"A Chuuya"

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Dia da missão, a dupla foi chamada logo cedo para a sala de reuniões onde receberam mais detalhes minuciosos, mas, dessa vez, apenas Mori estava lá para falar e com ajuda de Dazai, que sempre conseguia fazer perguntas inconvenientes ou piadas, a explicação demorou muito mais que o planejado. Já era quase meio-dia quando Mori os dispensou, com um aviso.

- Eu não quero que vocês se separem hoje. Tudo deve sair milimetricamente perfeito e, para isso, eu concedi um dia exento de aulas para vocês. Estejam às 16:00 em ponto se preparando no porão.

- Você não pretende obedecê-lo, não é? - Chuuya indaga após saírem da sala.

- Não quer que eu fique com você, Chuuya?

- Hum... Não? Que pergunta idiota.

- Por que tanta grosseria, baixinho? Nakahara revira os olhos

- Preciso atender uma ligação.

Ele entra em uma sala qualquer e Dazai permanece andando, mas, quando o barulho da ligação fica mais alto, a curiosidade prevalece. O som é abafado, mas gritado o suficiente para qualquer um com o mínimo de interesse ouvir. Chuuya tenta falar várias vezes, mas é sempre interrompido por algo, Dazai escuta xingamentos e palavrões, mas nada muito claro. Alguém está brigando com Nakahara, dizendo algo como: "Mudança de planos!" "Eu não ligo para o que você pensa, faça o que eu digo! "

De repente, tudo fica quieto e o ruivo sai da sala, de cabeça baixa, onde pega o mais alto com a orelha na porta.

- Larga de ser enxerido seu merda!

- Eu não fiz nada...

Chuuya suspira.

- Tenho planos para nós dois essa tarde. - Dazai diz. Ao envés de completar e dizer quais são os "planos" ele apenas para e sorri.

- Eu não gosto nada disso...

- Vamos comprar roupas para sua missão!

Com o dia limpo, eles poderiam sair para cidade. Osamu dificilmente teria outra chance de perturbar o ruivo como tem especificamente nessa situação. Era a oportunidade perfeita, Dazai tinha um cartão com um limite alto e tempo livre, já Chuuya? Ele tinha um parceiro idiota sem limite no cartão e tempo livre.

- Temos mesmo que fazer isso? -Chuuya indaga, enquanto eles caminham em direção à saída.

- Temos, e não há outra opção!

Dazai não está andando em direção à porta, está saltitando, feito uma criança. O que torna mais estranho já que ver um homem de 1,80 saltitando não é muito comum. Chuuya o observa andando calmamente e rindo fraco. Chegado na saída, um dos seguranças tenta falar para Dazai parar e não sair, mas ele nem escuta, sendo seguido de Nakahara, que apenas lança um olhar ameaçador e passa, sem mais questionamentos.

- Como você planeja ir para o centro da cidade, Dazai de merda?

- O Mori tem uma coleção de carros, sabia? Ele não daria falta de apenas um...

Uma veia salta da testa do ruivo, juntamente a uma careta de irritação.

- Roubar? Sério?
- Corrigindo, pegar emprestado.

- Que clichê idiota.

Realmente, é um clichê idiota. Digamos que Dazai não está com muita criatividade ou sequer tempo para fazer as coisas, se é que me entende.

Chuuya observa seu parceiro ir em direção há um carro e mexer em vários pontos específicos, principalmente na porta.

- Não vai dar certo.-Chuuya cruza os braços.

Não Posso Te Puxar Ao Inferno ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora