Visitor [Tradução]

Capítulo 1

-Sejam todos bem vindos a mais uma tradução-

:)

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Ele foi a primeira pessoa,

Para sorrir para o 'eu verdadeiro'

Ser verdadeiramente aceito por alguém

Ser capaz de olhar nos olhos de alguém e rir,

corações cheios de emoção e alegria

Só então descobri como algo que nunca havia notado antes,

poderia ser tão precioso.

Acredito, do fundo do meu ser,

que fiz a escolha certa.
(Kare Kano, Masami Tsuda)

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-Parte 1-

Harry estava deitado na cama, sem conseguir dormir por causa da dor nas costas. Em vez disso, observou o teto, onde brincavam as sombras das árvores. Ele franziu a testa quando de repente ficou preto, e o medo tomou conta quando viu uma forma aparecer em seu quarto. Fosse o que fosse, vir silenciosamente durante a noite não era algo amigável. Ele fez a única coisa que podia no momento para não atrair atenção imediatamente: fechou os olhos e equilibrou a respiração, fingindo estar dormindo. Ele amaldiçoou mentalmente os Dursley, como sempre fazia, já que não conseguia fazer isso em voz alta. Eles, novamente, trancaram todas as suas coisas no armário embaixo da escada, junto com sua varinha, deixando-o praticamente indefeso.

Passos suaves soaram no chão de madeira e ele se perguntou quando esperaria um jato de luz verde. Pelo menos então tudo estaria acabado e ele poderia descansar em paz, não mais obrigado a lutar em uma guerra da qual nunca teve escolha ou saída. Ainda assim, quando sentiu a madeira fria de uma varinha deslizando por sua garganta, ele teve dificuldade em não pular e fazer algo estúpido. Estranho, depois de tantas vezes pensando em se matar... ele quase suspirou de alívio quando foi removido. A cama rangeu quando um peso caiu sobre ela.

Ele se perguntou quanto tempo havia passado. Justamente quando ele queria abrir os olhos e ver quem era seu visitante, o peso mudou novamente quando ele se levantou da cama. Algo frio tocou seu rosto, traçando sua bochecha antes de desaparecer. Quando finalmente ousou abrir os olhos, a sala estava vazia e as árvores da rua lançaram sombras novamente em seu teto. Ele levou a mão ao rosto, que ainda estava frio pelo toque. "Quem?" ele sussurrou, mas a única resposta que obteve foi o som do vento.

Ele observou os números vermelhos e brilhantes de seu relógio mudarem de 00h16 para 00h17 e ele gemeu. Ele ainda não tinha conseguido adormecer, como no dia anterior e no dia anterior e em todos os outros dias aqui na casa dos Dursley. Ele rolou de lado e congelou novamente quando a mesma sensação da noite anterior tomou conta do quarto, um manto de escuridão. Durante o dia, ele acreditava ser um sonho ou sua imaginação. Agora ele se perguntava como fora possível negar algo tão real. Desta vez a coisa - ele não tinha certeza se era uma pessoa, já que os sons de sua respiração terminavam em um silvo - sentou-se ao lado dele imediatamente. O frio o tocou novamente depois de alguns minutos de silêncio desconfortável para Harry, e quando traçou seu rosto e cabelo, ele chegou à surpreendente conclusão de que era pele. Dedos, talvez. Alguém poderia estar tão frio ?