Anne.
- Nada haver, nós só somos amigas. E mesmo se ela quisesse algo a mais, ela é uma garota. – Fala a ruiva se embolando um pouco nas palavras enquanto entra no chuveiro.
- E qual seria o problema? – Pergunta a amiga de Anne.
- Não me entenda mau, não é que eu tenha algum preconceito sabe? Mas não acho que é uma coisa que combine comigo... – Responde Anne ainda bastante desconfortável com o assunto de um ser que ela mesma havia criado estava-a questionando.
- E por algum acaso Zoe é algum tipo de roupa para não combinar com você? – Pergunta a figura.
- Você não entende, eu sei muito bem que somos só amigas. – Diz a garota com bastante certeza em sua frase.
- Eu que não entendo ou é você que não sabe explicar o que sente? – Cutuca a imagem de Chloe.
- A Zoe já deve estar chegando, é melhor você ir.
Anne se virou indo até o seu closet e escolheu vestir uma blusa simples branca, com uma calça jeans na cor claro e um casaco xadrez na mesma cor de sua parte de baixo, junto com um tênis caro na cor branca.
Depois de Chloe, Anne começou a optar por roupas mais leves, sem muita maquiagem, e para ser sincera, ela ficava linda daquela forma.
Penteou seus cabelos, arrumou sua mochila e fez uma maquiagem bem leve, sem nenhum exagero, apenas um pouco de blush e um batom bem leve nos lábios.
Ao descer as escadas pode ver seus pais tomando café como em todos os dias, em silêncio. Anne dá uma piscadinha para Jane como se estivesse desejando bom dia, pois seu pai não era muito fâ em ter algum vínculo de carinhos com os funcionários.
- Bom dia. – Diz Anne se sentando sobre a mesa.
- Bom dia querida. –Fala a mãe da garota logo voltando a tomar seu café.
O pai da menina a olha com uma cara não muito boa, não que ele sempre estivesse sorrindo, mas dessa vez parecia um pouco pior do que o normal.
- Que roupa é essa? – Pergunta o homem sério.
- Gostou? – Pergunta Anne sem nem olhar o homem nos olhos.
- Olhe para mim quando eu falar com você. – Diz o homem fazendo com que a ruiva olhasse para ele. – E não, eu não gostei, está muito largada parece que você nem tem modos vestindo essa coisa. – Critica seu pai.
- William! Também não é assim – Fala a mãe de Anne repreendendo seu marido. – você é linda de qualquer maneira querida, acho que seu pai não conseguiu se expressar muito bem com as palavras usadas. – Continuou a mulher enquanto lançava um olhar feio para o homem que por sua vez, nem ligou.
- Tá tudo bem mãe, e eu vou colocar uma roupa melhor amanhã pai. – Diz Anne terminando seu café enquanto ouve um som de buzinas na frente de sua mansão.
- Quem é o louco buzinando a essa hora da manhã?! – Fala o pai da menina bravo.
- Deu a minha hora, a Zoe veio me pegar hoje. – Disse Anne já pegando sua mochila.
- Quem é Zoe? – Pergunta a mãe da menina.
- É uma amiga nova, depois eu te mostro uma foto dela. – Responde Anne já saindo pela porta.
- Tenha um bom dia querida! – Falou a mulher um pouco alto para que a menina escutasse.
- Obrigada mãe! – Responde Anne no mesmo tom de voz.
A ruiva podê ver o carro de Zoe parado em frente a sua casa, a mesma que acenou para Anne.
- Sua carruagem chegou Cinderela! – Disse a mais velha soltando uma risada enquanto fazia um sinal para que Anne entrasse no carro.
Anne não pôde deixar de conter seu sorrisinho ao ver o rosto de Zoe. A garota entra no carro e dá um abraço em sua amiga.
- Eu amei o seu casaco! Você fica tão linda nele. – Comenta Zoe elogiando a roupa de Anne.
- Queria que todas as pessoas pensassem assim. – Fala Anne sem pensar muito.
- Como assim? – Pergunta Zoe confusa.
- Deixa pra lá, eu também gostei dos seus anéis. – Diz a garota apontando para os anéis de coco de Zoe.
- Valeu. – Agradece Zoe dando um sorrisinho de canto que fez com que a outra também sorrisse.
Naquele momento Anne confirmou que Zoe realmente tinha um sotaque diferente. A morena logo percebeu que a outra estava a olhando de uma forma incomum.
- Quer me beijar? – Perguntou Zoe ironicamente dando uma risada.
