Numbers [JJK+PJM]

chapter five 📚

Atualização de madrugada mas finalmente saiu, eu ouvi um amém?

Se divirtam com esse capítulo gostosinho que vai especialmente para a EricaAndrade919 por me cobrar sempre att, hehe. Beijos, linda💜🌷

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Boa leitura...

Las Vegas

Um ano atrás

Hotel The Berkley

  O clima ligeiramente frio deixava-me em um estado vergonhosamente preguiçoso, de maneira que era incompreensível para mim como alguém que tinha a oportunidade de viajar para uma cidade como Las Vegas se encontrava sozinho e entediado debaixo de um grosso cobertor em plena sexta-feira.

De certo que usar um cobertor, casaco e meias em um clima frio mas estável era de certa forma exagerado, no entanto, eu nunca fui a favor de temperaturas baixas, não sei se isto está ligado ao meu organismo biologicamente frágil de um ômega, ou se é algo mesmo pertencente a mim. Talvez as duas opções estejam corretas.

Deitado de uma forma preguiçosa eu via as luzes da cidade pelas janelas do quarto que se encontravam entreabertas fazendo com que as cortinas se movessem devido a ventania que se fazia lá fora e isso contribuía para que eu sentisse ainda mais frio mesmo que meu corpo estivesse enrolado em um cobertor quente.

Frustrado e incapaz de continuar sentindo todo esse vento gelado em meu corpo, eu me levanto desleixadamente e ando até as benditas janelas arrastando comigo o cobertor durante todo o trajeto. Devido às meias eu não sinto o chão frio e isso me fez agradecer internamente por ter lembrado de usá-las.

Com o cobertor enrolado nos ombros eu fecho a primeira janela à esquerda bocejando durante todo o processo, em seguida vou até a outra janela disponível no quarto sendo essa do lado direito e me detenho por poucos segundos admirando as luzes da agitada cidade.

Inevitavelmente meus pensamentos voam para o alfa que conheci algumas semanas atrás. Desde que meus olhos cruzaram com os seus naquela noite de segunda-feira, todos os meus pensamentos se voltam a ele e ao acordo que fizemos. Parece clichê demais até para mim que costumo ler sobre casais apaixonados e contos de fadas, mas a forma como eu o vi naquela noite e como conversamos por horas em um banquinho de parque na companhia um do outro entre risadas que vieram fáceis demais da minha parte, foi de certa forma como viver um romance clichê onde o casal de protagonistas se encontram pela primeira vez.

Não sei se foi o clima agradável ou se foi a pessoa ao meu lado mas naquele dia eu me abri parcialmente para um estranho como se isso fosse completamente normal ou corriqueiro da minha parte. Como se eu não fosse uma pessoa retraída e difícil de se manter um assunto interessante por mais de dois minutos.

Me assusta até hoje como eu conversei com ele e me senti confortável com isso, como se apenas o seu sorriso gentil fosse o suficiente para destruir os muros que construí em minha volta durante todos esses anos para me proteger de pessoas justamente iguais a ele. Pensar nisso ainda me causa um certo incômodo por isso gosto de colocar a culpa em meu lobo que desconfia de todos que chegam perto de mim mas confiou naquele alfa em questão de segundos.

Após trancar ambas janelas eu volto para cama checando o celular que contém algumas mensagens do Tae, do meu pai e do bendito alfa. Estamos nos encontrando desde aquela noite em que ele propôs o acordo. Confesso que na primeira semana que nós nos encontramos eu ainda achava todo aquele acordo uma perda de tempo, no entanto, uma parte de mim queria que isso funcionasse e a outra queria continuar encontrando com ele.