Pô(ética) - Professora e Aluna.

Capítulo 2

Eu sei, eu sei que esse capítulo está pequeno, tudo culpa dessa semana caótica que não me deu tempo de tocar no notebook. Tentarei postar um capítulo longo na próxima!

          Pode-se dizer que o dia anterior foi uma completa tortura. Sete horas na escola e nenhuma das aulas foram de Elisa. Victoria faria uma petição para ela dar aulas todos os dias, de todas as matérias, inclusive para a escola funcionar de sábado e domingo só para ver ela com maior frequência. Como isso não é possível, tenta se contentar com as seis aulas que ela dá em uma semana.

          Nas quartas, Victoria encontra Elisa na saída, mas isso não aconteceu. Em compensação, hoje ambas chegaram juntas. Victoria saiu do carro e viu Elisa entrando, trocando olhar com ela. Estava linda como sempre, e séria, o que era normal pois a professora sempre chegava assim. Alguns alunos deram bom dia e o sorriso apareceu, Elisa respondeu e foi direto para a sala dos professores como sempre fazia. Como Júlia e seus outros amigos não chegavam tão cedo, aproveitou para ir até a sala com ela.

          —Bom dia. –Victoria cumprimenta, dando uma leve batida na porta.

          —Oi, bom dia, tudo bem?

          —Sim, e você? Estava com saudades já.

          —Não duvido. –Afirma, soltando uma leve risada. —Eu estou um pouco cansada só, ontem foi a gota d'água.

          —Dar aula é cansativo? Você só fica sentada? –Apesar do humor, Victoria sabia que Elisa não somente dava aula, como também estudava.

          —Engraçadinha. Aliás, quero te fazer uma pergunta. –Elisa se encosta na mesa dos professores. Victoria não responde, ela se aproxima mais, esperando a pergunta. —Por que você brigou com a Carolina? Ela é uma ótima aluna.

          —Então vai lá ficar com ela.

          —Deixa de ciúmes, Victoria, e me responde. –A professora cruza os braços.

Antes

          Após o intervalo, na aula de química, os alunos estavam afobados. Alguns usavam o celular e outros ficavam em pé conversando, esperando o professor entrar na sala. Assim que o professor chegou, todos os alunos sentaram e outros continuaram com seus celulares ligados, e a primeiro momento, o professor pediu para que desligassem e prestassem a atenção na aula. Um segundo pedido foi feito enquanto explicava, boa parte da sala manteve silêncio e foco, exceto Carolina e alguns outros alunos.

          —Carolina, pessoal, guardem o celular por favor? Eu não vou pedir de novo. –O professor pediu, pela segunda vez. Explicava a matéria, mas gostava da atenção de todos.

          —Essa menina é insuportável, né? –Perguntou para a Júlia.

          —Demais.

          —Não precisa falar nas minhas costas não, eu estou bem aqui pra você falar na minha cara.

          —Que bom que você já ouviu e eu não preciso repetir.

          —Tá incomodada? Fala como se não usasse o celular na sala também. Fica de conversinha com você sabe quem.

          —Ah garota, fica na sua. Diferente de você eu sei quando parar.

          —E aí o professor disse que se a gente não parasse, iríamos resolver na diretoria. Viu? Eu não briguei com essa idiota, foi só uma discussão. –Finaliza.