- Que?! Não! Tá doida? – Falou Anne um pouco surpresa pela fala de sua amiga, e sem perceber, acabou dando uma corada.
Naquele momento Anne odiou ser ruiva, seus cabelos laranjas faziam com que o vermelho de seu rosto se destacasse ainda mais.
- Então por que está me olhando dessa forma? – Perguntou a mais velha olhando fixamente para os olhos cor de mel da outra.
- Você não é de Ladysburry não é? – Perguntou Anne mudando de assunto.
- Uau, ficou tão evidente assim? Diz Zoe também dando uma risadinha enquanto liga o carro.
- Na verdade quase nem dá pra notar, acho que só percebi por causa de uma professora de espanhol que tive aos oito anos. – Comenta Anne enquanto coloca o cinto de segurança.
- Por que diabos teve uma professora de espanhol aos oito anos? Nessa idade eu só pensava em comer as croquetas da minha mãe. – Falou a morena enquanto ligava o motor do carro.
- O que são croquetas? – Pergunta Anne confusa.
- Como assim nunca comeu croquetas? – Disse Zoe indignada.
Anne lançou um olhar confuso para a amiga.
– Tá bom, croquetas é um prato típico da Espanha, são basicamente bolinhos feitos de farinha. Eles podem ser recheados com queijo, presunto ou qualquer outra coisa, e depois é só empanar e fritar. – Explica Zoe enquanto começa o caminho para o colégio.
- Parece gostoso, mas me conta uma coisa? De que cidade da Espanha você era? – Pergunta Anne olhando a paisagem.
- Eu nasci e cresci em Madrid até os meus treze anos. – Respondeu Zoe.
- E como veio parar em Ladysburry? – Questiona Anne curiosa.
- Quando minha mãe ficou doente um amigo próximo nos falou que havia um médico muito bom aqui em Ladysburry, então, viemos pra cá. - Explica a garota.
- Zoe, posso te fazer uma pergunta? – Pergunta Anne baixinho.
- Mais uma? – Fala a morena ironicamente.
Anne olhou com uma cara envergonhada.
Zoe vendo que seu comentário tinha deixado Anne sem graça, continuou:
- Claro que pode, eu só estava brincando. Além disso, gosto da sua curiosidade. – Responde a mais velha virando em uma esquina enquanto lança um sorrisinho para Anne.
"gosto da sua curiosidade" Anne realmente tinha gostado de ouvir aquilo.
- Quando sua mãe faleceu, com quem você foi morar? – Perguntou Anne com medo de estar invadindo demais a privacidade de sua amiga.
- Fui morar com a minha tia, e morei com ela até completar meus dezesseis anos. Depois do meu aniversário eu pedi para ser emancipada. – Responde Zoe mais uma vez.
- E por que não foi morar com seu pai? – Pergunta a ruiva.
Anne odiava estar fazendo tantas perguntas, mas a curiosidade era maior que ela. A menina sentia como se pudesse passar horas e horas apenas ouvindo a voz de Zoe.
- Meu pai foi brincar de esconde-esconde uma vez e nunca mais apareceu. – Responde Zoe tentando fazer uma piada com aquela situação.
- Eu sinto muito Zoe, me desculpa perguntar. – Disse Anne se desculpando.
- Não esquenta, e pelo que alguns parentes já me contaram sobre ele, realmente é melhor ter ele distante. – Fala a morena.
Um silêncio constrangedor reina no carro por alguns segundos.
- Mas agora chega de falar sobre mim, como está se sentindo sabendo que vai limpar o refeitório com a sua melhor amiga? – Fala Zoe ironicamente estacionando o carro no estacionamento na escola.
- Melhor amiga né? Por que tinha que me lembrar disso cara? – Disse Anne dando um tapinha leve no braço da outra, o que fez com que Zoe soltasse uma risada.
- Vem, vamos, não tô afim de me atrasar. – Falou Zoe enquanto pegava sua mochila no banco de trás e saia do carro.
Anne também pega sua bolsa escolar e alcança Zoe. As duas começam a andar pelos corredores até a ruiva ver Kevin conversando com Sussie de longe.
Alguns minutos antes da ruiva chegar, Kevin decidiu perguntar a Sussie como ela estava, afinal, não é todo dia que se tem uma briga daquelas.
- Bom dia Sussie. – Fala o garoto que estava segurando sua mochila apenas com seu braço direito.
- Ah, oi Kevin... – Responde a menina fechando seu armário e olhando para o outro.
