Numbers [JJK+PJM]

Chapter three📚

Oi, voltei

Não sejam leitores fantasminhas, hein. 👀

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O capítulo de hoje tá cheio de informações bombásticas hihi

                      Boa leitura

   Eu vim de uma família tradicional coreana, temos uma ótima reputação em meio a sociedade. Meu pai é um advogado renomado, um dos melhores atualmente. Lembro-me perfeitamente de como ele costumava  contar a mim sobre o dia que se consagrou como "o grande advogado Park Jisung".

Em minhas lembranças falhas de uma criança de sete anos, ele sentava-se em frente a lareira da nossa casa, e envolvia-me em seu colo, trazendo a mim o conforto e acolhimento paterno que me fazia adormecer em instantes. lembro-me de pegar no sono ouvindo suas histórias de trabalho, porque ele gostava de contar elas a mim e eu gostava de ouvi-lo.

  Embalado em seu cheiro de nozes, e aquecido pelo seu corpo quente e forte, somado ao calor da lareira, eu ouvia atentamente suas histórias. E a história de como se tornou um advogado renomado, era a sua preferida, e eu o ouvia atentamente como um bom ouvinte.

— Meu pequeno filhote— sentia sua barba roçar em meu rosto à medida que distribuía beijos pelas minhas bochechas cheias.

Eu me contorcia em seu colo, preenchendo o corredor silêncioso com minhas gargalhadas infantis. Minha mãe deveria estar em mais uma de suas noitadas.

— Meu pequeno bebê quer ouvir uma história? – seus olhos brilhavam em minha direção.

Mesmo querendo dizer-lhe que eu não era mais um bebê, assenti ansioso para ouvir pela milésima vez a mesma história, mas que sempre causava em mim uma grande admiração pelo meu progenitor. Eu nunca me cansava de ouvi-lo.

— A história começa quando eu, seu pai grande e forte— ele fez uma pose engraçada, como um super-herói arrancando mais risadas minhas
— Salvou um homem de um castigo que ele não merecia

— Como o senhor me salva dos castigos da omma?— a pergunta feita por mim de forma inocente, fez o rosto do meu pai se contorcer em uma careta desgostosa.

Talvez a menção do nome da minha mãe tenha o lembrado que somos só nós dois nessa casa. E pela forma como seus olhos encaravam a lareira  sem foco, me fez entender que sua mente viajava por lugares indesejados. E eu não queria que ele pensasse sobre o que minha mãe poderia estar fazendo no momento.

— Appa?—chamei sua atenção novamente para mim e ele sorriu acariciando meu rosto

— Sim?

— A história

Seu sorriso cresceu à medida que foi contando sua história favorita, história que fazia seus olhos brilharem pois meu pai amava a sua profissão.

   Essa era a história de como ele acabou inocentando um homem que receberia uma pena severa demais por um crime que não cometeu.

No entanto mesmo com a pouca idade eu sabia dos problemas que cercavam minha família, e o maior erro dos meus pais foi pensar que eu era novo demais para entender o que estava acontecendo.

Nós não conhecemos como a mente de uma criança funciona, e muitas vezes não sabemos como agir diante delas. Porque é ainda na infância que uma mente começa a ser formada. E inevitavelmente muitas coisas são passadas de  pais para filhos, porque crianças aprendem aquilo que são ensinadas, ou aquilo que elas vêem.