É claro que Sussie estranhou quando Kevin veio falar com ela. Ela havia literalmente debochado de sua melhor amiga que estava morta, e pior, ela também carregava um pouco da culpa de ter ajudado a matar Chloe.
A loira estava envergonhada e se sentia extremamente culpada. Ninguém sabia disso, mas Sussie um dia antes da briga, havia gastado quase todas as suas maquiagens tentando esconder o roxo de seus olhos de tanto chorar, além de ter levado a maior bronca de sua mãe, segundo ela, "mulheres não se comportam dessa maneira".
- Como você está? Seu rosto me parece um pouco machucado ainda... – Pergunta Kevin fazendo com que a menina precisasse abandonar um pouco seus pensamentos de remorso.
- É...a Anne é um pouco forte. – Disse Sussie forçando um sorrisinho.
- Bom, o meu pai é veterinário, não quero que pense que eu te acho uma vaca ou... – Falou o garoto se embolando nas palavras.
A loira apenas soltou uma risadinha pelo nariz indicando que estava tudo bem.
- Enfim, eu perguntei ao meu pai, e ele me disse que essa pomada é muito boa... – Diz Kevin entregando uma pomada para a Sussie.
A garota olha para a pomada e depois encara o menino, com medo de ser alguma pegadinha, Sussie roda a tampa até abrir, mas para sua surpresa, não havia terra, nem cola, muito menos algum ácido que poderia causar algum mal a sua pele. Só havia, pomada...
- Obrigada Kevin, é muito gentil da sua parte... – Agradeceu a menina um pouco confusa.
É claro que Sussie estava estranhando aquele comportamento, ela literalmente fazia bullying com a melhor amiga do garoto...ele a deveria ódia-la, não é?
- Quer ajuda para passar? – Pergunta o menino.
- Pode ser... – Responde Sussie bastante confusa com o pedido feito.
A loira entrega o creme para Kevin, o movimento fez com que a ponta dos dedos de ambos acabassem se tocando, fazendo com que se encarassem por uma pequena fração de segundos, pois depois disso, os dois desviaram rapidamente os olhares.
O garoto direciona o olhar para a bochecha de Sussie, e com as pontas dos dedos pega um pouco do produto e passa o mais delicadamente possível no rosto da maior, que geme baixinho, indicando que ainda estava dolorido.
- Só um pouquinho... – Fala Kevin sem pensar muito, e depois quando já havia dito travou um pouco seu maxilar, mas Sussie logo lhe deu um sorrisinho com os olhos indicando que estava tudo bem.
- Aqui...pode passar duas vezes ao dia, durante três dias. – Fala o garoto entregando a pomada nas mãos da menina.
- Não sabia que um jogador do time basquete podia ter tanta experiência com bochechas machucadas. – Diz Sussie dando uma risadinha baixa.
O garoto sorri.
- Não conta pra ninguém, mas eu odeio basquete. – Fala Kevin se aproximando um pouco da orelha da garota e logo se afastando novamente.
Sussie fica um pouco confusa então resolve perguntar:
- Então por que você joga?
- Porque será bom para a faculdade ué. – Responde o menino.
- E se não gosta de basquete, do que você gosta? – Questiona Sussie curiosa.
- Xadrez. – Responde Kevin.
Sussie faz uma feição de surpresa e diz:
- Gostava de jogar xadrez com meu avô quando era mais nova.
- E por que parou de jogar?
- Ele faleceu, a um ano atrás.. – Responde a loira.
- Nossa Sussie, eu não sabia, me perdoe por ter tocado no assunto... – Diz o garoto um pouco chateada por ter tocado em um assunto tão delicado.
- Tudo bem, você não sabia... – Diz Sussie.
Naquele exato momento Anne entra pelos corredores do colégio, quando vê Kevin e Sussie juntos a única reação que tem é puxar o braço de seu amigo com força, o tirando de perto da menina.
- O que você tá fazendo? – Fala Kevin um tanto quanto surpreso pela reação de sua amiga enquanto olha para trás olhando pra Sussie, que lhe dá um sorrisinho indicando que estava tudo bem.
- Sério?! De todas as pessoas no mundo com quem você poderia conversar, por que conversar logo com a puta da Summer? – Diz Anne ainda puxando o garoto para longe.
- Anne, pare com isso, ela não é isso que você está falando, está sendo infantil.
- Se não quiser meu melhor amigo com uma idiota é ser infantil, então sim, estou sendo muito infantil. – Fala a ruiva parando em frente ao armário de Chloe.
Naquele momento Anne olha para o lado e percebe que o armário de Chloe estava diferente, haviam flores, fotos, bilhetes contra o suicídio, cartas...
Quando a garota se afastou um pouco para poder ver melhor, sentiu raiva, muita raiva, como pessoas que nem sabiam que Chloe existiam agora estavam fazendo um memorial pra ela? E se essas pessoas se importavam tanto, porquê nem olhavam na cara de Chloe quando ela estava viva?
- Quem fez isso? – Perguntou Anne sem desviar seu olhar do memorial.
- Alunos da escola, o colégio deixou melhor não mexer para evitar mais problemas. – Responde Zoe logo após achar em qual parte do corredor Anne tinha puxado Kevin.
- Qualquer pessoa que conhecia a Chloe o mínimo sabia que ela odiava memoriais, achava clichê demais. – Fala a garota com raiva – E é sério mesmo que eles acham que essa merda vai ajudar alguém a não se matar?! – Continua Anne arrancando um dos cartazes sobre o suicídio da parede e rasgando.
- Se acalme Anne... – Diz Zoe colocando a mão no ombro de sua amiga. – O dia nem começou direito ainda. – Fala logo após dar uma pausa para suspirar.
Era incrível o poder que o toque da morena tinha sobre Anne, o que fez com que Anne se acalmasse um pouco, mas não por muito tempo, pois logo após a onda de raiva, a ruiva podê ver a mãe de Chloe caminhando pelos corredores da escola.
O corpo de Anne paralisou, mesmo não sabendo direito sobre o que se tratava, ao mesmo tempo que a garota estava com medo de saber sobre o que se tratava a visita, também estava muito curiosa, trazendo para si um sentimento de confusão.
Para a sua surpresa a mãe de Chloe para quando vê a ruiva, ao começar a se aproximar da ruiva, Anne percebe que a mulher estava carregando uma caixa feita de papelão junto a ela. A caixa não era muito grande, mas também não era pequena, era apenas uma caixa normal se olhada aos olhos de algumas pessoas.
- Oi Anne. – Diz Mary
A aparência da mãe da amiga de Anne parecia estar pior a cada dia, as olheiras pareciam estar mais fundas e a mulher aparentava ter perdido peso.
- Acho melhor deixar vocês conversarem, se precisar sabe onde me encontrar. – Fala Zoe dando uma cutucada em Kevin, que logo em seguida percebe e somem pelos corredores.
- Olá Sra. Stevens, como vai? – Pergunta Anne tentando ser o mais agradável possível.
A mulher não responde, apenas dá um sorrisinho. Anne olha para a caixa demostrando um pouco de curiosidade, mas também nada diz, fazendo com que um silêncio dominasse o local. Até que mãe de Chloe resolve quebrar o mesmo:
- Bom, a alguns dias eu fui até o sótão para ver algumas fotos antigas da Chloe, quando vi essa caixa escrita o nome de vocês, eu acabei abrindo por curiosidade e vi que aqui tinham algumas memórias de vocês. Não sei o porquê, mas tenho certeza que a Chloe gostaria que isso ficasse com você, pode olhar o que tem quando chegar na sua casa. - Fala Mary entregando a caixa para Anne.
Na caixa estava escrito "Anne and Chloe" as letras eram escritas em caixa alta de forma que algumas fossem maiores que as outras, com uma caneta permanente preta.
Anne ficou observando por algum tempo a caixa, passou a ponta de seus dedos pelo papelão por cima da escrita:
- Obrigada Sra. Stevens, mande um abraço pro seu marido por mim. – Agradeceu Anne dando um abraço rápido na mãe de Chloe.
- Por nada querida. – Disse Mary se despedindo e logo após alguns passos, também desaparecendo pelo corredor.
Anne começou a observar a caixa, a garota queria muito abri-la, mas sabia que se abrisse a imagem de Chloe apareceria de novo, e isso é oq que ela menos queria, principalmente na escola, as pessoas iriam chamá-la de louca.
Em meio aos seus pensamentos, o sinal toca. Anne guarda a caixa em seu armário e segue para sua aula.
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A Perfeição é imperfeita (romance lésbico)
RomanceAnne Jophson é uma garota ruiva que sempre precisou manter-se à altura de sua família perfeita, mas principalmente à altura de seu pai narcisista. Porém uma série de problemas surgem, incluindo um suicídio de sua melhor amiga, Chloe. Em meio a tan...